segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O Nascimento de uma estrela


A TSKF foi concebida pra se tornar a maior, melhor e mais bem sucedida academia de Kung Fu de todos os tempos.

Ao contrário do que muita gente pensa a TSKF não nasceu de uma hora pra outra como que por encanto.

Nada existe hoje na TSKF que antes não tenha sido muito bem estudado antes de ser criado.

A primeira coisa que nasceu na TSKF foi a nossa Logomarca e em seguida o nosso Slogan que teria que representar muito bem a nossa marca.

Assistindo logo abaixo o vídeo de criação da nossa Logomarca vocês entenderão porque o nosso Slogan é “Equilíbrio em todos os sentidos”
Nossas cores não são por acaso, nossa maneira de dar aulas não é por acaso, nada na TSKF é por acaso.

A nossa diretriz principal é ensinar Kung Fu pra todos, depois ensinar quem deseja ensinar e depois dar oportunidade à aqueles que aprenderam a ensinar pra que esses possam ensinar outros a ensinar e assim por diante criando um ciclo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Nascer de novo, ajuda? (Parte3)

O Sombra

Daremos hoje o terceiro passo da nossa jornada sobre o conhecimento dos arquétipos humanos, e como reconhecer sua persona em nosso meio. (Veja a parte 2 aqui)

Você já conseguiu responder a pergunta inicial dos últimos post’s?

“Que tipo de influência eu quero ser para o meu semelhante?”

Hoje falaremos um pouco sobre o arquétipo do Sombra!

Relembrando que segundo o pai da psicologia analítica Carl Gustav Jung, todos nós seres humanos temos generalizadamente algo em comum, algo que ele chama de “inconsciente coletivo”, ou seja, assumimos um padrão de figuras de expressão humana ao qual ele denominou de “arquétipos”, e que em todas as histórias (fictícias ou reais), existem essas figuras ou a grande maioria delas, que expressam os estágios de conhecimento e de consciência do ser humano, os estágios de excitação e conforto. Conhecimentos muito parecidos com esse de Jung podem ser até melhores para a nossa compreensão sobre nós seres humanos, como o conhecimento dos temperamentos humanos, o conhecimento dos elementos da natureza (terra, fogo, água, ar e metal) - com um foco voltado para a ilustração do comportamento humano -, os Orixás da cultura africana, os Deuses gregos também ligados aos elementos da natureza, etc...

O Sombra é um arquétipo polêmico, pois alguns estudiosos da psique, dizem que é justamente o lado mal da força, o lado obscuro, sombrio e com todas as qualidades opostas ao herói, mas podemos classificar o sombra como sendo um antagonista que agrega valor (como assim?).

O sombra pode ser visto como aquele que ser repugnante, frio, problemático e irritante, mas a grande essência do Sombra é o cutucão, é a visão 180º(graus), ou seja, o outro lado da história, independente dele ser considerado certo ou errado, bonito ou feio, ele é alguém que tem uma visão diferente, e dependendo do contexto pode ser um salvador ou como citado antes, um simples chato que sempre contradiz ou sempre confronta com as ideias de alguém.

Usaremos aqui exemplos de filmes para ilustrar esse interressante arquétipo!
Sombras que não necessariamente são ruins:

Sherlock Holmes e Watson – Sherlock é o protagonista, é o “principal”, o herói, e tem uma pessoa ao seu lado, que vê o mundo de uma outra forma, seu sombra na história é o seu leal companheiro Watson, que muitas vezes dá os famosos cutucões no herói, faz ele pensar afinal, ele tem uma visão diferente da coisa, e muitas vezes ele até consegue solucionar o caso antes do herói Sherlock, mas como a última palavra é do herói, ele espera para ver no que vai dar.
(Confira aqui)

Dom Quixote e Sancho Pança – Enquanto o herói romântico Dom Quixote, durante sua jornada procura imitar seus heróis, acaba entrando numa realidade paralela, tendo uma visão mais criativa do mundo, mais romântica e aventureira, ele se mete em várias enrascadas, mas aquele que tem a visão mais realista e o ajuda/acompanha é Sancho Pança, o Sombra dos engraçados contos de Dom Quixote é o antagonista, mas não necessária mente é ruim, mal ou qualquer outra coisa do gênero, apenas tem uma visão em 180º com referência ao herói.
(Confira aqui uma versão engraçada feita pelo Señor Bolaños!)


Sombra que é reconhecida como ruim:

Neo e Agente Smith (matrix) – Neo sendo o herói, lutando pela paz, faz sua jornada mesmo sem muito conhecimento no início com o foco em sobreviver e estabelecer um “equilíbrio” entre homens e máquinas na saga Matrix, enquanto Agente Smith, na história é o exato oposto do herói, tem como objetivo estabelecer o caos, tendo sua visão completamente distorcida com referência a visão de Neo, esse Sombra veste a persona do ser que confronta, que enxerga o oposto, que contradiz o herói.

Aqui, uma das cenas entre os dois, que se tornou um marco nas cenas de luta dos cinemas!

E aí, você é um sobra?
Esse arquétipo te agrada?

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Lei da Atração


Antes que me perguntem, eu não li o livro A lei da Atração. Esse é um assunto que estudo e aplico a mais de vinte e um anos.

Esse assunto é muito amplo, portanto, para abortar todos os seus aspectos seria necessário eu escrever um livro e mesmo assim eu nem chegaria perto de conseguir explicar tudo, assim sendo tentarei ser o mais prático possível, dessa maneira vou me valer de exemplos para que cada um de vocês possa entender à sua própria maneira.

A única coisa que posso dizer é que essa lei existe e funciona e que normalmente esse assunto é um prato cheio para céticos tirarem um sarro.

A atração existe no reino mineral, vegetal, animal e hominal. Você deve ter aprendido na escola que os opostos se atraem, entretanto o que normalmente não nos ensinam na escola é que isso ocorre no plano físico, material, mas, que em outros planos como, por exemplo; os planos mental, astral ou anímico e espiritual são os semelhantes que se atraem. Observem que eu não disse que são os iguais que se atraem, mas sim que os semelhantes se atraem.

Não vou falar do plano físico, material, porque não sei nada sobre isso, segundo porque deles você já aprendeu que são os opostos que se atraem como, por exemplo, no caso do imã originário do mineral hematita, onde você claramente pode observar que aproximando os pólos opostos eles se atraem e os pólos iguais eles se repelem.

Se nesses outros planos são os semelhantes que se atraem poderíamos então dizer o seguinte, riqueza atrai riqueza, pobreza atrai pobreza, alegria atrai alegria, tristeza atrai tristeza, amor atrai amor, bondade atrai bondade, honestidade atrai honestidade, confiança atrai confiança, pensamentos positivos atraem pensamentos positivos, pensamentos negativos atraem pensamentos negativos, um sorriso atrai outro sorriso, uma cara feita atrai outra cara feia, motivação atrai motivação, desmotivação atrai desmotivação, bandido atrai bandido, salafrário atrai salafrário, desonesto atrai desonesto, medo atrai medo e o mal atrai o mau.

Muito bonito falar isso, mas no mundo real falhamos constantemente porque as coisas não acontecem de maneira tão clara, existem digamos uma sutileza que temos que estar preparados para enxergar senão somos levados facilmente pela correnteza do normal e afundamos, ou melhor, as coisas não acontecem como achamos que deviam acontecer. Temos que ficar espertos pra entender o que vai acontecer além da física, ou seja, metafisicamente. Vamos dar alguns exemplos.

