Não, não errei o ano não. Estou falando sobre Baltimore do ano que vem mesmo...
O campeonato de Baltimore, realizado pela USKSF/TWKSF é um dos melhores que conhecemos. Grande parte do seu charme reside no fato de ele ser realizado em um hotel fantástico nos arredores da cidade. Mais precisamente aqui!
Além disso, é fantástica a experiência de competir em outro país com o seu Kung Fu. Ter acesso à outra cultura, outra forma de pensar e fazer coisas corriqueiras de forma diferente como pagar o metrô ou pagar barato por um café do Starbucks! =)
Mas, por outro lado, é bom ver que o nosso Kung Fu não deve nada para os competidores de outros países e sempre fomos muito respeitados lá fora por nossa qualidade técnica e ritmo.
Mas a idéia deste post é incetivar cada um dos nossos alunos a irem para Baltimore no próximo ano. Sim! Já estou falando do campeonato do ano que vem, sendo que o deste ano acabou ontem (ganhamos medalhas, mas não sei o resultado "oficial").
O propósito disso é gerar algo raro entre o povo brasileiro, mas quem vem mudando pouco a pouco: planejamento.
Para ir ao campeonato do ano que vem, será preciso: ter passaporte, ter visto de entrada nos EUA, ter dinheiro para a viagem e treinar. O "ter dinheiro para a viagem" se divide em três grupos: estadia+transporte, competição e lazer.
Para ter o passaporte basta procurar a Polícia Federal. As informações básicas estão aqui
Para ter o visto de entrada nos EUA (não-imigrante) é preciso procurar a Embaixada dos EUA. As informações básicas estão aqui. Tem mais algumas coisas na preparação para obtenção do visto que ajudam bastante a ter sucesso nesta parte, mas vamos falar mais sobre isso mais para frente.
A passagem aérea é o item mais caro do plano. Viajando pela TAM, a rota São Paulo - Nova Iorque - São Paulo sai por R$ 3.391,28. O valor pode ser parcelado no cartão de crédito, o que ajuda bastante. Outra coisa que ajuda é o fato de fazer a compra antecipada. No exemplo acima, fiz uma simulação de viagem com embarque amanhã e retorno na próxima semana. Quanto mais cedo se compra, mais barato se paga!
Adicione mais US$ 170,00 (R$304,00) para a passagem de trem entre Nova Iorque a Baltimore (ida e volta!) e mais uns US$50,00 (R$ 94,00) de táxi (ida e volta!) para o hotel e você terá algo bem próximo do gasto com transporte dentro dos EUA.
Sobre a estadia, os custos deste ano estão em US$ 120,00 por uma quarto com duas camas de casal, ou seja, em 4 amigos a diária sai por US$ 30,00/noite. Supondo uma estada de 5 dias, temos o valor de US$ 150,00 (R$ 282,00).
Para alimentação, considere US$ 10,00 por refeição. Com três refeições ao dia teremos US$ 150,00 para os 5 dias (R$ 282,00). Na região do hotel existem pequenos restaurantes e um mercado que permitem uma variedade grande no cardápio, sem fugir do orçamento.
No campeonato em si, a primeira categoria sai por US$ 85,00 e as subsequentes, por US$ 20,00. Vamos supor que você vá competir em 3 categorias, teremos US$ 125,00 (R$ 235,00)
Posso "passar a régua"? Em dólares teremos um total de US$ 645,00 (R$ 1.212,60). Somando a passagem de R$ 3.391,28, totaliza R$ 4.603,88.
Todo o valor adicional que você levar será reservado para a diversão, passeios, etc. Mas reforço, quem vai "apenas" fazer a rota para o campeonato no plano que citei acima já tem muita diversão garantida. O que vier além disso, com certeza, é um lucro e tanto.
Claro que esta projeção conta com o dólar turismo no valor de R$ 1,88. Ou seja, este valor pode variar para cima ou para baixo.
Agora falando sobre o treino: esta é a parte mais fácil! Você já está treinando! Basta ver o que gostaria de fazer no ano que vem e, por quê não, estabelecer uma meta pessoal, como por exemplo, chegar na faixa roxa e fazer o Pam Pou Kiu em Baltimore. Para um faixa branca este seria um belo desafio, não?
Como podemos ver, não estamos falando de valores baixos, mas também não é nada de outro mundo! Com planejamento, foco e determinação é possível dar-se este presente e fazer parte do Time TSKF em Baltimore 2011.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Desafio Particular
Há algumas semanas, uma aluna nova (e muito boa) aqui da Vila comentou comigo ao final da aula, após escutar os avisos sobre o exame, que ela achava meio retrógrado esse formato que adotamos para as avaliações dos alunos.
