quarta-feira, 30 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #7

Hoje estamos recebendo para a nossa sétima entrevista o Shifu Rafael Garcia, sócio e instrutor da TSKF.

Shifu Garcia iniciou seus treinos no Kung Fu aos 21 anos, em jan/2002. Em 2003 começou a dar aulas na TSKF Matriz, quando dividia seu tempo entre as aulas, o emprego na TAM Linhas Aéreas (atual LATAM) e sua pós-graduação na UMESP - Universidade Metodista de São Paulo, situada em São Bernardo do Campo, onde já havia se formado em Jornalismo em dec/2001. Alguns anos depois passou a dedicar-se exclusivamente ao Kung Fu e a TSKF, ajudando a abrir mais três filiais, a TSKF São Bernardo do Campo (em 2005), a TSKF Ipiranga (em 2007) e a TSKF Santo André (em 2011), além de tornar-se sócio da TSKF Itaim Bibi em 2013.

Graduou-se faixa preta em fev/2005 e desde então ajudou diversos atletas a conquistar títulos em campeonatos no Brasil e em Baltimore (USA), onde participaram, inclusive, dois de seus alunos que eram deficientes auditivos (total).

Em jun/2012 graduou-se professor de Educação Física pela UNIP – Universidade Paulista, em São Paulo

Nos anos de 2013 e 2014, esteve à frente do projeto que levaria a TSKF para os Estados Unidos, onde já tinha conseguido até montar a sede. Porém, infelizmente, fomos barrados pela burocracia da imigração norte-americana para obter um visto de trabalho no exterior. (Mas não desistiremos)

Neste período também teve a oportunidade de dar uma aula no padrão da TSKF, acompanhado da presença do Mestre Gabriel, para os alunos graduados da Zhong Yi Kung Fu Association, do Mestre Nelson Ferreira.

Em out/2014 foi graduado 4º Tuan pelo próprio Mestre Gabriel, conquistando assim o título de Shifu.

Atualmente está em Fortaleza, CE, desenvolvendo o Kung Fu na Unidade TSKF Aldeota.


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Shifu, você tem mais de 10 anos de Kung Fu, qual foi a lição mais preciosa que aprendeu?

Eu tenho certeza de que foram muitas lições, mas creio que uma das mais importantes foi a de que é preciso confiar nas pessoas para executar planos e crescer. Pude ver o Mestre Gabriel fazendo isso desde SEMPRE e tentei reproduzir em algumas oportunidades a mesma forma de agir com outros instrutores e sócios, dando oportunidades para que demonstrassem disposição, honestidade e lealdade. Naturalmente, obtive alguns resultados negativos, mas os acertos compensam e são muito satisfatórios.

Outra lição que eu não poderia deixar de mencionar é que a cada contato com algum sócio que passei a ter, aprendi algo. Foi assim dando aulas em São Bernardo, no Ipiranga e no Itaim Bibi. Aprendi com aqueles que eram sócios quando iniciamos as atividades numa unidade, como nas duas primeiras citadas, e também quando assumimos uma escola em andamento, que é o caso da última mencionada. Mas também aprendi com aqueles que vieram a dar aulas nestas três ainda depois que eu já não estava mais presente fisicamente nas mesmas. Portanto, além do Mestre Gabriel ser uma fonte inesgotável de aprendizado, eu ainda tenho a sorte de ser sócio de Wilian Vieira, Adriana Mucciolo, César Costa, Ludmila Dantas, Alessandra Silva, Nicollas Leão, Fernando Pereira e Airton Rodrigues, pois aprendo com eles até hoje, além daqueles que passaram por estas e outras unidades com os quais tive contato por terem sido instrutores e sócios comigo. Ainda assim, a maior sorte de todas é ter o Mestre Gabriel como meu sócio e mestre.

O Senhor foi aluno, se tornou instrutor e depois sócio da TSKF, mas antes de se tornar sócio deixou para trás um emprego na TAM Linhas Aéreas, o que lhe motivou a tomar essa decisão?

Eu percebi que trabalhando naquele momento não havia para mim uma perspectiva de unir uma atividade prazerosa com o trabalho cotidiano. Essa junção eu só encontrei ao trabalhar dando aulas na TSKF e, por uma combinação de fatores, eu deixei de trabalhar na TAM e pude abrir a TSKF São Bernardo do Campo em jan/2005, uma das ações mais acertadas de toda a minha vida até aqui, com frutos incríveis e surpreendentes.