1 – Você já deve ter escutado alguém falar que o rico fica cada vez mais rico e o pobre fica cada vez mais pobre. Você já parou pra pensar o porquê isso ocorre? Simplesmente é porque a lei da atração é clara e funciona, riqueza atrai riqueza e pobreza atrai pobreza. A riqueza ou a pobreza num sentido mais amplo não tem absolutamente nada a ver com a quantidade ou a falta de dinheiro que uma pessoa tenha, mas, sim com seu padrão mental e é por isso que se tirarmos todo o dinheiro de uma pessoa rica em pouco tempo ela se torna rica novamente e se dermos muito dinheiro pra uma pessoa pobre em pouco tempo ela se torna pobre novamente. Se você buscar na internet certamente encontrará uma grande quantidade de pessoas pobres que ganharam na loteria e ficaram pobres novamente e pessoas ricas que perderam tudo e ficaram ricas novamente.

2 – Alegria atrai alegria, é quase impossível você permanecer triste por muito tempo estando em uma festa onde todo mundo está alegre e se divertindo, assim como é quase impossível você ficar alegre dentro do velório de um ente querido onde todos estão tristes.

3 – Pensamentos semelhantes atraem pensamentos semelhantes. Você que treina em nossa academia já deve ter percebido que na academia sempre tem alguns grupinhos que pensam diferente da maioria e acabam uma hora ou outra saindo. Isso ocorre porque semelhantes atraem semelhantes, portanto, pra essas pessoas se torna impossível e até doloroso ficar conosco por muito tempo. Passa o tempo, elas entram em sofrimento, influenciam algumas outras e vão embora juntas e os semelhantes permanecem e vão tocando o barco. Como líder da TSKF chamo isso de seleção natural e todas as vezes que isso ocorreu não com alunos mas, dentro do grupo de instrutores e sócios e essas pessoas foram embora a academia cresceu. Não tem nada de errado com essas pessoas que saíram, apenas não são nossos semelhantes e, portanto, não poderiam ficar mesmo.

4 – O mal sempre atrai o mau. É impossível você se dar bem agindo mal. Talvez você possa até ganhar num primeiro instante, mas certamente perderá mais tarde. Vou dar um exemplo usando o dinheiro que para mim é uma das melhores forçar para testar o caráter de uma pessoa. Vamos supor que você ache errado fazer um filme pornô e alguém lhe procure e a convide pra fazer um filme desses, lhe dizendo que paga bem. Nesse momento você certamente dirá, nem em mil anos eu faria um filme desses. Daí a pessoa lhe fala, lhe pagaremos cem mil reais, você diz, você ta louco não quero nem ouvir isso. Daí a pessoa vem e lhe diz, e se eu lhe pagasse quinhentos mil, você então diz, eu nunca faria isso. Nesse ponto a pessoa lhe faz a seguinte proposta, e se eu lhe pagasse cinco milhões de dólares. Certamente muitos de vocês não aceitariam de jeito nenhum, mas outros poderiam perguntar, seria só uma vez? Entende o que estou dizendo....Tem gente que diz que jamais tiraria a roupa por dinheiro, mas, quando a grana falou mais alto, fez e ainda convenceu marido e filhos que isso seria muito bom. Entende...Aparentemente a pessoa ganhou muito, mas, metafisicamente falando mais tarde via de regra algo de ruim acontece na vida dessa pessoa, pode acreditar no que estou dizendo.

5 – Vamos a outro exemplo sobre o mau sempre atrai o mal, vamos supor que você está treinando em nossa academia e ao mesmo tempo lutando contra a gente. Digamos que você de vez em quando se reúne num daqueles grupinhos que falei pra falar mal da gente ou até mesmo pra armar alguma coisa contra a gente. Talvez fazendo isso você possa até ter uma vantagem moral com alguém ou até mesmo financeira. Mas, metafisicamente falando você está vivendo num conflito e o que ocorre é que muitas vezes mesmo que uma coisa pareça não ter nenhuma relação com a outra acontece alguma coisa, como, por exemplo, de repente você está fazendo aulas e se machuca, esta disputando um campeonato e se machuca, começa a engordar e por mais que tente emagrecer não consegue. Tudo isso é fruto do conflito, ou seja, você, gosta de estar com a gente, mas, ao mesmo tempo para tirar alguma vantagem tenta nos prejudicar ferindo o seu próprio caráter. O pior é que muitas vezes aquela vozinha interior está lhe falando baixinho.....não faça isso. Acho que meus sócios antigos já viram pelo menos uns dez casos desses acontecerem na TSKF. O mais clássico dos casos eu descrevi aqui http://tskfblog.blogspot.com.br/2012/11/a-historia-de-um-discipulo.html

Espero sinceramente com isso ter ajudado alguém a entender melhor como algumas coisas acontecem e porque elas acontecem. Infelizmente para explicar melhor seria necessário eu escrever muitas páginas, mas, se com isso eu conseguir ajudar apenas a uma ou duas pessoas já valerá a pena.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Nascer de novo, ajuda? (Parte2)


O sábio

Daremos hoje o segundo passo da nossa jornada sobre o conhecimento dos arquétipos humanos, e como reconhecer sua persona em nosso meio. (Veja a parte 1 aqui)

Você já conseguiu responder a pergunta inicial do último post?

“Que tipo de influência eu quero ser para o meu semelhante?”

Hoje falaremos um pouco sobre o arquétipo do sábio!

Esse arquétipo pode ser facilmente reconhecido entre nós, pois considera o universo como um lar afável, abundante em recursos e convidativo a recuperamos a inocência de criança.

Para ser sábio, é necessário uma disciplina que poucas pessoas se permitem ter, que é agir com clareza e força de vontade para sempre estar de acordo com seu o ser interior mais autêntico.

O sábio de verdade sabe que não são o centro do universo, mas sabe isso com profundidade, entendendo que suas ações para com o mundo podem sim impactar no semelhante, e para falar a verdade, esse conhecimento não o perturba, pois  sabe que é importante, que as suas escolhas e atitudes individuais se unem para dar sentido ao universo, e sabe de que é dando o seu dom único ao universo que a auto-realização e a verdadeira felicidade poderão ser alcançadas.

O que muitos chamariam de viver em harmonia com Deus, o sábio vai dizer que é a capacidade de ser bem sucedido, ele entende que não há nada de extraordinário no sucesso/êxito, que não é um rebento, não é um milagre da natureza e sim algo que se pode compreender, seja ele em qualquer aspecto (podendo ser no campo afetivo, financeiro, profissional, conjugal, espiritual, intelectual e por aí vai). O sábio entende que o que ocorre nos processos bem sucedidos é uma utilização devida da energia interna do indivíduo e da abundancia de possibilidades que o universo proporciona, e que quando nossas energias se esgotam, e as nossas capacidades de solucionarmos os problemas se revelam ineficazes, ele entende que aconteceu um uso indevido das energias, resultando na impossibilidade, ou incapacidade de encontrar soluções para os problemas, sejam eles de qualquer natureza.

Não é necessário ser velho para ser sábio!

Existem pessoas que tem pouca idade, e que conseguem obter muitas das qualidades que constituem um sábio:

Mestre Gabriel – É o criador e presidente da TSKF Academia de Kung Fu, é autor do livro “Kung Fu, um caminho para a saúde física e mental”, é o brasileiro que detém a maior graduação do estilo louva deus reconhecido por uma confederação internacional, e está hoje com 54 anos.

Dr. Lair Ribeiro – Já era considerado sábio aos 12 anos de idade, pois após uma imposição feita por seu pai com referencia aos estudos, desenvolveu seu raciocínio e sabedoria para organizar seus esforços e ser o melhor aluno que ele pudesse ser na escola. Hoje está com 67 anos.

Silvio Santos – Dos 14 aos 32 anos, trilhou o caminho árduo em direção do seu sonho, foi de camelô a apresentador de televisão, conquistando prestígio do público, aos 45 anos, fundou a TVS e quebrando o maior paradigma já visto na televisão brasileira, passou de contratado e locatário de horários da TV Globo, à concorrente direto da maior emissora do Brasil, e formando o Sistema Brasileiro de Televisão, o hoje famoso SBT.

