sábado, 27 de fevereiro de 2010

O retorno aos treinos

Quem sempre está em contato conosco, sabe das formas de pensar e encarar os treinamentos na academia, da persistência necessária ao desenvolvimento da técnica, da paciência, da perseverança, dos objetivos para que se possa chegar a algum lugar dentro do Kung Fu.

Pois é, não é fácil treinar Kung Fu, tanto que sua literal tradução significa trabalho árduo, mas uma vez que você tenha se dado a oportunidade de começar, já teve um vislumbre do que eu estou falando. Infelizmente não é para todos, não porque existam preconceitos ou privilégios, mas porque só existe uma pessoa que pode definir o quanto treinar e aonde quer chegar com isso. Esse alguém é você mesmo. E nem sempre há a devida harmonia para definir com clareza o que você quer fazer da sua vida, principalmente no primeiro dia de aula.

Adoro a história do começo do treinamento do Shi-fu Gabriel, que pisou pela primeira vez na academia, e na recepção passava um vídeo de artes marciais e ali mesmo ele matou a charada: era aquilo que queria fazer pro resto de sua vida e o melhor: na sua própria academia. O cara foi além...criou a maior academia da américa latina.

Bem, se já é difícil começar uma atividade como o Kung Fu, imagine recomeçar. Pois foi o que aconteceu comigo. Estou recomeçando, com muita coragem e bom humor. Mas é difícil. Deixei os treinos ainda grávida, com 7 meses de gestação pra descansar e estou voltanto agora, depois dos 4 meses de idade de meu filho. Pra quem não fez a conta isso são 6 meses de sofá e mamadeiras. Mas eu aprendi aqui mesmo que aquilo que é fácil não tem graça, pelo contrário, sábio o ditado que diz que “o que vem fácil vai fácil”.

O que facilita muito é o carinho dos colegas que me viram gravidíssima e agora me acompanham retomando os treinos. O primeiro rolamento depois de um ano é inesquecível. Sim, porque a barriga não permitia tal façanha e desde o começo da gravidez eu não fazia rolamentos. Era abaixar pra mostrar a posição pra um aluno e lá vinha alguém gritando: Ô barriguda...você não!!! Mas enfim, foram tantos os mimos que eu sinto saudades do meu barrigão.

Acho que eu “maternizei” um pouco a TSKF. Foi uma época maravilhosa, de quebra de paradigmas, onde aparecemos na TV, fomos personagens de revistas e reportagens, a TSKF se mostrou uma academia para todos, em todos os sentidos, o kung fu deixou de ser somente para “Bruce Lees”. Foi uma alegria enorme fazer parte disso, num momento tão importante da minha vida.

Espero corresponder às expectativas nessa volta, principalmente às minhas, que são grandes. Mas isso eu deixo pro futuro, por enquanto eu quero correr atrás de minhas metas. Lá na frente eu vou olhar pra trás e ver se consegui, por enquanto eu quero treinar e pagar o preço, por que é assim que se concretizam os grandes feitos. Seria extremamente fácil ficar em casa dizendo pra mim mesmo que voltar a treinar seria perda de tempo e egoísmo, me consumindo de culpa por não estar com meu filho. Como eu disse antes, o que vem fácil, vai fácil e logo o ócio viria me cobrar o seu preço.

É claro que em primeiro lugar eu agradeço pela ótima saúde de meu filho, o que me permite voltar aos treinos, coisa que o Universo me proporcionou.

Então, já que você chegou até aqui, existem duas vertentes: ou não tem mais o que fazer ou gostou do que eu escrevi e se essa última alternativa se fez presente, não deixe que o comodismo tire você do caminho certo. Risque o “não dá” da sua vida. Pelo menos tente.

Trace uma meta, dê o primeiro passo e deixe que o universo faça o resto. Isso costuma ser bem eficiente.

Um abraço.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A Culpa dos Pais

Observando a primeira reunião do Demo Team, pude ver algo que considero extraordinário: a culpa dos pais no bom andamento dos filhos nas coisas que querem e gostam de fazer.

Mas vale uma explicação do motivo de usar a palavra “culpa” e não “mérito”. Acredito que em nossa sociedade a palavra “culpa” tenha um peso extremamente forte, talvez até mais forte do que “mérito”. Quando um fulano consegue uma promoção no trabalho, ou entra na faculdade que deseja depois de provas difíceis, de quem a culpa? Do fulano que trabalhou e batalhou para isso. Mas e se existe a falha? Culpa do fulano, do mesmo jeito.

Quando uso o termo “culpa” é o mesmo que dizer que o Sucesso ou o Fracasso de uma pessoa em determinada ação é atribuído apenas a ela e ninguém mais.

