Por: Sandro Conte Febras
Quando se falava em saúde, algumas décadas atrás, fazia-se referência quase que exclusivamente a uma única entidade na sociedade. O médico. O papel do médico na formação da sociedade brasileira foi definitivo na mudança sócio-cultural no que diz respeito ao estilo de vida.
Com os avanços da Revolução Industrial aglomerou-se abruptamente um maior contingente no meio urbano. O estilo de vida do ex-trabalhador rural, ativo, passou a cada vez mais se tornar sedentário.
As várias doenças hipocinéticas (por falta de atividade física, como obesidade, hipertensão, altos níveis de colesterol, etc.) foram fruto dessa mudança brusca que sofreu o costume dos cidadãos.
O próprio sistema expropriou o que o homem mais tinha de valioso, a força de trabalho. Trabalhadores sedentários significavam trabalhadores fracos e doentes, e com isso mão-de-obra pouco eficiente.
Aí que entrou o papel do médico. Com a ajuda da mídia e do Estado ele foi relacionado ao membro mais sublime da sociedade, pois curava aquilo que impedia o capitalismo de crescer, proporcionando saúde à massa e conscientização de um estilo de vida mais ativo.
Aos poucos, percebeu-se que não só as doenças criam a falta de sanidade no ser humano. Precisávamos de corpos fortes, mentes tranquilas, e pessoas felizes. Esses fatores positivos eram vistos com maior eficiência na produção inserida na lógica desse sistema.
A conscientização da nova tendência de saúde começou a acoplar novas ciências ao seu tratamento. Nutrição, fisioterapia, psicologia e educação física. Nesse momento (final do século XX) não se falava mais em saúde para evitar doenças, mas sim em saúde física, mental, emocional e social, sendo assim, estar com o corpo condicionado e com boas capacidades físicas, estar emocionalmente equilibrado, ter uma boa relação com as pessoas de seu convívio e estar satisfeito consigo mesmo.
Para alcançar este Ser inteiramente saudável em todos os componentes era preciso uma interação utópica de vários fatores que afetariam mais uma vez o estilo de vida das pessoas.
Essa foi a fase de ouro da prática de atividade física. Pois praticar exercícios evitava o surgimento de doenças, melhorava a aptidão física, promovia o relaxamento e prazer e ainda influenciava nas relações sociais e emocionais das pessoas.
Com o avanço da ciência e o aumento das pesquisas e estudos sobre as tendências da atividade física, um novo conceito foi atribuído a sua prática. O fornecimento do bem-estar.
As relações de trabalho de um mundo cada vez mais agitado transformaram as pessoas em acumuladoras de estresse. A tensão (estresse) da vida contemporânea, advinda de várias partes da insatisfação pela rotina, faz com que as pessoas mesmo que fisicamente saudáveis, psicologicamente apresentassem quadros patológicos e esgotamento do prazer.
Até hoje em dia, a promoção da saúde aliada ao bem-estar social, emocional, físico, mental e espiritual, faz referência aos programas de treinamento que buscam aliviar os fatores estressantes, melhorar as relações sociais, fazer com que o aluno se aceite como é, além de cuidar de sua aptidão física. Em fim, equilíbrio em todos os sentidos que fortalecem constantemente a energia pessoal de cada praticante.
Para você pensar: Qual o papel da TSKF na promoção da saúde e no bem-estar? Você consegue perceber que além de fisicamente, praticando o Kung Fu ou o Tai Chi Chuan da TSKF seu corpo fica mentalmente e emocionalmente saudável?
Bibliografia:
• GUISELINI, Mauro - Aptidão Física, Saúde, Bem-estar – Fundamentos Teóricos e Exercícios Práticos – Phorte 2ªed. São Paulo, 2006;
• SOARES, Sandra Della Fonte, LOUREIRO, Róbson – A Ideologia da Saúde e a Educação Física – Ver. Brasileira de Ciências do Esporte, Rio de Janeiro, 1998;
Muito Bom Sandro, cuidar de vc mesmo engloba várias coisas...
ResponderExcluirFabuloso, adorei.
ResponderExcluir