quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

TSKF Entrevista #10

Hoje estamos recebendo para a nossa Última Entrevista o Instrutor Piero Tubino, Sócio e Instrutor da TSKF.

Piero Tubino começou a treinar Kung Fu aos 11 anos. Em setembro de 2012 começou a dar aulas na TSKF Matriz, enquanto ainda cursava o ensino médio na escola, onde pode observar e aprender os primeiros passos sobre como dar aulas com o próprio Mestre Gabriel.

Participou de diversas competições no Brasil em competições nacionais e internacionais. Um dos eventos que mais marcou sua trajetória foi a convenção da TSKF, onde, em sua visão, conseguiu observar a grandiosidade da TSKF, através da organização do evento, das demonstrações e dos discursos feitos pelo Mestre Gabriel, explicando que todos podemos ser melhores do que somos, mesmo partindo do zero.

Em junho de 2014 foi graduado faixa preta e, de 2012 para cá, passou por várias filiais (Moema, Campo Belo, Mogi das Cruzes) antes de se tornar sócio e líder da TSKF Consolação, em 2015.

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Piero, como surgiu o interesse pelo Kung Fu? 

Eu gostava muito de filmes de lutas, gostava de ver o desenho do Avatar e me encantava com a beleza dos movimentos. Como toda criança eu tentava imitar.

Bom, aos meus 11 anos de idade, eu morava na Rua augusta perto da Paulista.

Ia para escola de manhã e, nessa época, a TSKF Consolação estava sendo construída. Eu via todos os dias gente entrando e saindo, eu tinha visto uma placa escrita Kung Fu. Daí me surgiu o interesse em querer conhecer! 

Nessa época eu estava muito acima do peso e era uma criança que tinha muitos medos.  Isso me dava muita insegurança.  

Após a aula experimental, o professor da unidade havia explicado todos os benefícios que o Kung Fu traria para mim. Eu tinha me encantado com a aula (ao ponto de achar que eu ia dominar os quatros elementos! Hahah)! 

O que te fez trabalhar com o Kung Fu?

Eu gostava muito de fazer o Kung Fu, mas tinha uma coisa que me chamava muita atenção. Era o jeito que o meu professor me tratava, me ensinava... eu gostava era de como ele me ensinava, fantasiando umas lutas, me explicando cada golpe, brincando e me divertindo. Eu olhava isso, e o desejo de ser igual a ele começou a surgir, queria ser igualzinho a ele. Queria poder ajudar outras pessoas da mesma maneira de como ele fazia! 

Como eu tinha 13 anos ainda não podiam dar aulas e nem era faixa marrom, então eu ficava em casa imaginando, dando aula, cuidando da parte da secretaria, matriculando pessoas para treinar comigo! Tudo na imaginação...

E isso foi aumentando meu desejo de ser um Instrutor! 

Jamais posso esquecer que esse desejo de ser instrutor, foi aumentado pela Shimu Ana, esposa do Mestre Gabriel. Eu e ela conversávamos muito de como era ser instrutor. 

Lembro até hoje que ela me deixou fazer uma carteirinha, parece algo simples, mas para mim foi: “CARAMBA FIZ A CARTEIRINHA! ” Apesar de ter conseguido fazer errado!

Hoje sendo Líder da Unidade da Consolação, como você vê a evolução do Kung Fu no Brasil? 

Ainda tenho muito que aprender e ter esse olhar que o Mestre Gabriel tem! 

Mas o que posso dizer com a pouca experiência que tenho é que o Kung Fu no Brasil ainda precisa crescer mais. No sentindo de que as escolas devem se unir para se ajudar e não ter aquela coisa de dizer que meu Kung Fu é melhor que seu... 

Se unido, o Kung Fu seria imbatível, não teria para ninguém!  

Mas acredito que já evoluiu muito, com o que eu ouvia das histórias! 

Qual foi o Campeonato de Kung Fu que mais lhe marcou? Por quê?

Foi o campeonato da TSKF em 2009. Eu era faixa verde, e como eu tinha meus medos, nesse campeonato eu me tremia todo, literalmente!!! 

Mas foi um passo muito importante para minha vida! Hoje eu entendo porque o Mestre Gabriel diz: “ Quando você entra na área de competição, você entra uma pessoa e quando sai, sai outra pessoa”.

Quando sai da área, percebi que não doía e que era boa a sensação de estar no controle! Hoje tenho muita mais confiança para entrar numa área de competição! Graças a esse primeiro passo dado! 

Dentro da TSKF qual foi a sua maior conquista?