Mas voltando à questão dos pais, já vi diversos casos onde o filhos gosta de treinar Kung Fu, cumpre suas responsabilidades de acordo (escola, família, etc.) e ainda assim o pai/mãe decide não levar o filho para a academia. Já vi desculpas dos pais do tipo “ah, estou muito cansado”, “ontem trabalhei até tarde”. Vi inclusive algumas que considero um verdadeiro crime: “não estou levando meu filho na academia, pois ele está doente”. O duro é ver a criança em questão brincando na frente de casa, debaixo de sol. Doenças estranhas essas de nosso tempo...

Por outro lado vejo pais e mães que apoiam os filhos na academia. São exemplos de formadores de futuros vencedores. Mesmo cansados ou após reuniões intermináveis, encontram tempo para levar o filho na academia. Trabalhou até tarde hoje e saiu do trabalho após as 22h00? No dia seguinte, encontra uma forma de levar o filho para compensar a aula perdida. Já vi pais cochilando após uma longa jornada de trabalho na secretaria da Mooca com uma aula rolando solta e me sentia privilegiado por poder ensinar o nosso Kung Fu ao seu filho. Quando o filho desanima para os treinos, lá estão os pais para “puxar a orelha”, mas orientando e não obrigando o filho a treinar. Eles usam o compromisso com a academia como pano de fundo para explicar sobre Responsabilidade, Determinação e Objetivos. Incentivam, torcem, tiram fotos de treinos, perguntam sobre o desempenho, participam dos eventos, enfim, tornam-se parte ativas do processo de formação marcial dos filhos, sem desrespeitar a jornada do rebento em suas descobertas e desafios.

Claro que isso não garante o “sucesso” do filho no Kung Fu (seja lá o que sucesso signifique para cada um), mas mostra que, no que depender destes pais, o sucesso dos filhos está garantido.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Demo Team - A força do grupo

Na próxima semana começam os treinos do Demo Team. Particularmente é uma época do ano que gosto muito, quando temos a oportunidade de fazer treinos ao ar livre e interagir com pessoas de diversas filiais.

Este tipo de aproximação de grupo é muito similar ao conceito de família que se esperava de um grupo de estudantes de Kung Fu de antigamente.

Hoje é absolutamente natural que cada um de nós treine em torno de um, ou mais de um, objetivo. Apesar de sempre obtermos os benefícios como Saúde e Bem Estar, em alguns casos, estes objetivos podem ser diferentes de um colega da mesma unidade, por exemplo. Mas quando nos unimos em torno do Demo Team, passamos a ter um objetivo comum e, me atrevo a dizer, um objetivo que apesar de temporário, é de grande importância e gera uma realização enorme para cada integrante e também para a família.

Claro que os treinos podem ser, eventualmente, cansativos ou ainda complexos. Mas se todos nós tivermos sempre o sentimento de que estamos, enquanto grupo, trabalhando para algo maior e que este Time representa um caminho adicional na nossa constante jornada em busca do aprimoramento dentro do Kung Fu, veremos que terá valido bastante a pena.

O trabalho em grupo que é necessário para o Demo Team pode ser tranquilamente transportado para o "mundo" fora do Kung Fu. Hoje em dia, é preciso trabalhar em equipe sempre e quanto mais sincronizada uma equipe, mais resultados ela trará.

Brincando um pouco com as possíveis traduções de "Kung Fu":

Que a soma do Trabalho Árduo de cada um possa refletir a Habilidade de toda a equipe.

E, claro, um videozinho pra ilustrar!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Começar no Kung Fu é fácil permanecer é difícil



Como você já deve ter percebido, Kung Fu, não é uma coisa que você começa agora e daqui a seis meses se torna o Bruce Lee, ou o Jack Chan ou o Jet Li. Kung Fu é um caminho, é um estilo de vida, portanto, para que você permaneça nele siga algumas das dicas abaixo:

Tenha um objetivo definido: Se você pratica Kung Fu ou está tomando a decisão de praticá-lo deve conscientizar-se de que isto exigirá uma dedicação diligente durante um tempo indeterminado.

O tempo não é importante, percorrer o caminho sim, portanto, os objetivos são mais importantes do que o tempo, pois eles são quem permitem que você permaneça no caminho.

No início, a razão pela qual você decidiu praticar Kung Fu não é muito importante, entretanto, a definição posterior de um objetivo forte e claro será determinante para que você mantenha sua decisão.

Kung Fu significa "trabalho duro". Isto ficará claro quando você se deparar com os diversos obstáculos durante seus treinamentos, momento em que seu objetivo será de fundamental importância para motivá-lo, entusiasmá-lo e manter o seu nível de energia sempre em alta ajudando-o a transpor estes obstáculos.