Eike Batista – É hoje o homem mais rico da américa do Sul, presidente do grupo EBX e tem 56 anos.

Buda – Atingiu a iluminação segundo informações históricas, por volta dos 29 anos.

Jesus Cristo – conforme indicado em escrituras bíblicas, quando criança já se colocava a ensinar, e morreu aos 33 anos sendo considerado por muitas religiões, o maior sábio de todos os tempos, a verdadeira forma de expressão divina na terra.

Para o sábio, sabedoria não é sinônimo de inteligência, pois um ser inteligente, lógico, analítico, pode muito bem se tornar sábio, mas não necessariamente por ter atributos de inteligência torna o indivíduo sábio, pois ser sábio é ter sabedoria, é saber, e para saber tem que se viver, logo, só as vivencias farão um indivíduo assumir o arquétipo de sábio.

Para se assumir esse arquétipo, o indivíduo deve se livrar de uma série de sentimentos que não pertencem ao ser que possui sabedoria, sendo eles o ódio, inveja, ciúme, egoísmo e cinismo.


E aí...


Será que você é um Sábio?
Esse arquétipo lhe agrada?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Nascer de novo, ajuda? (Parte1)

O Guerreiro

Iniciaremos hoje uma jornada sobre o conhecimento dos arquétipos humanos, e como reconhecer sua persona em nosso meio.

Essa série de post’s (Nascer de novo ajuda?) será um convite nosso da TSKF, a você leitor, a se conhecer melhor, e a identificar quem você quer ser, qual o seu papel no mundo, quem você quer que faça parte da sua vida, por que você quer, e com qual intensidade você pessoas com você.

A nossa volta, temos várias figuras que passam por nossas vidas deixando suas marcas, e da mesma forma que somos influenciados por essas pessoas, também influenciamos pessoas, a grande pergunta é: 

“Que tipo de influência eu quero ser para o meu semelhante?”

Desde que eu entrei na TSKF (8 anos atrás), venho sendo influenciado pelas pessoas que passam pela minha vida, no começo eu procurava inconscientemente aqueles que eu julgava serem os melhores de Kung Fu para que eu fosse igual ou melhor que eles, eu tinha buscado inconscientemente as minhas referências de trabalho, para que eu pudesse me desenvolver como gostaria. Hoje, passados 8 anos, ainda procuro as minhas referencias, mas agora com consciência, procuro observar e ter por perto aqueles que me complementam, que agregam informação e valor à minha caminhada e a minha bagagem de vida.  Ao contrário do que muitos podem pensar, não procuro meus heróis fora do meu ramo de atuação, tenho maiores chances de ser bem sucedido seguindo justamente aqueles que são bons no seguimento que escolhi trilhar, e mesmo assim muitas pessoas entendem que fazer isso é me limitar, é olhar para um lado só da moeda, e eu já acredito que não! Acredito que colocar todo o meu foco num único seguimento irá me fazer conseguir o que quero, prefiro ser um laser e alcance um ponto à Quilômetros de distância do que ser uma lâmpada forte, mas que alcance em apenas alguns metros de distância.

Além de seguir aquele que vem me ensinando e me ajudando a desenvolver todas as minhas potencias (Mestre Gabriel), procuro outros heróis que possam me ajudar a desenvolver muito da minha evolução, heróis do meu cotidiano. E se o leitor desse blog parar para observar, verá que existem vários desses heróis no seu dia a dia, e são os exemplos cotidianos desses heróis que farão você e eu, seres falíveis, nos desenvolvermos nos aspectos que não somos bons, ou as vezes até sejamos bons, mas não o quanto gostaríamos de ser.

Vamos dividir com você leitor, um conhecimento sobre uma forma essencial de expressão do ser humano conhecido como arquétipo, esse seria um dos modelos de expressão humana, e o personagem que venho trazer hoje é muito conhecido e respeitado, falaremos sobre o Guerreiro! Vamos ver como é sua jornada, como conquista o sucesso e quais são suas características básicas.

O Guerreiro é o personagem positivo das histórias, é quem gera num enredo a ideia de que quem luta por si mesmo e pelos outros, tem o poder de mudar o seu mundo. É geralmente alguém explosivo, colérico, determinado, cabeça dura, de decisões firmes.

Temos muitos exemplos ao nosso redor, dentro da TSKF, de pessoas que têm a essência do guerreiro, pessoas que têm a retidão, a ética e a inteligência para mudar seu universo e o universo de outros através de atitudes louváveis, corajosas e ousadas. Exemplos não nos faltam:

·      Mestre Gabriel – Abriu mão de uma carreira brilhante na análise de sistemas, para seguir o que o coração mandava, a paixão pelo Kung Fu falou mais alto em sua vida, e todo o seu universo mudou, alterando também o universo de muitas pessoas que o admiram pela atitude louvável de seguir algo que ele mesmo desconhecia.

·      Shifu Luiz Fabiano – Sustenta uma geração do estilo Louva deus TSKF, desempenhando com maestria os princípios de lealdade, ensinadas pelo Mestre Gabriel, que hoje o Danillo Cocenzo vem descrevendo muito bem em seus últimos post’s quando fala do Wu De.

·      Danillo Cocenzo – Sedimentou sua vida paulistana e tudo que São Paulo pôde lhe proporcionar até então, e foi desbravar terras mineiras, junto da sua fiel e leal companheira Cristina, onde o som da voz da TSKF já chegava, mas sem muita expressão, afinal não havia ninguém da TSKF trabalhando nessa região do Brasil.

·      Thais Luvisotto -  Abdicou da sua carreira de analise de faturamento na Telefônica, para seguir o excitante Kung Fu que conhecera, e ajudar a desenvolver ainda mais a parte administrativa da TSKF. Com as oportunidades que Mestre Gabriel deu a ela, e com sua excelência no trabalho, ajudou a triplicar a carteira de clientes das duas filiais em que Liderou, Tatuapé e Campo Belo.

·      João Lourenço – Completamente consciente de sua realidade, aceitou uma proposta tentadora e inteligente feita pelo Mestre Gabriel de desenvolver o Kung Fu Mineiro junto com o Danillo, deixando para trás família, amigos, namorada e o passado de jovem, dando lugar a um João muito mais sério e integro, com 18 anos de idade, mas maturidade e poder de decisão de um sábio ancião.

Cada ser humano, inconscientemente escolhe seu arquétipo a seguir, e mesmo sem saber que esse conhecimento profundo sobre o comportamento existe, escolhem com exatidão qual ou quais arquétipos querem e vão seguir.

O Guerreiro tem uma característica básica, essa o faz herói, ele é sempre o ser que tem atributos que o fazem ser definidor do que é belo, do que é bom e do que é verdadeiro, e justamente pela sua disciplina e foco nas suas vitórias pessoais, tem elementos de sobra para ensinar seus seguidores até atingir uma idade avançada e mudar de arquétipo.

Outra característica marcante é que durante sua vida, sua missão é por muitas vezes exposta de maneira sutil, para um expectador, mas muito dolorosa para o herói, pois sempre é algo que em seu universo, para as pessoas que dele fazem parte, o que mais interessa para o herói é ridículo para os demais, e ele heroicamente faz sua escolha, com base no que ele sente no fundo da alma, é o que nomeamos de chamamento, e esses chamamentos ocorrem na vida do Herói/Guerreiro gerando na vida dele um conflito, que só pode ter fim com uma decisão do guerreiro, que é ser igual a todo mundo e deixar de respeitar a vontade de seu interior, ou fazer aquilo que sua alma pede, pois o único capitão de seu navio é ele mesmo.

E aí...

Será que você é um Guerreiro?
Esse arquétipo lhe agrada?

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Historia de um discípulo


Há muito tempo atrás, minha esposa lecionava inglês em nossa casa e um de seus alunos, era um jovem de família muito pobre que morava na região.