Percebemos que a sua Jornada é cheia de decisões, e uma dessas decisões foi recente, que foi a ida para os EUA. Como foi essa experiência? Com todas as dificuldades nesse período, como foi passar por tudo isso?

Sinceramente, foi extremamente frustrante não ter obtido o visto de trabalho para dar continuidade neste processo. Foi muito oneroso financeira e psicologicamente. O que se pode tirar de positivo de tudo isso é que, por mais prejudicial que essa ação tenha sido em termos de patrimônio, eu aceitei a proposta feita pelo meu Mestre, mesmo que tenha sido um enorme obstáculo, e fui por ele escolhido para encarar aquele desafio, assim como o atual. Então, lição aprendida; a vida seguiu e uma nova parte da história começará a ser escrita em breve.

E hoje, estando em Fortaleza, tendo a missão de fazer o mesmo trabalho que está sendo feito em Minas Gerais, como está sendo a experiência?


A experiência tem sido boa no que se diz respeito à adaptação aos costumes da região, já que quanto ao clima eu não tenho qualquer problema por ter grande afinidade com altas temperaturas; eu adoro calor. O maior desafio está na questão do mercado imobiliário, pois os pontos comerciais na cidade de Fortaleza são muito diferentes daqueles com os quais tenho experiência no Estado de São Paulo. Mas creio que logo vamos vencer esta etapa também. Sinceramente, eu não vejo a hora de voltar a dar aulas, sinto falta de ter alunos por perto!

Um ponto importante nessa história é que você não está sozinho, tem uma companheira que foi junto para os EUA e agora Fortaleza, como que ela vê tudo isso?

Ela, minha esposa Camila, encara tudo isso como um grande desafio a que se propôs seguir por efetivamente acreditar:
a) nas minhas convicções sobre a TSKF e sobre o Mestre Gabriel;
b) nas realizações que alcancei como professor da rede TSKF e empresário deste ramo e;
c) nas possibilidades que temos no futuro com a expansão que desejamos para toda a TSKF.
Já de minha parte posso dizer que meu casamento é, assim como mencionei a TSKF SBC anteriormente, uma das minhas ações mais acertadas da vida até o momento, já que minha esposa é muito paciente e compreensiva, além me apoiar em todas as decisões tomadas.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?


Acredito que a TSKF será diferente em 10 anos, assim como já é diferente da TSKF de uma década atrás. Hoje a organização é mais integrada e profissional. Conquistamos para o nosso time nessa última década mais cabeças pensantes sinceramente interessadas no desenvolvimento da rede como um todo. Passamos por um período de crescimento muito rápido nos primeiros cinco destes dez últimos anos que talvez não tenha sido tão ordenado quanto o necessário. Mas recentemente temos investido mais energia em ajustes e organização, trabalho este que resultará em frutos mais sólidos em médio prazo e crescimento ordenado em longo prazo.

Eu arriscaria dizer que em dez anos a TSKF crescerá 30%, tanto em termos de alunos matriculados nas unidades atualmente existentes quanto na abertura de novas escolas da nossa rede. Com isso, aqueles que permanecerem conosco desenvolvendo o trabalho idealizado pelo nosso Mestre Gabriel serão os participantes e beneficiários da colheita dos frutos. Para isso, é preciso compartilhar da visão que a TSKF proporciona aos seus atuais e futuros instrutores, sócios e até mesmo alunos. Acho que a participação dos meus colegas e Shifus Luiz Fabiano, Antonio Carlos, Anderson, Osvaldo e Danillo são essenciais nesse processo evolutivo, assim como todos os demais que já estão sendo graduados e concretizando projetos em várias frentes (blog, vlog, vídeos, eventos) e que assim contribuem para o crescimento da rede toda. Importante mencionar que a principal engrenagem de toda esta dinâmica é o nosso Mestre Gabriel, sempre participando ativamente das realizações da TSKF, além de nos liderar e inspirar constantemente, seus honrados e afortunados seguidores.

Obrigado! 

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #6

Hoje estamos recebendo para a nossa sexta entrevista o Sócio e Instrutor Bruno Hanada.

Bruno iniciou seus treinos no Kung Fu aos 19, Técnico em Massoterapia, especializado em Shiatsu e Drenagem Linfática, começou a dar aulas na TSKF em 2007.

Em 2009 se graduou faixa preta e, neste mesmo ano, ajudou a abrir sua primeira filial, a TSKF Mooca.

Participou de diversos campeonatos ao longo desses anos e hoje é sócio líder da TSKF Mooca.