Além da defesa pessoal, os praticantes de Kung Fu desenvolvem habilidades impressionantes muito acima das pessoas comuns, além de obter inúmeros outros benefícios tais como: condicionamento físico excepcional, desenvolvimento mental, melhor postura corporal, atitude mental diferenciada, elevação da auto-estima, elevação do sentimento de segurança, saúde, autocontrole, equilíbrio, energia, disposição e muitos outros.

Objetivo é pessoal, portanto nenhum objetivo terá tanto valor para você quanto aquele que você escolher. Resumindo poderíamos dizer o seguinte sobre a importância de um objetivo: "Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe aonde vai".

Tenha Paciência e Perseverança: O que essas duas palavras têm haver com treinamento de Kung Fu? – Tudo.

Pode não Ter significado heróica a palavra “persistência”, mas, “Essa qualidade está para o caráter do homem como o carvão está para o aço”.

Os que cultivam o hábito da persistência parecem gozar de um seguro contra o fracasso. Não importa quantas vezes sejam derrotados, chegam, no final, ao topo da escada. Às vezes, parece haver um guia oculto, cujo dever é testar os homens, através de todas as espécies de experiências desanimadoras. Aqueles que se reerguem após a derrota e continuam tentando, alcançam; e o mundo aplaude: “Viva! Sabia que você seria capaz!” O guia oculto não permite que ninguém consiga grandes realizações, sem passar no teste da persistência. Os que não conseguirem vencê-lo, simplesmente não passam no exame.

O Talento é muitas vezes um fator secundário para continuarmos e vencermos. É fácil nos convencermos disso, lendo a vida dos homens célebres.

Nada na vida pode substituir a paciência e a perseverança; nem o talento. Só a persistência e a determinação são onipotentes.

A linha divisória entre o sucesso e a derrota é tão fina que raramente nos damos conta quando a atravessamos. Muitos alunos desistem quando mais um esforço, mais um pouco de paciência lhes teriam proporcionado a vitória, pois é exatamente quando chegamos a um impasse e tudo conspira contra nós a ponto de nos fazer sentir que não poderemos agüentar mais, devemos agüentar mais aquele minuto, pois é o momento em que a maré está preste a mudar, assim, "A paciência e a perseverança são irmãs. Às vezes, vencer é saber esperar".

Tenha consistência: Sabemos da importância de um objetivo definido, da paciência, da perseverança e da persistência na prática do Kung Fu, entretanto, nenhuma destas palavras terá valor algum se não houver uma dose considerável de consistência em seu treinamento assim como em qualquer tipo de atividade.

Um erro comum entre aqueles que iniciam a prática do Kung Fu é a falta de consistência que desencadeia uma série de problemas como, pôr exemplo, os seguintes:

Deficiência no Condicionamento Físico: Sem consistência um praticante de Kung Fu nunca terá o condicionamento físico necessário para um bom desempenho nas aulas. A falta de um bom condicionamento físico pode levar o praticante a não se sentir muito bem durante as aulas e ainda sofrer alguma lesão ou distúrbios físicos, pois sua musculatura não estará adequadamente preparada para executar uma série de movimentos que exigem força e resistência. Isto será comprovado durante a execução de sua técnica que raramente terá a perfeição desejada. O praticante de Kung Fu sem condicionamento físico sente-se mal durante as aulas, machuca-se constantemente e, às vezes, é repreendido pela falta de condição técnica. Dentro deste quadro ele acaba perdendo sua motivação, desanimando e finalmente desistindo, sem saber que poderia evitar estes problemas com um pouco mais de consistência de treino.

Retardamento do aprendizado: Sem consistência um praticante de Kung Fu dificilmente conseguirá uma boa condição técnica o que impedirá seu desenvolvimento no treinamento, pois a falta de consistência denotará uma desvalorização do aprendizado. O bom Mestre ou Professor interrompe o ensinamento assim que percebe que sua condição técnica deixa a desejar ou está sendo esquecida. Pela falta de compreensão do que possa estar acontecendo, o praticante de Kung Fu pode acabar desistindo por achar que o seu Mestre ou Professor não esteja querendo ensiná-lo, quando na realidade ele é que está sendo negligente em seu treinamento. A falta de consistência é uma das maiores armadilhas que um praticante de Kung Fu pode cair, pois ela destrói todos os princípios para um bom aprendizado, ou seja, “Quem não persevera nas pequenas tarefas, falhará nos grandes planos”.