Eu por outro lado era um analista de sistemas, uma profissão maravilhosa que exerci com muita dedicação e sucesso ininterruptamente por vinte e quatro anos.

Sempre fui uma pessoa de grandes sonhos, e sabia que na minha profissão, embora com muito sucesso e ganhando muitíssimo bem, jamais conseguiria realizar meus verdadeiros sonhos, e nessa época eu estava envolvido num negócio de Net Work Marketing, que me proporcionava muito crescimento pessoal, pois participávamos de muitos seminários e ouvíamos grandes ensinamentos de pessoas de grandes sucessos.

O negócio desse negócio eram as pessoas, e nesse negócio procurávamos por pessoas que como eu desejavam realizar os seus sonhos, não importando se eram ricas ou pobres, mas sim se possuíam sonhos e desejavam realizá-lo.

Naquele negócio, não discriminávamos ninguém, pela simples razão de que nunca poderíamos saber quem poderia possuir um grande sonho que os impulsionasse a participar do negócio afim de realizá-lo, por esta razão, convidei aquele jovem que imediatamente aceitou entrar juntamente comigo no negócio.

Aquele negócio era incrível, entretanto, muitas mudanças internas seriam necessárias a quem desejasse obter sucesso com nele e após mais ou menos dois anos tentando construí-lo, falhei e junto comigo aquele jovem.

Nunca me arrependi de ter entrado naquele negócio, e vou aproveitar esta oportunidade para agradecer a João José da Silva Velloza por ter me colocado nele e que é meu amigo até hoje.

Meu crescimento pessoal naquele negócio foi enorme e o recomendo até hoje a qualquer pessoa que deseje crescer pessoalmente.

“Experiência não é o que lhe acontece, mas sim aquilo que você faz com que lhe aconteça”, portanto, na verdade não falhei, obtive experiência.

Como eu nunca parei de tentar realizar meus sonhos, e eu já havia tido por duas vezes o negócio de academia de Kung Fu, não custava nada tentar mais uma vez, foi assim que agora com muito mais experiência eu resolvi tentar novamente e convidei novamente aquele jovem, a quem de agora em diante chamarei de JMS para ser meu aluno, pois ele na época estava desempregado, e ter uma ocupação seria muito importante, além do mais eu acreditava no seu potencial.

Ele achou muito estranho, pois desde que me conhecera, só havia me visto trajando terno e gravata, assim, como seria possível eu ser um professor de Kung Fu. Mesmo assim ele aceitou imediatamente.

Eu por outro lado, já havia achado o local e já tinha firmado o contrato de locação e estava iniciando a montagem da academia. Quando estava no final da montagem e faltava apenas a colocação dos espelhos, chamei o JMS e disse-lhe que iríamos colocar os espelhos.

No dia combinado, peguei o JMS em sua casa, e fomos até o local. Chegando lá, e não vendo ninguém, ele me perguntou: Onde está o pessoal que vai colocar os espelhos? Eu respondi: O pessoal somos nós. Era a primeira lição que eu estava lhe ensinando que diz o seguinte: A energia da pessoa que empunha a arma ou constrói uma obra nela fica impregnada, e isso é muito importante.

JMS praticava e desenvolvia a cada dia, como eu havia previsto, até que um dia sob minha orientação começou a ajudar a dar aulas na academia e desenvolveu muito, tanto, que um dia resolvi abrir uma filial confiando-lhe a responsabilidade.

O local onde estávamos era muito ruim, e estávamos quase falidos, mas o local que eu havia encontrado para montar a filial era ótimo, então, montamos uma linda academia com tudo que tinha direito.

Na época eu poderia ter dito para o JMS que ele ficasse na academia que estávamos, onde com certeza iríamos falir, que eu como Sifu, iria para a filial nova que era muito melhor. Mas, não foi isso que eu fiz, muito pelo contrário, eu inaugurei a nova academia do jeito que manda o figurino e coloquei o JMS como instrutor responsável e continuei na academia que estava falindo e recomendei apenas uma coisa ao JMS. Que se um dia, por alguma razão, ele resolvesse não mais continuar comigo, que me avisasse com antecedência, no que concordou prontamente.

Durante o tempo que estava comigo e nos próximos três anos o JMS foi um discípulo exemplar e eu fazia questão de reconhecer e edificá-lo em todos os eventos e ele fazia o mesmo comigo.

Nestes anos todos éramos uma excelente equipe, eu fazia questão de passar em sua casa todos os sábados pela manhã, passar na padaria e pagar o seu café a caminho da academia. Todos os dias, de noite eu passava na academia e o deixava em casa, pois ele morava em minha cidade.

Passado estes anos, comecei a perceber uma grande revolta interior em JMS que o estava corroendo e o consumia dia a dia. Eu percebia isso, porque quando eu chegava na filial, ele já não me apresentava mais aos alunos, e é costume, por respeito, quando o Sifu ou o Mestre chega, o instrutor parar a aula e pedir para que os alunos o cumprimentem, e isso não mais ocorria. Era como se ele se achasse o Mestre daqueles alunos, pois afinal de contas, era ele quem os estava ensinando.

Quando ele entrava no meu carro, suspirava, ficava calado, e muitas vezes chorava, algo o estava consumindo. Repentinamente começou a faltar em algumas aulas especiais e dizer que tinha compromissos. Começou a errar constantemente em demonstrações, eventos e campeonatos.

JMS, nunca pagou mensalidade, nunca pagou por seus exames, e sempre o tratei como a um filho, e embora eu soubesse que isso era um erro, isso não me impediu de continuar e cometer o maior erro de minha vida.

Nunca vou me esquecer daquele dia de domingo em que JMS repentinamente solicitou minha audiência após a aula e me disse o seguinte: A partir de amanhã, não darei mais aulas, vou seguir meu caminho fazendo outras coisas. Eu não compreendi nada, pois anos atrás nós havíamos combinado, que se um dia houvesse algum problema, ele me avisaria com antecedência.

Percebendo sua revolta interior, só me restou dizer o seguinte: Se for esta a sua decisão, eu nada posso fazer, espero que você esteja fazendo a coisa certa, afinal de contas, todo Mestre sabe, que um dia, seus discípulos devem andar por conta própria. Eu só não imaginava o que ele havia feito, que foi o seguinte:

  • Na calada da noite, ele entrou no sistema da academia e imprimiu etiquetas auto-adesivas com o endereço de todos os alunos.
  • Mandou carta para todos os alunos dizendo que havia aberto sua própria academia numa rua acima da minha, e que quem quisesse treinar com ele pagaria apenas R$ 7,00 até que terminasse seu plano na minha academia. Nesta época o valor de nossa mensalidade era R$ 90,00 e obviamente que treinar com o mesmo instrutor por R$ 7,00 seria muito melhor. Tenho esta carta guardada comigo até hoje para comprovar sua traição.
  • De posse dos telefones dos alunos também extraídos do computador, ligou pessoalmente para cada um deles e marcou uma reunião numa praça perto da academia para que pudesse persuadi-los a treinar com ele.
  • Por fim, apagou do computador todos os contatos que tínhamos de pessoas e empresas que utilizávamos quando montamos a academia e quando realizávamos os campeonatos.
  • Tudo que ele sabia a meu respeito que poderia denegrir a minha imagem perante os alunos, ele utilizou como forma de persuasão.

Sempre fui um estudioso da natureza humana e reconheço que nunca pude imaginar que JMS pudesse chegar a tal ponto, e a única coisa que me restava, era tentar reverter a situação, e com a ajuda de dois discípulos que eram amigos de muitos alunos e que não concordaram com o que ele havia feito, MD e NB, que por acaso eram os proprietários da D.E., por onde lançamos o meu livro, marquei uma reunião e fiz o que pude, entretanto, semelhante atrai semelhante e pagando apenas R$ 7,00, a maioria dos alunos o seguiram.