Refletindo sobre isso devo dizer que talvez ela esteja certa.
Porém...esta metodologia é melhor que qualquer outra que eu conheça.
O exame começa na sua preparação. Diferentemente de outras escolas, não são os instrutores que decidem quando e onde os alunos devem fazer seus exames. O aluno é que deve tomar a decisão de querer mudar de faixa e avançar ao próximo estágio. É curioso, mas só isso já faz com que uma boa leva de novatos desista da academia, por medo de se expor, medo de enfrentar sua insegurança, etc, etc. Creio que isso tem a ver com o fato de que é o aluno mesmo que tem que tomar a decisão de avançar. Não há um agente externo (o instrutor) que decide por ele.
(em tempo: falando sobre medo, eu tenho medo de altura e tenho topado ir com minha esposa no Hopi Hari cuidar deste medo de vez em quando. Aos poucos até que estou me acostumando...)
A continuação do processo do exame vem na preparação para ele. É preciso chegar com uma hora de antecedência em relação ao horário que você marcou o exame. Parece simples também quando escrevo assim, mas não é.
Claro, andar de carro em São Paulo é um desafio e tanto para qualquer um, não é mesmo? Mas se todos os paulistanos sabem disso, por quê não há um preparo adequado para tanto? Não é raro algum aluno perder o horário do exame e, naturalmente, não deixamos ele entrar atrasado. Claro que existem situações atípicas e entendemos quando uma acontece. Muitas vezes elas saem do controle de qualquer um e merecem o tratamento adequado. Mas como eu disse, são situações atípicas. Planejar um caminho alternativo, sair mais cedo, marcar num horário de trânsito mais tranquilo...São várias opções para deixar a experiência do exame mais tranquila.
Outra característica do exame é que ele é fechado para o público. Pais, namorados, namoradas e etc. não podem ver o exame. Cito duas razões simples para isso: se o aluno fica nervoso em fazer as coisas na frente dos instrutores e do Mestre, ele vai se sentir mais confortável fazendo para um público 2 ou 3 vezes maior? Além disso, o exame é um desafio do aluno e não da família dele, portanto, é algo que ele deve enfrentar sozinho, contando apenas com sua habilidade e preparo. Não existem pontos de apoio a não ser em si mesmo. É impressionante como eu vejo muitas pessoas sairem amadurecidas e com a auto estima elevada depois de um exame.
Um último ponto do exame é a avaliação da técnica do aluno. Mas essa é a parte mais fácil e divertida do exame! Não é cobrado nada que não tenha sido passado em aula. As matérias são executadas e avaliadas na mesma ordem que são ensinadas em cada unidade e são avaliadas seguindo os mesmos critérios passados no momento do treino com o instrutor.
Temos assim um desafio particular ao aluno onde 49% tem a ver com a preparação e os outros 49% tem a ver com o treino. Só ter um aspecto destes dois prontos não garante o sucesso, mas ter os dois aspectos prontos permite uma margem de sucesso muito grande. "E os 2% que faltam?" -alguém poderá me perguntar. Deixo 1% para o Imponderável, tudo aquilo que pode acontecer que foge do controle de qualquer um.
O outro 1% deixo para o Lion Man. Nunca se sabe quando ele pode aparecer...
Refletindo sobre isso devo dizer que talvez ela esteja certa.
Porém...esta metodologia é melhor que qualquer outra que eu conheça.
O exame começa na sua preparação. Diferentemente de outras escolas, não são os instrutores que decidem quando e onde os alunos devem fazer seus exames. O aluno é que deve tomar a decisão de querer mudar de faixa e avançar ao próximo estágio. É curioso, mas só isso já faz com que uma boa leva de novatos desista da academia, por medo de se expor, medo de enfrentar sua insegurança, etc, etc. Creio que isso tem a ver com o fato de que é o aluno mesmo que tem que tomar a decisão de avançar. Não há um agente externo (o instrutor) que decide por ele.
(em tempo: falando sobre medo, eu tenho medo de altura e tenho topado ir com minha esposa no Hopi Hari cuidar deste medo de vez em quando. Aos poucos até que estou me acostumando...)
A continuação do processo do exame vem na preparação para ele. É preciso chegar com uma hora de antecedência em relação ao horário que você marcou o exame. Parece simples também quando escrevo assim, mas não é.