Participou da peça teatral “4 Estradas Para a Vitória” apresentada em 2014 pela TSKF no Hotel Maksoud Plaza para 400 pessoas, com excelente atuação, dando vida a um dos personagens principais da peça.

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Bruno, você é uma pessoa bem carismática e sempre alegre, você sempre foi assim?

Peço desculpas pela resposta esquisita: sim e não. O porquê disso é que, na verdade, eu sempre fui alegre e carismático, mas nunca consegui demonstrar isso por falta de auto estima. Entretanto o treinamento do Kung Fu me proporcionou auto estima suficiente para demonstrar quem realmente sou.

Hoje você é um Faixa Preta 2 Tuan, você esperava chegar nesse nível quando começou a treinar?

Sim. Desde a minha primeira aula, o alvo sempre foi o sétimo tuan. O Mestre falou uma vez numa aula, quando eu era faixa branca: “Mire na lua, pois se errar, ainda vai estar entre as estrelas”.

De todas as dificuldades que você já passou, qual foi a que mais lhe marcou?

O Mestre Gabriel já nos contou várias histórias de superação na vida dele, em livros, cursos e palestras. Eu fico sempre com elas na cabeça (acredito que todos os outros instrutores também) então, a vida resolveu me testar com uma intoxicação alimentar num dia da semana normal. E naquele dia só havia eu de instrutor, indo ao banheiro de 5 em 5 minutos, tomando litros de água de coco. Mal conseguia ficar em pé, mas imaginava o Mestre me dizendo: “não vai desistir por causa de uma intoxicaçãozinha alimentar de nada, pois eu já passei por coisa pior na vida”. Dei todas as aulas, depois fui para o hospital, e hoje estou vivo digitando isso.

Em sua Jornada como aluno, em algum momento você se viu desmotivado? O que você usou ou usa para sempre se motivar?

Sim, eu era faixa vermelha. Certo dia, distendi a coxa (na verdade, foi estiramento no bíceps femoral, aconteceu 3 vezes na minha vida rs), fui para o hospital e o médico me falou para ficar 3 meses sem o Kung Fu. Contei para o Mestre, que me chamou de frouxo e falou que já distendeu e nunca o impediu de treinar o Kung Fu. Isso me desmotivou, mas despertou algo novo em mim: fiquei com uma vontade absurda de provar para o Mestre que eu não era frouxo. Então fui fazer aula no dia seguinte, passei arnica na coxa, e na hora dos chutes, era uma lágrima por cada chute (no sentido figurado, pois doeu demais rs). Conclusão: recuperei minha perna em 1 mês. Enfim, o que me motivou foi minha superação, aliás, o que me motiva é SUPERAÇÃO, tanto minha quanto de meus alunos, sempre que eles se superam volto para casa realizado com sensação de missão cumprida.

Qual a Unidade que você começou a dar aulas e como foi a sua formação de instrutor da TSKF?

Comecei a dar aula na Matriz com o Mestre Gabriel. Minha formação foi dura, o Mestre nunca deu moleza nem para mim e nem para meus colegas, hoje Shifu Anderson e Shifu Osvaldo. E foi isso que me fez superar tanta coisa na vida, então só tenho o que agradecer ao Mestre Gabriel.

O que você acha mais importante para uma pessoa que almeja dar aulas de Kung Fu?

Não basta saber Kung Fu. Não basta ser bom de Kung Fu. Você tem que ser bom em Ser Humano. Leia todos os livros que o Mestre propôs no curso, e busque mais leituras sobre o ser humano. Você nunca sabe o suficiente, tudo o que sabe é sempre pouco.

Como você se sentiu quando abriu a Unidade Mooca e o que ela significa para você?

Dia 20 de Junho de 2009 (Inauguração da TSKF Mooca) foi o segundo dia mais emocionante da minha vida (o primeiro foi o dia do teatro em que participei “4 Estradas para a Vitória”). Meu falecido pai, Koitiro Hanada, me contava algumas histórias de seu avô que foi samurai até os 8 anos de idade (não lembro se foi bisavô). Me lembro dele ter contado que o verdadeiro samurai nunca guarda sua katana de volta pra bainha sem ela estar suja de sangue, ou seja, ou ele ganha, ou morre. No dia em que inauguramos a unidade Mooca, me senti como um samurai tirando sua espada para a guerra, mas guerra no sentido de missão de vida, não que seja para matar alguém rs. A TSKF Mooca significa minha missão.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

A TSKF já dominou São Paulo e Belo Horizonte, em breve Fortaleza. Eu vejo a TSKF dominando o Brasil em 10 anos. Eu acredito!!