Meu advogado me incentivou a processá-lo por concorrência desleal e outros artigos, mas eu preferi deixar que o universo cuidasse disso, pois afinal de contas, O Karma não perdoa. E todos os que agiram mal com seus Mestres pagaram caro por isso. A história registra muitos casos célebres. O repúdio dos demais instrutores exclui e isola o traidor. Todos pensam: quem trai seu próprio Mestre, o que não fará com seus colegas? Seus alunos raciocinam da mesma forma e perdem o respeito por ele. Finalmente, vítima do seu orgulho, falta de humildade e gratidão, termina execrado por todos. Passa a amargar uma carreira que não terá mais o mesmo brilho. Depois não adianta deplorar o sucesso perdido, o qual só teria sido possível caso contasse com o apoio e a recomendação do seu Mestre e de todos os seus colegas, discípulos dele, se não tivesse feito vergonha.

Com essa atitude a única coisa que JMS conseguiu, foi provar que era incompetente, pois se não fosse, teria conseguido por seus próprios méritos. Este tipo de discípulo tem vergonha de olhar nos olhos de seus alunos, pois carrega o peso da culpa e teme que seus alunos enxerguem isso em seus olhos, quando está sozinho chora, pois não pode desabafar com ninguém.

Segundo o grande escritor Napoleon Hill, “Toda adversidade traz consigo a semente de um bem superior ou equivalente” e “Tudo que a mente humana pode conceber e acreditar poderá realizar”, portanto, nosso amigo JMS, concebeu, acreditou e realizou aquilo que desejava, mas não conseguiu destruir o seu Mestre e como vimos, o Karma não perdoa. Por outro lado, não fui destruído, e no momento, sou a maior academia do Estilo Louva-a-Deus da América latina.

Quanto a JMS, ele resistiu por alguns anos com sua academia, mas hoje faz parte da grande maioria que montam academias e falem.

Esse ano muitos fatos ocorreram na TSKF e qualquer semelhança com essa história é mera coincidência. Em escolas de Kung Fu é muito comum alguns alunos antigos discordarem do mestre e reunirem grupinhos a fim de denegrir a imagem do mestre para tentar destruí-lo. Talvez você mesmo que esteja lendo essa publicação possa estar sendo envolvido numa dessas tramas sem nem mesmo perceber o que está acontecendo.

domingo, 28 de outubro de 2012

O Duro Caminho da Lealdade


A Lealdade é mais uma das virtudes a serem cultivadas por um artista marcial em evolução através do seu Kung Fu. Desta vez, decidi pegar a definição de "Leal" do dicionário de Cambridge:

firm and not changing in your friendship with or support for a person or an organization, or in your belief in your principles

(firme e imutável em sua amizade com ou apoio para uma pessoa ou organização, ou ainda em sua crença em seus princípios)

Assim, para este post, teremos três tipos de Lealdade: para com suas amizades (que vou usar "relacionamento" no lugar, por ser mais amplo), para com organizações e para consigo (ser Leal a si mesmo).

Lealdade em seus relacionamentos
Todos nós temos relacionamentos com outras pessoas, durante toda a nossa vida. Se você é casado(a) sabe que um bom casamento é feito com Amor, mas ele demanda também Lealdade (e mais uma série de coisinhas). É comum vermos casamentos que começam bem e terminam algum tempo depois, mesmo que muitos deles tenham jurado que o casório seria "até que a Morte os separe". Ora, se você jurou e depois não cumpriu, foi falta de Amor? Talvez. Foi falta de Lealdade? Com certeza.

A Lealdade em um relacionamento à dois não significa que tudo será tranquilo e sem sobressaltos. A Lealdade funciona como o sistema imunológico do seu corpo: se há algo errado, o sistema vai agir para arrumar/corrigir de forma que tudo volte ao seu estado natural de equilíbrio e bem estar.

Antes que você me diga que estou sendo muito duro e que quando falamos do coração, as coisas nem sempre são "sim ou não", saiba que concordo com você. Existem muitas variáveis que podem contribuir para a evolução ou até o fim de um relacionamento. Uma destas coisas pode estar relacionada com os diferentes tipos e temperamentos de pessoas. O Mestre Gabriel já falou delas em um dos nosso Vlogs (veja aqui, o aspecto específico começa na parte 4), usando como tema a escolha de sócios. Em uma análise fria, o casamento e o estabelecimento de uma sociedade têm algumas similaridades, além do que estamos falando neste post.

Lealdade para com organizações
De volta à época dos muitos reinos, na região em que hoje é a China, a Lealdade com um reinado era um atributo bastante interessante para um artista marcial. Ela era um atestado de que aquele artista era confiável, o que poderia render um maior posto no exército e/ou no governo como um todo. Guerreiros não alinhados com nenhum reinado, vivendo apenas para si ou seu grupo também poderiam se considerar leais: eram leais apenas à eles mesmos e suas causas particulares. Trazendo isso um pouco para frente na história, para meados do século 19 e até o início do século 20, um estudante de Artes Marciais treinava com um mesmo Shifu durante toda a sua vida ou até o momento em que aquele Shifu o liberava, e o incentivava, a treinar com outros mestres que poderiam lhe ensinar mais coisas do que ele próprio. Por outro lado, havia os artistas que preferiam ignorar este aspecto do Wu De e treinavam com um Shifu, ou mais de um, ocultamente, e depois, por iniciativa própria, mudavam de Shifu para ir até outro ponto e assim se seguia. Este tipo de artista marcial não conseguia atingir um alto grau de excelência no Kung Fu, pois a sua falta de Lealdade já prevenia o novo Shifu de que aquele sujeito iria treinar ali por apenas algum tempo, então por qual razão ensinar-lhe técnicas mais avançadas do estilo, se isso não seria usado em prol da família? Se o indivíduo não era Leal com a família?

Vamos levar este aspecto da Lealdade para o dia de hoje. Sabe aquela pessoa que trabalha em um lugar, mas vive reclamando do lugar em que trabalha? Que a empresa toma decisões erradas, que o chefe é um idiota, que os companheiros de trabalho são horríveis, que usa produtos do concorrente da própria empresa em que trabalha? Pois bem, falta o desenvolvimento do aspecto Lealdade do Wu De para ela. Isso me lembra quando eu tinha um determinado celular que precisava de um conserto (trouxe de Baltimore e quebrou com 28 dias de uso) mas o valor do conserto era o preço de um aparelho novo. Ao tentar sensibilizar a gerente do suporte técnico, qual não foi minha surpresa ao ver que ela usava um celular de outro fabricante...Foi fácil escolher meu novo celular depois disso.

Em nossa escola, algo similar pode acontecer eventualmente também. Alunos que pagam regularmente suas mensalidades, e treinam com igual regularidade, reclamam de diversos aspectos da academia de forma pública e imprópria. Antes que você me acuse de ser um qualquer-coisa-ista autoritário ditatorial pró burguesia, etc, etc, etc, deixe-me explicar o que quero dizer, com um exemplo simples.

Digamos que você seja contra a existência de espelhos na academia (eu sei, é só um exemplo). Você não concorda porque sua bisavó contava que, ao olhar muito tempo para um espelho sua boca ficava torta (eu sei! Já disse que é só um exemplo). Desta forma, você passa a reclamar no vestiário para seus colegas que é um absurdo uma academia de Kung fu ter espelhos. Ao chegar para treinar, conversa com seus colegas na secretaria sobre como é ruim uma escola com espelhos e que isso deveria ser diferente. Ao participar dos eventos, faz sua parte, mas guarda sempre um momento para reclamar para os que estão próximos que os espelhos são o que impedem a academia de crescer e que deveriam ouvir os alunos e tirar os espelhos. E assim vai...Daí você encontra algumas pessoas que deveriam ter conhecido sua bisavó passam a concordar com você e se cria o grupo que não gosta dos espelhos e, quando juntos, passam a sonhar com um mundo sem espelhos. Só se esquecem de uma coisa: em nenhum momento, sua crítica sobre os espelhos foi levada ao seu instrutor ou sequer direcionada da maneira apropriada para que se possa estudar o banimento de todos os espelhos.

