Essa semana num desvario que tive, comecei a me perguntar a origem da exclusão de vários tipos de minorias ao longo do tempo (lembrando que esse termo vem como minoria pela exclusão social, não pelo número), e um grupo em particular me chamou a atenção pela participação histórica: o grupo das mulheres.
Ao longo dos anos foram raríssimas as sociedades de base matriarcal. A mulher nada mais era do que um objeto para dar continuidade à família, assim como criar os filhos nos primeiros anos de vida. Baseado nisso acabei por pesquisar a participação das mulheres ao longo dos séculos, e realmente, a contribuição delas na sociedade sempre foi mínima.
Em Atenas, na era Clássica (foquemos em torno do século V e VI), as mulheres mal saíam de casa. Sua educação era dada pela mãe e pela avó, servindo apenas para educar as futuras mulheres da família. Mal havia o direito de educar os filhos homens. Em Esparta já era um pouco mais diferente, tinham o direito de jogos públicos e treinamento militar, contudo, era somente pela crença de que uma mulher mais forte daria filhos mais fortes aos seus maridos.
Agora viajando alguns séculos, vamos para a Idade Média (por volta do século XI) O cristianismo (consideremos que a religiosidade era uma peça fundamental da cultura da época) personificou a mulher como um ser de tentação, já que são descendentes de Eva (responsável pela queda da humanidade). Nas pregações era exaltado que a mulher era a própria personificação da tentação. Então foi instituído o matrimônio monogâmico, com o principal objetivo de restringir a mulher a um só parceiro, e também o papel do homem “educar” sua esposa, a fim de ter uma vida pura e castra.
Avançando um pouco mais, vamos para o século XVIII, Revolução Industrial. A mulher já tem o direito na sociedade moderna do trabalho fabril remunerado. Tanto que, em épocas de crise, eram contratadas mulheres para substituir a mão de obra masculina, pelo custeamento ser mais barato. No século XIX já começaram as reivindicações das mulheres por jornadas de trabalho igualitárias, assim como direito ao voto.
No Brasil, a partir da década de 70 que as mulheres passaram a participar mais efetivamente no mercado de trabalho, em áreas variadas. Em 1988 conseguiu igualdade jurídica. A partir de 90 já eram comuns famílias matriarcais. Muitas mulheres levavam jornadas duplas (trabalho + família). Hoje em dia é ainda mais comum isso. As mulheres se mostram capazes de muitas vezes, sem os maridos, sustentarem-se, assim como criar um filho, assim como estudar e assim como manter a beleza, saúde e bem estar.
Agora vem a questão: Todo esse papo vem por qual motivo?
As mulheres estão ganhando cada vez mais espaço na sociedade, e sexo frágil já é coisa de um passado imaturo. Numa aula que fiz na unidade da Vila Madalena deu até orgulho em ver que a grande maioria das participantes eram mulheres (Se não me engano haviam três homens e sete mulheres. Coisa que o próprio Danillo disse ser normal naquele horário). Ver mães de família se importarem com saúde, beleza e desenvolvimento mental, ainda enquanto logo após a aula vai buscar o filho na escola. Ou famílias que treinam juntas.
A participação das mulheres nas artes marciais têm deixado uma rastro de beleza único, tanto que vemos uma combinação perfeita de firmeza, aplicabilidade da coreografia, assim como a sutileza, postura e leveza que apenas as mulheres possuem.
Essa é a primeira parte do post. Na segunda colocarei aqui duas entrevistas feitas com duas participantes femininas no Kung Fu, não percam!
Ansiosa para ler essas entrevistas!!Ou ver? Vai ser em vídeo?
ResponderExcluirLá na Vila a gente domina mesmo :) rsrs
Beijoo
Paula