Não diria que foi uma conquista, mas foi quando meu professor ficou sozinho na academia e eu o ajudava, não só eu, como meus colegas. Éramos um time, e ficávamos para ajudar nosso professor. E um dia qualquer, no finalzinho de uma aula bem cheia, eu fui presenteado com uma medalha por mérito! Por ficar e ajudar a academia na hora mais difícil! Isso para mim é uma conquista! 

Mas tenho outra coisa que me deixa orgulhoso: eu era faixa vermelha e estava treinando para o exame. Nessa época já sabia que queria ser instrutor (só faltava a faixa marrom) e eu treinava muito todos os dias, fazia aula e depois da aula ficava mais umas horas repetindo e repetindo! 

Após o exame, o próprio Mestre Gabriel me chamou na sala dele, para dizer que teria minha chance de ser instrutor! E isso para mim foi umas mais puras felicidades que já havia sentido! E, é claro, a minha nota de exame tinha sido 8,40! Rs! 

Toda grande pessoa tem grandes Mestres, quais sãos os seus Mestres, que você se inspirar para ser essa pessoa que é hoje?

Sem dúvida nenhuma é o Mestre Gabriel e o Shifu Danillo! 

Eu me inspiro no Shifu Danillo. O Mestre Gabriel falava que o Shifu Danillo era o George Clooney do Kung Fu. Por que ele tem uma maneira fantástica de explicar ou de conversar com uma pessoa. E isso me inspira, porque quero ser um grande comunicador igual a ele. Um verdadeiro Gentleman! 

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

Eu vejo uma academia muito maior do que já é! 

Eu vejo a academia TSKF como a melhor e a maior academia de todos os tempos! 

Obrigado! 



quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

TSKF Entrevista #9

Hoje estamos recebendo para a nossa nona Entrevista o Shifu Antonio Carlos, Sócio da TSKF.

Shifu Antonio iniciou seus treinos no Kung Fu aos 24 anos. É técnico em eletrônica, ex praticante de Capoeira e em 2004 começou a dar aulas na TSKF Matriz, onde atua até hoje com as turmas da manhã de Tai Chi e Kung Fu.

Graduou-se faixa preta no final de 2006 e, em 2007, ajudou a abrir a TSKF Casa Verde, onde atua como sócio líder até hoje.

Já participou de diversos campeonatos em São Paulo e no Paraná, conquistando várias medalhas. E já ajudou diversos alunos a alcançarem suas próprias conquistas em campeonatos, inclusive no exterior.

Um exemplo de disciplina e boa vontade. Sempre disposto a ajudar a todos.

Está à frente do time de Dança do Leão TSKF, juntamente com o Shifu Anderson para ensinar essa arte tão maravilhosa que existe dentro do universo da arte marcial.

Em 2014 foi graduado 4º Tuan pelo próprio Mestre Gabriel, conquistando assim o título de Shifu.

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Shifu Antonio, você é muito conhecido por ser uma pessoa bem forte e com bastante energia, o que isso significa para você? 

Se conseguir isso estou cumprindo um objetivo, se você quer que as pessoas sejam fortes, seja forte você, se você quer que as pessoas tenham energia, tenha energia você, como diz o Mestre Gabriel, “a palavra convence, o exemplo arrasta”.
Somos seres compostos de movimentos feitos para o movimento, nos movimentamos por dentro e por fora o tempo todo, é uma lei do universo, o universo é movimento, força gera força, energia gera energia.
Eu brinco com minha esposa, ela um dia vai escrever um livro, “minha vida com um colérico”, sou assim desde manhã até dormir, se eu paro eu durmo.

De onde vem toda essa energia? Você sempre foi assim? 

Sempre tive uma propensão a ser assim, mas graças ao Kung Fu e ao Tchi kung consegui desenvolver bastante este lado, na verdade, busco o equilíbrio através do Tchi Kung e do Tai Chi Chuan.
Por ser muito agitado, ás vezes não conseguia descansar e repor as energias, o Kung Fu e o tai chi me ensinaram isto, conhecemos pessoas com grande energia que parecem moles e cansadas, justamente por não conseguirem controlar e direcionar esta energia ela se torna estagnada e pesada, passando a não ser um estímulo mas sim uma âncora para o indivíduo.
Como professores, devemos isso aos alunos, eles vem buscar energia e entusiasmo em você, força e vitalidade, nosso mestre nos ensina a ser assim.

Voltando um pouco no tempo, como você conheceu a TSKF? 