Claro, andar de carro em São Paulo é um desafio e tanto para qualquer um, não é mesmo? Mas se todos os paulistanos sabem disso, por quê não há um preparo adequado para tanto? Não é raro algum aluno perder o horário do exame e, naturalmente, não deixamos ele entrar atrasado. Claro que existem situações atípicas e entendemos quando uma acontece. Muitas vezes elas saem do controle de qualquer um e merecem o tratamento adequado. Mas como eu disse, são situações atípicas. Planejar um caminho alternativo, sair mais cedo, marcar num horário de trânsito mais tranquilo...São várias opções para deixar a experiência do exame mais tranquila.
Outra característica do exame é que ele é fechado para o público. Pais, namorados, namoradas e etc. não podem ver o exame. Cito duas razões simples para isso: se o aluno fica nervoso em fazer as coisas na frente dos instrutores e do Mestre, ele vai se sentir mais confortável fazendo para um público 2 ou 3 vezes maior? Além disso, o exame é um desafio do aluno e não da família dele, portanto, é algo que ele deve enfrentar sozinho, contando apenas com sua habilidade e preparo. Não existem pontos de apoio a não ser em si mesmo. É impressionante como eu vejo muitas pessoas sairem amadurecidas e com a auto estima elevada depois de um exame.
Um último ponto do exame é a avaliação da técnica do aluno. Mas essa é a parte mais fácil e divertida do exame! Não é cobrado nada que não tenha sido passado em aula. As matérias são executadas e avaliadas na mesma ordem que são ensinadas em cada unidade e são avaliadas seguindo os mesmos critérios passados no momento do treino com o instrutor.
Temos assim um desafio particular ao aluno onde 49% tem a ver com a preparação e os outros 49% tem a ver com o treino. Só ter um aspecto destes dois prontos não garante o sucesso, mas ter os dois aspectos prontos permite uma margem de sucesso muito grande. "E os 2% que faltam?" -alguém poderá me perguntar. Deixo 1% para o Imponderável, tudo aquilo que pode acontecer que foge do controle de qualquer um.
O outro 1% deixo para o Lion Man. Nunca se sabe quando ele pode aparecer...
terça-feira, 6 de julho de 2010
Vários Papéis
O dia começa cedo para ela, mas por volta das 07h30 ela já está na academia e lembro que, nas semanas anteriores ao campeonato, eu sempre respondia "sim" à pergunta: "Danillo, posso pegar o bastão um pouquinho?"
Hoje em dia, vejo que ela está mais preocupada com as aplicações de Kon Li Kuen. Neste momento ela está às voltas com a aplicação 4. Isso não impede dela aproveitar a presença de um faixa roxa ou vermelha de manhã para treinar com um parceiro. Antes da aula começar, claro.
A aula começa e, fatalmente, ela está na fileira da frente, quando não é a mais graduada, a quem cabe fazer a chamada para nossa saudação inicial e começar mais um treino.
A Lourdes me chamou a atenção pela primeira vez quando eu ainda estava na TSKF Consolação. Com um bom humor inconfundível e, na época, acompanhada da sua filha Letícia, ela vinha treinar conosco, em especial para ver o William, um instrutor muito querido.
Acabei perdendo um pouco de contato com ela quando me mudei para a TSKF Mooca e, felizmente, depois acabei retomando este contato com força total aqui na TSKF Vila Madalena.
Apesar de ser muito presente aqui na academia (e todos nós gostarmos disso!), a Lourdes também desempenha vários papéis. Além de praticante de Kung Fu, ela trabalha ativamente no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa que presta serviço para a Receita Federal. E não, ele não quebra galhos envolvendo a Declaração de Imposto de Renda. Eu já perguntei para ela outro dia... =)
Fora isso, ela também é mãe de duas moças e gosta de dança. E este gosto pela dança que a levou ao Kung Fu.
Ao se mudar aqui para a região da academia, ela começou a procurar um local onde pudesse praticar a dança, mas acabou encontrando, com a ajuda da filha, a nossa academia. Ela resolveu tentar a prática, já que as meninas estavam fazendo e gostando bastante. Ela conta que, em sua aula experimental, o Osvaldo disse à ela para "ir devagar, se não aguentar fazer tudo, pode parar, sem problemas..." Claro que ela ficou "mordida" com isso e fez toda a ginástica sem reclamar, mostrando sua motivação e preparo.
Ao perguntar à ela por quê ela havia escolhido o Kung Fu: "Eu sempre gostei de movimentar o corpo, por isso procurei a dança inicialmente, mas acabei gostando muito do Kung Fu. Faz bem para mim, tanto o exercício para o corpo quanto para a cabeça. E eu gosto também de mostrar que uma pessoa pode fazer qualquer coisa, o que quiser. Basta querer."