Obrigado!
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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #5

Hoje estamos recebendo para a nossa Quinta entrevista o Shifu Osvaldo Aldighieri, sócio e instrutor da TSKF.

Shifu Osvaldo começou a praticar Kung Fu aos 13 anos.

No início de 2007, Mestre Gabriel lhe ofereceu a oportunidade de começar a dar aulas na TSKF. Na época estava cursando o ensino médio e aceitou a oportunidade.

Participou de diversas competições em São Paulo, Curitiba e fora do pais, nos Estados Unidos
e Alemanha. Conquistou muitas vitórias em sua trajetória e já ajudou muitos a conquistarem as suas também.

Para o Shifu Osvaldo, todos eventos que participa são únicos, com histórias diferentes, por isso todos marcam de alguma forma e ficam em nossas memórias.

Entre os que já participou, ficou marcada sua ida a Baltimore nos Estados Unidos no ano de 2008, pois foi a primeira vez que participou de um Campeonato de Kung Fu fora do Brasil.

Se graduou faixa preta no início de 2008.

Iniciou dando aulas na TSKF Matriz e em seguida foi para a TSKF Vila Madalena, onde está até hoje.
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Shifu, muito obrigado por estar aqui conosco compartilhando a sua história.

Qual foi o motivo que lhe fez treinar o Kung Fu?

Quando pequeno, participava das atividades de artes marciais que a escola oferecia. Porém, depois de um tempo, não tínhamos mais essas atividades. Foi então que busquei outra arte marcial para aprender, pois sempre gostei de atividade física e dos filmes de artes marciais.

Qual era o seu desejo dentro do Kung Fu nessa Época?

Nessa época era como tinha 13 anos, era ser bom como os graduados que fizeram as demonstrações no dia que fui visitar a academia pela primeira vez.

Você sempre teve o apoio dos seus pais?

Tive a sorte de sempre ter o apoio dos meus pais para cada passo dentro da minha história no Kung Fu TSKF.

Na época em que era aluno, quais as pessoas que você tinha como referência?

A Referência que tenho até hoje é o nosso Mestre Gabriel, em seguida me espelhava em meus primeiros professores, juntamente com aqueles alunos graduados que faziam aulas no mesmo período.

E hoje, quais são?

Hoje, o Mestre é nossa maior referência para muitas coisas e meus irmãos de treino, os Shifus, onde cada um tem algo que me inspira.

Como você dividia o seu tempo quando começou a dar aulas?

Como apenas estudava na época, saia dos estudos, almoçava e já ia direto para a academia para realizar os afazeres diários.

O que você diria para um jovem de 17 anos que tem interesse em dar aulas de Kung Fu mas tem dúvida de seguir essa carreira?

Diria que se é isso mesmo que quer, se isso o deixa feliz, siga em frente, mas tenha garra e persistência que com certeza não irá se arrepender de nada quando for mais velho.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

Vejo uma TSKF maior e melhor, com mais alunos, professores, eventos excepcionais e muitas histórias de sucesso para contar.

Obrigado! 
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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #4

Hoje estamos recebendo para a nossa Quarta entrevista o Sócio e Instrutor Rodrigo Oliveira.

Rodrigo começou a treinar Kung Fu aos 23 anos. Em Abril de 2014, começou a dar aulas na TSKF. Surpreendendo a todos, quando decidiu assumir a TSKF Guarulhos que estava a ponto de fechar.

Começou a dar aulas na faixa marrom, já como sócio da TSKF e de lá para cá vem desenvolvendo um trabalho excelente ajudando a academia de Guarulhos a crescer novamente, desenvolver e ajudar os alunos.

Já participou de diversas competições e teve muitas conquistas. Entre elas, ficou marcada em sua memória a primeira competição que participou, no Campeonato Paulista de 2013, numa época que só dispunha dos sábados para treinar seu Kung Fu e ainda assim, com determinação, conquistou a segunda colocação na competição garantindo vaga para o Campeonato Brasileiro do mesmo ano.

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Rodrigo, o que lhe fez procurar o Kung Fu?

Sempre gostei de filmes de luta, e sempre quis mexer com aquelas armas, dar aqueles chutes. Quando estava de férias passei em frente à TSKF Guarulhos e agendei uma aula introdutória. Vi que era bem diferente das academias que já tinha visitado e percebi que era o que eu estava procurando.  

O que a prática do Kung Fu melhorou em sua Vida?