Desenvolva o hábito: O hábito é uma força muito poderosa que pode ser desenvolvida no ser humano, por isso, nunca subestime a força do hábito. Podemos dizer que o homem é feito de hábitos e que os hábitos condicionam o ser humano para melhor ou para pior. A questão é que existem bons e maus hábitos, e eles se diferenciam da seguinte maneira: Os bons hábitos sempre são difíceis de se adquirir e fáceis de se abandonar como, por exemplo, o hábito de ler, de fazer esportes, da boa alimentação, da persistência, da perseverança, da consistência, e os maus hábitos sempre são fáceis de se adquirir e difíceis de se abandonar como, por exemplo, o hábito de fumar, de beber, de comer demais, de procrastinar, de culpar o próximo, de criticar, da intolerância. O hábito de praticar Kung Fu é um bom hábito, portanto, vai lhe exigir esforço contínuo por um determinado tempo para que ele se torne um hábito, ou seja, o hábito vem do condicionamento. Quanto aos hábitos podemos dizer o seguinte: “Hábitos inicialmente são teias de aranha depois fios de arame”.

Mantenha sua Motivação: Mesmo possuindo um objetivo definido, as vezes você poderá encontrar muitos obstáculos que poderão fazer com que você desanime, portanto, participar dos eventos, campeonatos, demonstrações e cultivar amizades na academia, farão com que você se envolva e posteriormente se comprometa, se lembrando do seu objetivo e conseqüentemente permanecendo em seu caminho.

Concluindo poderíamos dizer que o praticante de Kung Fu que não segue estes princípios tornam-se alunos e discípulos mornos, ou seja, se estiver frio ele inventa uma desculpa para não vir treinar, se estiver quente ele inventa outra desculpa, se estiver chovendo outra se estiver transito outra, ou seja, este tipo de aluno só aparece na academia se todos os faróis da cidade estiverem verdes e a conseqüência inevitável é a desistência.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Metas e Estresse

Com a abertura das inscrições do Brazil International Kung Fu Tournament 2010 abertas, muitos devem pensar se devem "entrar neste barco ou não". Deixe-me explicar um das muitas vantagens que alguém tem ao participar de um campeonato deste porte.

O ser humano é movido por metas. Ainda quando crianças, temos a meta de "passar de ano" na escola. Quando começamos a trabalhar, temos metas no trabalho. Ao fazer um curso, temos a meta de aprender um determinado conhecimento ou habilidade. Enfim, sempre estamos com metas para cumprir.

Metas, na sua grande maioria das vezes, geram estresse. O aluno que estuda até altas horas para uma prova no dia seguinte ou o profissional que vira 12 (ou até mais) horas no escritório estão sujeitos à um estresse para atingir uma meta. Se vc falhar em atingir a meta, pode se dar mal inclusive. Repetir de ano ou até mesmo perder o emprego são algumas das situações comuns de nosso dia a dia em torno de falhas com metas, o que gera ainda mais estresse.

Agora, dentro do Kung Fu/Tai Chi Chuan, as palavras "estresse" e "metas" tem um propósito muito, muito diferente.

Em seu primeiro dia da academia, vc vai aprender a postura do Cavalo e, provavelmente, o Gato e o Arco e Flecha. São as nossas Posturas Básicas. Provavelmente vc é uma pessoa que iniciou seu treino sem estar 100% habituado ao esforço exigido em suas pernas e pés para realizar os movimentos e isso é absolutamente normal. Qual o resultado no final do dia? Bem, vc provavelmente estará contente em ter começado o seu Kung Fu/Tai Chi Chuan e seus músculos estarão um pouco (talvez muito) doloridos.

Este "dolorido" que é muitíssimo comum, nada mais é que o nosso já citado estresse. Seu corpo passou por um esforço que exigiu muito da capacidade dele, portanto "se estressou" e manifesta isso através da dor muscular. Mas aí entra a parte mais interessante...

Ao se recuperar, pulando um dia do treino, dormindo e se alimentando, seu corpo vai parar de manifestar esta dor muscular e na próxima aula (ou talvez algumas semanas depois) vc vai fazer os mesmos movimentos sem sentir a velha e conhecida dor muscular. Seus músculos se "estressaram" e como consequência disso se desenvolveram para serem ainda mais fortes frente ao desafio que vc impôs a eles.

Agora, imagine passar por este bom estresse com uma meta ainda mais clara, como participar do campeonato. Seu corpo terá uma série de desenvolvimentos novos em virtude desta meta. Ele irá se tornar mais ágil, flexível, forte e resistente enquanto sua mente se prepara para atingir a meta, que é clara, precisa e permite um planejamento prévio.

E esta meta não precisa ser tornar-se o Grande Campeão de uma categoria. Estamos falando de um campeonato de Kung Fu, não das Olimpíadas. Temos muitos alunos em que o simples fato de particiar do campeonato já representa um desafio fantástico, pois marca uma superação individual enorme. E confesso que é muito mais gostoso ver o sorriso destes alunos após competirem, pois eles venceram um oponente fortíssimo. Eles próprios.

O Campeoanto está aí para que procura uma boa Meta e converter o "mau estresse" em "bom estresse". Qual dos dois vc quer ter no seu dia a dia?