Hoje em dia, vejo que ela está mais preocupada com as aplicações de Kon Li Kuen. Neste momento ela está às voltas com a aplicação 4. Isso não impede dela aproveitar a presença de um faixa roxa ou vermelha de manhã para treinar com um parceiro. Antes da aula começar, claro.
A aula começa e, fatalmente, ela está na fileira da frente, quando não é a mais graduada, a quem cabe fazer a chamada para nossa saudação inicial e começar mais um treino.
A Lourdes me chamou a atenção pela primeira vez quando eu ainda estava na TSKF Consolação. Com um bom humor inconfundível e, na época, acompanhada da sua filha Letícia, ela vinha treinar conosco, em especial para ver o William, um instrutor muito querido.
Acabei perdendo um pouco de contato com ela quando me mudei para a TSKF Mooca e, felizmente, depois acabei retomando este contato com força total aqui na TSKF Vila Madalena.
Apesar de ser muito presente aqui na academia (e todos nós gostarmos disso!), a Lourdes também desempenha vários papéis. Além de praticante de Kung Fu, ela trabalha ativamente no Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), empresa que presta serviço para a Receita Federal. E não, ele não quebra galhos envolvendo a Declaração de Imposto de Renda. Eu já perguntei para ela outro dia... =)
Fora isso, ela também é mãe de duas moças e gosta de dança. E este gosto pela dança que a levou ao Kung Fu.
Ao se mudar aqui para a região da academia, ela começou a procurar um local onde pudesse praticar a dança, mas acabou encontrando, com a ajuda da filha, a nossa academia. Ela resolveu tentar a prática, já que as meninas estavam fazendo e gostando bastante. Ela conta que, em sua aula experimental, o Osvaldo disse à ela para "ir devagar, se não aguentar fazer tudo, pode parar, sem problemas..." Claro que ela ficou "mordida" com isso e fez toda a ginástica sem reclamar, mostrando sua motivação e preparo.
Ao perguntar à ela por quê ela havia escolhido o Kung Fu: "Eu sempre gostei de movimentar o corpo, por isso procurei a dança inicialmente, mas acabei gostando muito do Kung Fu. Faz bem para mim, tanto o exercício para o corpo quanto para a cabeça. E eu gosto também de mostrar que uma pessoa pode fazer qualquer coisa, o que quiser. Basta querer."
domingo, 4 de julho de 2010
Exercício e o Coração
Naturalmente, quando assistimos um telejornal, ou lemos algum artigo sobre nosso funcionamento cardíaco, dentre as recomendações para o controle da saúde desse importante sistema de nosso corpo, exercícios físicos estão sempre citados. Realmente, a prática de uma atividade física, é um dos fatores mais importantes para a regulação da fisiologia cardíaca, mas de que tipo de exercício estamos falando? E qual a razão com que estes influenciam nas características de nosso coração?
Para respondermos essas dúvidas, é preciso conhecer um pouco mais nosso corpo, mais especificamente, sobre o funcionamento de nosso sistema cardiorrespiratório. Brevemente, basta que saibamos o papel de nossa respiração sobre o sangue e a influência do transporte sanguíneo sobre o coração.
Quando inspiramos, aspiramos uma variedade de gases atmosféricos que serão transportados até nossos pulmões. Nos pulmões, o oxigênio é separado desses gases, e os gases que não nos foram importantes, são liberado na expiração. Além desse tipo de respiração, que é denominada respiração pulmonar, existe um outro tipo de respiração, (que é a que nos interessa) que dificilmente é compreendida pela população, a Respiração Celular.
Quando dizemos que o oxigênio é extraído dos outros gases que respiramos, estamos nos primórdios da respiração celular. Mais precisamente nos alvéolos pulmonares, cada molécula de oxigênio é depositada em nossa corrente sanguínea e ligada a uma hemoglobina (glóbulo vermelho) que cumpre o papel de transportar esse oxigênio para suprir cada célula de nosso corpo. Do mesmo modo, os glóbulos vermelhos presentes no sangue, se encarregam de transportar os restos metabólicos(como a gás carbônico) de cada célula. Quando os restos são moléculas de gás carbônico, ele é levado até os alvéolos pulmonares para ser extraído do sangue e ser eliminado pela expiração.