Além dos benefícios de se fazer alguma atividade física, tais como reflexo, força, agilidade, disposição. O Kung Fu ajudou muito com minha ansiedade e me ensinou que Kung Fu não é só soco e chute, como eu via nos filmes, e que eu poderia aprender muito mais ouvindo uma história ou conselho de alguém que já trilhou o mesmo caminho que eu estou começando.

Você poderia nos contar um pouco mais da sua conquista no Campeonato Paulista de 2013?

Foi uma prata com gosto de ouro. Trabalhava das 22:00 às 6:00 da manhã, e pela distância, eu não conseguia chegar nas aulas da manhã, então só me sobrava o sábado para treinar. O Campeonato Paulista foi meu primeiro campeonato, não estava no ápice da minha forma física, estava nervoso, não sabia nem como entrar numa área de competição. Quando acabei minha forma, e me chamaram pra receber a medalha quase não acreditei, alguns instrutores da TSKF vieram me dar parabéns e me elogiaram, foi nesse dia que amadureci a ideia de tentar entrar na TSKF. 

Com o quê você trabalhava antes da TSKF?

Eu cuidava da logística de uma metalúrgica em SP e de suas outras 3 unidades em Goiás, Rio Grande do Sul e Recife.

Qual foi o principal motivo que lhe fez ter vontade de dar aulas de Kung Fu?

Dividir experiências, ensinar e aprender todos dias, seja com criança, adulto ou idoso em um ambiente harmonioso.

O que mudou em sua Vida quando você decidiu se dedicar apenas ao Kung Fu?

Muita coisa, minha responsabilidade aumentou, e muito, tenho que mostrar que técnica e conduta tem que caminhar lado a lado, passei de aluno para um líder. O que é totalmente diferente de qualquer empresa, onde o que você faz ou o que você é do portão pra fora, tanto faz.

Qual foi a reação de sua família após tomar essa decisão? Olhando para trás, todas as dificuldades que você passou, qual foi a lição mais valiosa que você aprendeu?

Minha família não aceitou e não aceita até hoje, para falar a verdade. Eu tinha de tudo onde trabalhava, plano de saúde, 13°, 14º, um salário bom. Quando dei a notícia que tinha saído do emprego para ser professor de Kung Fu, quiseram marcar até psicólogo pra mim rs.
A lição mais valiosa, com certeza, é que para correr atrás do seu sonho, é você quem deve escrever a sua história, não deixe seu futuro nas mãos de ninguém.

Tudo isso que você passou e vem passando, tem valido a pena?

Está valendo muito a pena, todo dia a gente aprende alguma coisa, aprende com os erros, aprende com o Mestre, aprende com os alunos. Estou onde gostaria de estar.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

Imagino a TSKF com unidades pelo Brasil inteiro, já somos a Maior, Melhor e Mais bem sucedida Academia de Kung Fu de todos os tempos, mas daqui 10 anos isso vai ter um padrão Nacional.

Obrigado!

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #3

Hoje estamos recebendo para a nossa Terceira entrevista o Shifu Anderson Cunha, sócio e instrutor da TSKF.

O Shifu Anderson começou a treinar Kung Fu aos 13 anos de idade. Pouco antes de completar 15 anos, em 2005, começou a dar aulas na TSKF Matriz.

Um dos melhores atletas da TSKF, já disputou diversos campeonatos fora do estado e do país. 

Conquistou diversas premiações em competições no Brasil e no exterior e, como um marco em sua história, conquistou em 2006, junto com o time de competições da TSKF em Baltimore (USA), o título de 3º melhor time do U.S. International Kuo Shu Championship Tournament.

Em 2007 se graduou faixa preta e em 2009, ajudou a abrir sua primeira filial, a TSKF Mooca.

Autor do e-book “Formando Campeões: Os 10 Passos da Vitória”, lançado em 2014 e que pode ser baixado gratuitamente no site da TSKF. Ainda em 2014 foi graduado 4º Tuan pelo próprio Mestre Gabriel, conquistando assim o título de Shifu.

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Shifu, a partir de qual momento você identificou a vontade de participar de Campeonatos?

Quando passei para a faixa azul em março de 2004, comecei a treinar com mais vigor simplesmente pelo fato de saber que logo eu aprenderia o taolu de bastão, que é uma das formas que eu mais gosto de fazer até hoje. Nesse mesmo período comecei a participar das aulas de campeonato, onde os alunos apresentam suas técnicas e os professores davam dicas de como melhorar e fazer uma boa competição. Perdi a vergonha de me apresentar e comecei a ter gosto pela apresentação e competição.