Troque agora "espelhos" por "aquela instrutora", "aquele instrutor", "postagem do fulano no Facebook" e você verá que o exemplo foi bobo, mas de fácil adaptação para a realidade.

Veja, isso não significa que você nunca mais pode reclamar de nada na TSKF, pelo contrário. Fique à vontade! Entretanto, existem maneiras e maneiras de entregar uma reclamação de forma que ela possa ser, eventualmente, um agente de mudança. Eu diria que uma forma está alinhada com o Wu De. A outra não. Mas sua liberdade de escolha em como proceder é total.

Lealdade a si mesmo
Esta é a Lealdade mais difícil e, quando se tem o hábito de falhar neste aspecto, cria-se a porta para falhar nas demais Lealdades.

A pessoa que é Leal a si mesmo age de acordo com o que diz. Se diz que estará em tal lugar em determinada hora, lá estará. Desculpas como "foi o trânsito", "meu cachorro começou a falar" e coisas assim não fazem parte de seu repertório de frases. Se fez o que falou, agiu com Lealdade às próprias palavras. Se não fez, faltou com ela e desculpas são desnecessárias, porque faltou Lealdade do mesmo jeito, independente das palavras que escolha para justificar não ter feito algo que disse que faria.

Se uma pessoa estabelece uma meta de redução de peso, por exemplo, ela não vai descansar até que chegue na sua meta. Ela pode se desviar aqui e ali eventualmente (somos humanos e imperfeitos), mas sua Lealdade para com sua decisão não mudará e será o norte na maior parte de suas escolhas na alimentação e na prática de exercícios.

Desta forma, faz sentido pensar que, quando uma pessoa desenvolve a Lealdade à si própria, ela fortalece o hábito de cumprir aquilo que diz, por consequência, quando a Lealdade é colocada à prova em relacionamentos pessoais e/ou para com organizações, o indivíduo já tem o hábito de ser Leal fortalecido. Por outro lado, se costumeiramente o que a pessoa "fala, não se escreve", como esperar que ela seja Leal com coisas exteriores, se ela não é Leal nem com o que diz a si mesma?

Talvez, sob o olhar da virtude da Lealdade, fique claro uma frase que o Mestre Gabriel sempre costuma dizer nos Cursos de Instrutor: "Hábitos são inicialmente teias de aranha, depois fios de arame."

sábado, 22 de setembro de 2012

Onde os fracos não têm vez


Hoje depois de trinta e dois anos praticando Kung Fu posso dizer seguramente que de todas as pessoas que começam a treinar apenas 0,001% continuarão treinando por mais  quinze ou vinte anos.

Nesses último dezesseis anos já se passaram pela TSKF mais de dez mil alunos e apenas um até agora se tornou um Sifu chegando ao quarto Tuan. Eu mesmo levei trinta anos pra me tornar um sétimo tuan e pode ser que leve mais uns vinte pra chegar ao décimo isso se não morrer antes.

Se por causa disso alguém me perguntar o que tem de errado com o Kung Fu eu direi que nada. Se alguém me perguntar o que tem de errado com essas pessoas que desistem eu direi que nada. É apenas uma estatística que se você analisar bem servirá pra qualquer outro tipo de atividade como, por exemplo; Judô, Karatê, Taekwondo, Dança, Yoga, Ginástica Olímpica, Musica etc., ou seja, qualquer tipo de atividade que exija disciplina, paciência, perseverança e um alto nível de esforço.

Claro que existe uma razão e uma explicação do porque isso ocorre, mas já faz muito tempo que parei de me aborrecer com isso, pois entendi que o mundo é perfeito e que nada acontece por acaso, tudo tem uma razão e um por que e o topo é um lugar onde os fracos não têm vez. O mundo não é feito somente de fracos, fortes, inteligentes, líderes ou seguidores. O mundo é feito de tudo isso e muito mais e é isso que é divertido, portanto, não tem nada de errado com o Kung Fu ou com as pessoas que desistem dele. Assim sendo, nossa luta não é para mudar o Kung Fu ou a essas pessoas que desistem dele e sim para despertar aquelas que já são fortes, mas estão adormecidas e redirecioná-las para o topo onde os fracos não têm vez.

Alguns de vocês podem estar pensando, esse cara é louco, eu não quero nada disso, já sou muito bem sucedido, já estou no topo, já cheguei lá, tenho tudo que quero, sou feliz e próspero, estou no Kung Fu apenas pra minha saúde e bem estar, então eu lhe direi, maravilha, esse texto realmente não é pra você, você nem mesmo precisa do Kung Fu já que saúde e bem estar você poderá conseguir de muitas outras maneiras, portanto, se você continuar a ler esse texto irá apenas se aborrecer. O que tem que ficar claro aqui é que o topo é um lugar onde os fracos não têm vez e quando estou falando de topo, não estou me referindo somente do topo no Kung Fu e sim do topo de qualquer área inclusive do topo do Monte Everest.



Você que treina Kung Fu não se engane, se você deseja permanecer no Kung Fu por muito tempo terá que enfrentar desafios enormes. Os desafios no Kung Fu ou em qualquer área que você deseje chegar ao topo serão cada vez maiores, não pense que vai ficar mais fácil não, pois o topo é um lugar onde os fracos não têm vez.

Se você se lembra, nos primeiros dias de treino doíam-lhe as pernas, os braços as costas, no meu caso eu desmaiei no primeiro dia de aula e no outro dia não conseguia nem levantar de tanta dor nas nádegas, isso mesmo, nas minhas nádegas, eu não conseguia nem sentar direito. Essas são dores físicas que passam logo, mas, mesmo assim muitos ficam pelo caminho por causa delas. Depois vem a dor de ter que enfrentar o primeiro exame de faixa. O medo que algumas pessoas têm de enfrentar o exame de faixa às vezes é tão grande que muitas delas desistem antes pra não ter que passar por esse processo, é o que na TSKF chamamos de síndrome do exame. Existe também a dor da reprovação que é quando o aluno reprova no exame e depois sente vergonha de continuar e não aparece mais para treinar com medo do que vão pensar dele. A dor da reprovação acontece em qualquer faixa, já tive até alunos que porque reprovou do primeiro para o segundo tuan da faixa preta desistiu e, é claro, inventou uma desculpa verdadeira e muito bem elaborada para explicar a razão da sua desistência. Isso quando não desiste e sai falando mal da escola ou do seu mestre.

Um dos piores tipos de dores que o aluno sente em nossa escola e o que mais causa desistência é a dor da adequação. O elemento não está acostumado com nossa rigidez disciplinar, ele pensa que está no seu colégio, na sua faculdade ou na sua casa onde ele pode chegar na hora que quiser e sair na hora que bem entender. Pensa que porque ele está pagando deixaremos ele entrar atrasado na aula ou treinar desuniformizado. Já tivemos até o caso de um aluno que chegou atrasado ao exame, não o deixamos entrar e ele disse que iria chamar a policia, nesse caso eu brinquei com ele e disse que mesmo que ele fosse Jesus Cristo e me mostrasse suas mãos furadas eu não o deixaria entrar.

Existe a dor do aluno antigo que é o seguinte; quando o aluno chega à faixa preta ou acima raramente ele tem companheiros na aula com quem possa treinar, então, ele fica perambulando pela sala de treino sem saber o que fazer. Fica com aquele olhar de carente lamentando e achando que temos que puxar o treino dele. Começa a cada vez menos vir aos treinos, acaba ficando fora de forma, sem ambiente e desiste. Esse é o aluno que acha que nós somos a sua muleta.