Onde nosso coração entra nessa história toda? Ele simplesmente é a máquina que realiza o processo mecânico de circulação sanguínea. Seus músculos (chamados de miocárdio) sofrem contrações que produzem o bombeamento que tanto nós conhecemos.
Se para treinarmos e ganharmos força no bíceps, fazemos exercícios localizados a fim de hipertrofiá-lo (ver artigo Hiperplasia x Hipertrofia) com o músculo cardíaco não é diferente. Quanto mais o treinamos, mais aumentamos sua capacidade volumétrica, alcançando altos níveis de aptidão física. Alguns tipos de exercícios, como o Exercício Aeróbico, contribuem fortemente pra isso, pois trabalham os grandes músculos do coração durante pelo menos 20 minutos.
Hipertrofiando o miocárdio, aumenta-se a volumetria sanguínea, ou seja, o coração começa a suportar cada vez mais volume de sangue, bombeando cada vez mais oxigênio, tornando a circulação mais eficiente.
Estudos mostram que a atividade física regular, contribui para a queda da freqüência cardíaca em estado de repouso, e um coração que bate lentamente é energeticamente mais eficiente do que um com batimentos rápidos. E com o aumento da eficiência circulatória, aumenta também a quantidade de hemoglobina, levando a formação de novos capilares sanguíneos nos músculos do nosso corpo, melhorando a distribuição de oxigênio.
Agora sim podemos entender porque os exercícios podem ajudar a combater e prevenir várias doenças cardíacas como taquicardia, arritmia, hipertensão, insuficiência cardíaca dentre outras que constantemente escutamos espalhadas pela mídia.
Para respondermos essas dúvidas, é preciso conhecer um pouco mais nosso corpo, mais especificamente, sobre o funcionamento de nosso sistema cardiorrespiratório. Brevemente, basta que saibamos o papel de nossa respiração sobre o sangue e a influência do transporte sanguíneo sobre o coração.
Quando inspiramos, aspiramos uma variedade de gases atmosféricos que serão transportados até nossos pulmões. Nos pulmões, o oxigênio é separado desses gases, e os gases que não nos foram importantes, são liberado na expiração. Além desse tipo de respiração, que é denominada respiração pulmonar, existe um outro tipo de respiração, (que é a que nos interessa) que dificilmente é compreendida pela população, a Respiração Celular.
Quando dizemos que o oxigênio é extraído dos outros gases que respiramos, estamos nos primórdios da respiração celular. Mais precisamente nos alvéolos pulmonares, cada molécula de oxigênio é depositada em nossa corrente sanguínea e ligada a uma hemoglobina (glóbulo vermelho) que cumpre o papel de transportar esse oxigênio para suprir cada célula de nosso corpo. Do mesmo modo, os glóbulos vermelhos presentes no sangue, se encarregam de transportar os restos metabólicos(como a gás carbônico) de cada célula. Quando os restos são moléculas de gás carbônico, ele é levado até os alvéolos pulmonares para ser extraído do sangue e ser eliminado pela expiração.
Onde nosso coração entra nessa história toda? Ele simplesmente é a máquina que realiza o processo mecânico de circulação sanguínea. Seus músculos (chamados de miocárdio) sofrem contrações que produzem o bombeamento que tanto nós conhecemos.
Se para treinarmos e ganharmos força no bíceps, fazemos exercícios localizados a fim de hipertrofiá-lo (ver artigo Hiperplasia x Hipertrofia) com o músculo cardíaco não é diferente. Quanto mais o treinamos, mais aumentamos sua capacidade volumétrica, alcançando altos níveis de aptidão física. Alguns tipos de exercícios, como o Exercício Aeróbico, contribuem fortemente pra isso, pois trabalham os grandes músculos do coração durante pelo menos 20 minutos.
Hipertrofiando o miocárdio, aumenta-se a volumetria sanguínea, ou seja, o coração começa a suportar cada vez mais volume de sangue, bombeando cada vez mais oxigênio, tornando a circulação mais eficiente.
Estudos mostram que a atividade física regular, contribui para a queda da freqüência cardíaca em estado de repouso, e um coração que bate lentamente é energeticamente mais eficiente do que um com batimentos rápidos. E com o aumento da eficiência circulatória, aumenta também a quantidade de hemoglobina, levando a formação de novos capilares sanguíneos nos músculos do nosso corpo, melhorando a distribuição de oxigênio.
Agora sim podemos entender porque os exercícios podem ajudar a combater e prevenir várias doenças cardíacas como taquicardia, arritmia, hipertensão, insuficiência cardíaca dentre outras que constantemente escutamos espalhadas pela mídia.
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