Na sua época de aluno, você tinha alguém como referência, que você almejava ser igual?

Como referência eu tinha os alunos mais graduados da unidade da qual eu treinava (Pinheiros, hoje Vila Madalena), na época só tinha um final de semana de exame e sempre no exame de domingo às 11 horas, o Mestre Gabriel comandava demonstrações dos alunos graduados da Matriz, foi quando eu vi os recém campeões em Baltimore Diego e Maeda. Foi sensacional vê-los fazem as formas, momento da qual eu nunca esqueço.

Você sempre recebeu o apoio de seus pais para treinar o Kung Fu?

Eles sempre me apoiaram, meu pai era o que mais me cobrava, quando eu faltava em algum treino ele sempre me dava bronca. Quando comecei a competir meus pais me acompanhavam também.

Você era aluno e atleta, o que aconteceu para você se tornar instrutor?

Eu simplesmente me apaixonei pelo Kung Fu, quando os meus professores me pediam ajuda como, por exemplo, fazer aplicação com um aluno mais novo, eu imaginava o quanto seria legal poder realmente ser um professor de Kung Fu, a partir disso, essa vontade foi cada vez aumentando, até que o Mestre me chamou para dar aulas na matriz.

Nessa fase de instrutor, você sentiu alguma diferença na sua técnica?

Eu sempre fui exigente comigo mesmo e você passar um conhecimento para alguém é uma grande responsabilidade. Quando eu me tornei instrutor eu treinava as técnicas não só por mim, mas também pensando em como ensinar, vendo detalhe por detalhe, tentando entender para que serve determinado movimento, para que o aluno pudesse aprender da melhor maneira possível, naturalmente isso transpareceu nas minhas técnicas de competição.

O que lhe motivava a dar aulas de Kung Fu antigamente? E o que lhe motiva a dar aulas de Kung Fu hoje?

O que me motivou e me motiva até hoje é o amor que sinto pelo Kung Fu.

Você se tornou Shifu muito jovem, o que isso lhe representa?

Fui uma grande surpresa, não imaginava que pudesse acontecer “tão rápido”. Quando fui graduado 4º tuan, inúmeras perguntas e medos passaram em minha cabeça, a principal delas era: E agora? O que eu faço?  É uma tremenda responsabilidade, afinal de contas, eu assim como os outros Shifus, representamos o Kung Fu de nossa escola, representamos o nosso Mestre Gabriel, levamos conosco a missão de não deixar o estilo e espírito da TSKF morrer e conseguir passar tudo isso para as próximas gerações. Realmente o Kung Fu não é apenas chute e soco, Kung Fu é desenvolvimento humano, pois aquele que pretende ser um Shifu e consequentemente Mestre, deve buscar a constante evolução pessoal. Às vezes buscar essa evolução, requer esforço, “batidas de cabeça”, muita reflexão, procurar enxergar e aprender com os próprios erros e assim, poder passar toda essa experiência para os alunos.

O que você diria para alguém que tem como objetivo se tornar um grande atleta de Kung Fu?

Primeiro a pessoa deve escutar as orientações do Professor/Shifu/Mestre.
Ter humildade em reconhecer seus defeitos técnicos e procurar evoluir. E também aprender com os que estão acima de você em questão técnica.
Ser paciente com o tempo de seu Professor/Shifu/Mestre e com o próprio tempo de sua evolução
Ser perseverante nas dificuldades, nunca se dar por satisfeito, até porque, o você é hoje, pode não valer nada amanhã.

Sendo Professor e Atleta de Kung Fu, qual é o seu maior sonho dentro desta Arte?


Eu tenho três sonhos a conquistar, o primeiro é ser eleito o melhor atleta do campeonato de Baltimore nos EUA, o segundo é ser campeão mundial e o terceiro é poder fazer uma demonstração solo na China para um ginásio lotado.

Tendo participado de tantos Campeonatos fora do Brasil, o que falta para o Brasil se tornar uma referência em Campeonatos de Kung Fu?

Em questão técnica, ao meu ver nós brasileiros já estamos no topo do Kung Fu tradicional.
A nossa escola sempre representa muito bem nos campeonatos pelo mundo a fora, e também vejo outras escolas muito boas também fazer um excelente trabalho e conquistando diversos títulos.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

Eu vejo a TSKF como a maior, melhor e mais bem sucedida academia de Kung Fu tradicional de todos os tempos.

Obrigado!


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