A dor da responsabilidade é outra dor bem comum aos alunos antigos, principalmente a aqueles que se tornaram instrutores ou professores. Esses sim praticamente estão sem muletas, alguns até resistem durante certo tempo nessa posição por causa do seu ego, mas, nessa situação cedo ou tarde sentem falta da sua vida leve e irresponsável, sentem falta de seus amiguinhos comuns e de estarem fazendo o que a maioria das pessoas comuns faz e é nesse momento que sucumbem à sua fraqueza e desistem. Não temos nada contra as pessoas comuns e não tem nada de errado com elas, apenas, o topo é um lugar para poucos onde os fracos não têm vez.

Finalmente existe a dor mais dolorida que existe que é a dor de estar chegando ao topo ou de estar no topo. No Kung Fu é quando você não tem mais mestre, sente falta de ter alguém puxando aulas pra você, sente falta de alguém cobrando a sua matéria, sente falta de estar fazendo aulas com seus companheiros, sente falta de ser aluno. Além disso, o topo é um lugar de onde todo mundo quer lhe derrubar, é o lugar onde muitos lhe caluniarão, onde muitos lhe trairão, onde você será invejado e também admirado, é o lugar onde você olha pra cima e percebe que não tem mais com quem reclamar é o lugar onde os fracos não têm vez e onde é preciso ser forte.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Wind of Change


Eu gosto de acreditar na frase: "Mudar é sempre bom". Deve soar estranho escutar isso de alguém que ensina Posturas Básicas há alguns anos. Cavalo é sempre Cavalo, Gato é sempre Gato e Arco e Flecha (ou Arco Splash, como dizia minha aluninha de 5 anos) é sempre Arco e Flecha (ou Arco Splash, se você tem 5 anos).

Mas ainda assim, digo que mudar é bom. Quando nos propomos a fazer coisas novas, nosso corpo e nosso cérebro são forçados a se adaptar aos novos estímulos, o que significa que teremos que ficar mais fortes/mais inteligentes para lidar com as novidades. Ganhamos uma nova percepção do mundo e, muitas vezes, no processo de mudança, percebemos oportunidades de evolução em nosso mundo interior.

Quando repetimos os mesmos processos indefinidamente, nosso cérebro fica acostumado com estes processos e não faz mais um esforço consciente para executá-los, quando "pegamos prática". Algumas pessoas, quando dirigem, podem experimentar isso, quando se dão conta de estarem em um determinado ponto do seu trajeto, mas não se recordam da parte anterior do trajeto.

Mulheres nos dão um bom exemplo sobre mudança. Mudam o cabelo, mudam as unhas, mudam os sapatos, mudam as roupas, mudam a maquiagem, mudam tudo de um dia para o outro!

"Mas não é bom manter algumas coisas como são, sem mudanças?" -perguntará o leitor. Ora, é claro que sim!

Virtudes devem se manter inabaláveis ao longo do tempo. Quem tem uma Determinação forte não deve jamais modificar essa característica, apenas aperfeiçoá-la. Aí pergunto de volta ao leitor: aperfeiçoar não é também uma mudança? =)

Acredito que um dos motivos que favoreceu a minha mudança aqui para BH foi manter minha crença na frase "Mudar é sempre bom". Novas pessoas, novo sotaque, novos produtos no supermercado (tem waffle aqui!), enfim: um novo Brasil dentro do Brasil para conhecer e explorar.

Tenho que confessar que, durante o planejamento da academia, pensei em mudanças também no processo de condução da escola. Alguns novos formatos, uma abordagem um pouco diferente. Mas aí eu lembrei que começar uma coisa do zero era uma mudança grande para mim, mas não para outra pessoa antes de mim.

O Mestre Gabriel já havia feito tudo o que fiz, faço e vou fazer aqui em BH, mas o fez em São Paulo. E isso ajuda muito a saber o "caminho das pedras". Sempre que tenho uma dúvida, recorro à "receita de bolo" realizada antes pelo Mestre Gabriel e, invariavelmente, encontro boas respostas.

Claro que nem tudo ficará igual, preciso adaptar algumas coisas à tecnologia atual, ao mercado atual e até
mesmo o perfil do mineiro (tem gente de fora de BH que treina aqui, por isso usei mineiro e não belo
horizontino), mas tenho à disposição um "norte" claro, ao revistar o que ele já construiu.

E, como não ficará tudo igual, não é, mais uma vez, uma mudança?

Para fechar, a música que dá origem ao nome do post:


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sombra, água fresca e um jornal com as letras bem grandes pra não atrapalhar as vistas


Você já se perguntou por que você ainda não se tornou o que gostaria de se tornar ou ainda porque não alcançou o sucesso que gostaria de alcançar?

Você já se perguntou por que a maioria das pessoas que vão para o exterior morar sozinhas normalmente acaba se dando bem?

Você já se perguntou por que muitas pessoas instruídas que estudaram nas melhores faculdades muitas vezes não se tornaram bem sucedidas?

Você já se perguntou por que pessoas supostamente menos instruídas do que você se tornaram muito bem sucedias e você não?

Se você não está onde gostaria de estar e já se fez uma dessas perguntas, deveria parar para refletir e descobrir porque não conseguiu o que queria, deveria tentar descobrir o que essas pessoas faz de diferente que fizeram a diferença pra elas.

Napolleon Hill meu escritor favorito durante mais de vinte anos entrevistou mais de dezesseis mil pessoas de sucesso entre eles comerciantes, donas de casa, advogados, bancários, engenheiros, comerciários, médicos corretores, operários, professores fazendeiros, ferroviários e analisou cada uma delas reunindo todos os fatos importantes que as levaram a serem bem sucedidas e publicou uma obra contendo dezesseis lições o que ele chamou de A Lei do Triunfo. Na verdade ele estudou essas dezesseis mil pessoas bem sucedidas para descobrir o que cada uma delas fazia de diferente das pessoas comuns que as tornaram bem sucedidas e criou a Lei do Triunfo.

Estamos numa outra época, mas as leis do triunfo que serviram naquela época ainda funcionam perfeitamente nos dias de hoje, afinal de contas se é uma lei não deveria ser diferente.

Meu intuito nesse texto não é ensinar ninguém a ser bem sucedido e sim estimulá-los a pensar nas questões que coloquei acima. Pense bem, se você não está onde gostaria de estar e já se fez pelo menos uma das perguntas acima, não seria interessante descobrir a resposta e corrigir o erro.

Tenho certeza absoluta de que se você ler atentamente a Lei do Triunfo descobrirá rapidamente a razão do seu fracasso.

Talvez alguns de vocês sejam até amigos íntimos de pessoas muito bem sucedidas, mas não conseguem entender como é que essa pessoa tão comum quanto você chegou lá e você não. Não consegue entender como você tão inteligente como seu amigo patina no mesmo lugar e não consegue progredir tanto quanto ele. Não seria legal você ter essa resposta.

Você sabia que a zona de conforto é um dos principais fatores que impedem as pessoas de progredir?. O próprio nome Zona de Conforto já diz tudo, lugar confortável. São as pessoas que não tentam outro emprego porque onde ele está ele conhece tudo. São as pessoas que não arriscam abrir uma empresa porque elas ganham o suficiente pra viver. São as pessoas que não vão tentar a vida noutra cidade ou noutro país porque não conseguem ficar longe de sua família e de seus amigos.

Lembre-se sair da Zona de Conforto dói tanto que você nem pode imaginar. Para sair da Zona de Conforto você terá que se tornar Capitão de seu próprio navio.

Da próxima vez que você reclamar da vida, do governo, da sua empresa, do seu patrão, da sua esposa, do seu marido, pense se você não está numa Zona de Conforto, pense se na verdade o que você não quer mesmo são sombra, água fresca e um jornal com as letras bem grandes pra não atrapalhar as vistas.

domingo, 19 de agosto de 2012

O que é um Shifu ?


"Em toda arte marcial, existe uma palavra geralmente pertencente ao idioma do país onde esta arte se originou que se aplica especialmente à pessoa que dirige a escola. Nas escolas de Arte Marcial Chinesa, utilizamos a palavra Shifu. No entanto, o significado desta palavra vai muito além de professor ou instrutor. E é importante que entendamos perfeitamente este significado, uma v
ez que ele elucida a natureza do relacionamento que cada um de nós deve estabelecer com esta pessoa especial. A palavra Shifu é de fato, composta de dois ideogramas. “Si” significa professor e “Fu” significa pai, mas estas duas palavras sozinhas não descrevem completamente o papel que um Shifu tem para com o seu aluno. A função do Shifu pode ser mais especificamente descrita se você pensa nela como uma combinação de um professor, um pai, um padrinho e um comandante militar. O Shifu é, naturalmente, seu professor. Ele passa adiante o conhecimento que foi passado a ele por seu respectivo Shifu, bem como a sabedoria ou “insight” adquiridos através de sua experiência pessoal. O Shifu é como um pai no cuidado que ele tem para com seus alunos. 
Ele zela por seu progresso na aprendizagem da arte, pelo seu bem-estar pessoal, por sua conduta perante si mesmo e perante os outros e pela formação do seu caráter. Seu Shifu é também como um padrinho no sentido de que ele é o seu mentor. Ele irá supervisioná-lo e orientá-lo para que consiga atingir suas metas. Finalmente, o Shifu é como um comandante militar porque ele merece o mesmo tipo de respeito e obediência que um soldado teria para com seu comandante oficial. Mas talvez um jeito melhor de entender este título seja examinando o que a palavra não significa. Seu Shifu não é seu amigo, no sentido usual da palavra. Amigos são seus iguais, com quem você compartilha interesses comuns, passa tempo junto com eles. Mas seu Shifu não é seu igual. Existe o espaço de uma geração que separa vocês. A distância está lá, principalmente por causa do nível de respeito que o aluno deve ter para com o Shifu. E também, a relação é um vínculo mais estreito do que amizade porque seu Shifu está transmitindo conhecimento e habilidades que podem salvar a sua vida. Existem conseqüências claras deste tipo de relação. Por exemplo, não espere de seu Shifu que ele apareça no seu churrasco no fim de semana ou um convite para jantar com outros colegas de treino depois da aula. Não é que seu Shifu não goste de você, mas, por uma questão de tradição e protocolo, ele é obrigado a manter certa distância de seus alunos. Indo por esta mesma linha, perguntar sobre a vida pessoal do seu Shifu também não é de bom tom. Mas como o tempo das coisas mudaram, há certas aberturas quanto ao tratamento dependendo das circunstâncias. Mas com a devida clareza de respeito.
Enquanto perguntar sobre a vida pessoal para um amigo ou parente consiste em uma maneira de demonstrar cuidado e consideração, fazer isso com seu Shifu seria considerado impróprio. Além disso, se o seu Shifu vier a compartilhar algo sobre sua vida com você, sinta-se honrado e guarde isso com você. Ficar sabendo de uma coisa da vida pessoal de seu Shifu não é um troféu para mostrar para todo mundo. É algo compartilhado entre você e seu Shifu, e que deve ser considerado por você como algo muito especial. Historicamente, a função do Shifu não diz respeito apenas a instrutores de Kung Fu. Por exemplo, esse termo também é usado por monges Budistas, sacerdotes Taoístas, em escolas de ópera de Pequim ou Cantonesas, e escolas de acrobacia. Em todas essas instituições, os alunos se referem a seus professores como Shifu, e as relações são semelhantes. O que é comum a todos esses ambientes é que o professor transmite habilidades de sobrevivência para o aluno. Tipicamente, o Shifu ajuda seu aluno a aprender tudo o que ele tem para ensinar em sua respectiva arte e depois vai além, ajudando o aluno a aprimorar e a usar estas habilidades. Tradicionalmente, os discípulos viviam com seus Shifus. As escolas muitas vezes eram grandes construções com salas de treino e dormitórios. Para muitos alunos, treinar era tudo o que sempre faziam. Eles passariam anos com seu Shifu aprendendo tudo que ele teria para ensinar. Alguns alunos ficariam até mesmo depois de completar seus estudos para ajudar o Shifu a ensinar e a dirigir a escola. Hoje em dia, este modo de ensinar e aprender é muito mais difícil, porque muitos alunos aprendem Kung Fu para recreação ou como um hobby. É difícil estudar em tempo integral por razões financeiras. No passado, as relações que se desenvolviam entre Shifus e alunos e também as relações entre colegas de treino eram muito diferente. O vínculo que se estabelece através da convivência diária, e do hábito de fazer juntos as refeições, é muito mais forte do que aquele visto nas escolas modernas. Realmente era muito mais como uma família e, portanto, termos como Shifu, Si hing (irmão de treino mais velho) e Shi je (irmã de treino mais velha) eram altamente aplicáveis. Ainda que as escolas modernas não apresentem vínculos assim, tão estreitos, os termos são usados até hoje porque nós tentamos incentivar estas relações. Além disso, alguns de vocês devem ter reparado que às vezes pessoas como chefes de cozinha, carpinteiros, e outros oficiais ou profissionais de trabalhos que exigem experiência são chamados de Shifu. Nestes casos, as palavras usadas são diferentes apesar de soarem igualmente. Este outro uso da palavra Shifu é para se dirigir ou reconhecer alguém que seja a autoridade máxima em uma habilidade particular. Quando se fala, não há diferença. Mas quando se escreve os ideogramas, se você se refere a seu próprio professor, são utilizados os ideogramas professor-pai. Quando você está se referindo a outra pessoa, mesmo que se trate de um professor de Kung Fu, o segundo conjunto de ideogramas é utilizado. Deste modo, você ainda está reconhecendo que aquela pessoa é um mestre, uma autoridade em sua arte, mas o vínculo especial entre professor e aluno não é expressado. Com esta compreensão mais aprofundada da palavra Shifu em mente, o significado da utilização deste título para se referir ao seu professor deve estar claro. De fato, é uma honra receber o privilégio de poder se dirigir ao seu professor como Shifu. Portanto, isto deverá ser feito com clareza e respeito para não trair as relações em que esta palavra implica."

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Nutrição e Exercício


O que acontece quando um cachorro que vive preso, em apartamento ou casa, é solto num sítio, praia, ou até mesmo na rua?

O que acontece quando uma criança chega no parque, qual a primeira ação?

Se você pensou que é correr, acertou. Instintivamente, as crianças e ou animais tem o costume de correr e se movimentar muito durante o dia.

Já percebeu que quando perguntamos para os pais ou avós como eram as crianças antigamente, eles sempre dizem que elas eram ativas o dia inteiro, viviam nas ruas correndo, pulando e brincando. Se fizermos outra pergunta, em relação à alimentação eles provavelmente vão dizer que era desregrada, sem dietas complicadas, repleta de gordura, banha de porco, pouca salada e mais frutas.

Pois é, o estilo de vida mudou. Hoje em dia as crianças de antigamente vivem e apartamentos de 70 m², ou em casa térreas minúsculas. Todos têm medo de sair nas ruas, e, por isso, as crianças de hoje em dia são sedentárias, vivem no computador, vídeo-game, celular, etc.

Alguns mais espertos separam umas 3 horas por semana para ir em academias, seja de arte marcial ou convencionais, e acham que já é o suficiente para ter uma vida inteiramente saudável.

Segundo a INSERM (Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica) 56% dos homes têm gordura excessiva, e nas mulheres, as indesejáveis aparecem em 71% . Além disso, 24% dos homens e 27% das mulheres apresentam obesidade.


Está na hora de mudar, de conscientizar
Unir exercício e boa alimentação



Curso de Introdução à Nutrição Esportiva

Dias 15 e 22 de Setembro, Inscreva-se aqui http://tskfsga.com.br/