Na época estava parado (não tanto assim) e me interessei em praticar Tai Chi Chuan, após assistir uma apresentação, pesquisei uma escola na época, era longe, mas eu já tinha decidido treinar o Tai Chi Chuan, a distância não me impediria, então, indo para o ponto de ônibus conhecer a outra escola, passei em frente a TSKF na Rua Cardeal Arcoverde, unidade que hoje se localiza na Vila Madalena, ao subir e trocar três palavras com a Shimu Ana Harmi, fiz minha escolha. A TSKF apareceu em meu caminho, acredito que não por acaso, lembro de dizer a Shimu que praticar Kung Fu era um sonho, hoje vivo este sonho.

Qual dica você daria para as pessoas que reclamam que não tem energia para algo?

Eu diria “A energia está em você, ao seu redor o tempo todo, no que você come, nas pessoas, no solo e no ar, você só precisa utilizá-la, tem a ver com o seu CHI, sua energia vital, ela deve vibrar o tempo todo, faz parte de estar vivo”.

Como surgiu o interesse de dar aulas na TSKF? 

Foi um processo natural, o Kung Fu era e é algo tão maravilhoso para mim que eu pensei que ajudar as pessoas a conhecerem e praticarem algo tão benéfico. Era uma dádiva em meu caminho, eu estava sempre na academia, participava de tudo que acontecia, eventos, campeonatos, demonstrações, o Shifu Anderson e eu éramos os “chatos do exame” estávamos lá sempre. Neste fim de semana o Mestre disse no exame, que você não deve olhar pra sua mochila e pensar “Eu vou no kung fu hoje?”, me identifiquei muito, pois treinar Kung Fu deve ser uma coisa natural como respirar, comer e treinar. Faz parte do seu dia a dia, você deve treinar Kung Fu até se tornar o Kung Fu.
A TSKF com sua estrutura altamente planejada te direciona e te dá este caminho, é só querer.

Você poderia citar 3 motivos que te fazem continuar trabalhando com o Kung Fu? 

1- Ajudar as pessoas, vê-las se tornarem melhores e mais desenvolvidas dentro de seus limites, não quero que as pessoas sejam iguais a mim, mas melhores dentro de seus biótipos, o Kung Fu deve ser para você o que você quiser que ele seja.
2- Poder treinar Kung Fu o tempo todo, existe trabalho melhor que este?
3- Ajudar a pessoa que acreditou em mim, ser grato a ela permanecendo no caminho, tenho meu sonho com o Kung Fu, baseado no sonho de meu mestre, acredito muito no “caminho do discípulo” que é ajudar sempre seu mestre e seu irmãos.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos? 

Vivemos um momento delicado em nosso país, mas nossa escola se mantém firme e forte, aprendemos a trabalhar melhor, aprendemos a nos desenvolver melhor a cada dia para nós mesmos e nossos alunos, aprendemos a escolher melhor as pessoas que terão a honra de trilhar nosso caminho, e isto sem dúvida refletirá daqui a dez anos, e seremos a maior, melhor e mais bem sucedida escola de Kung Fu do mundo.

Obrigado!



quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

TSKF Entrevista #8

Hoje estamos recebendo para a nossa oitava Entrevista o Sócio e Instrutor Walter Alípio.

Iniciou seus treinos em 2011, aos 24 anos.

Em agosto de 2012 começou a dar aulas e antes disso trabalhava com suporte técnico de computadores.

Participou de diversos campeonatos, inclusive em outro estado, Curitiba / PR em 2012, seu primeiro campeonato e lá, em suas palavras: “tive a oportunidade de conhecer melhor muitos dos meus colegas de treino, alguns dos quais treinam até hoje”.

Este evento se tornou marcante, pois apesar de não trazer nenhuma medalha, foi lá que pela primeira vez sentiu “aquele frio na barriga” que aparece antes da competição e se dissipa quando entramos na área, para o Walter, uma sensação viciante e sem igual.

Participou de diversos eventos da TSKF desde que começou a treinar e dar aulas, como por exemplo, o grupo de apresentações TSKF Show Team e a peça “4 caminhos para a vitória”, quando a TSKF teve honra de levar ao teatro Brigadeiro seu maior público desde sua fundação.

Graduou-se faixa preta em 2014.

É sócio e instrutor na TSKF Consolação e TSKF Tucuruvi, esta última onde leciona desde setembro de 2014 até hoje (2016).

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Walter, como você conheceu o Kung Fu? 

Assistia filmes do Jack Chan, posteriormente do Jet Lee. E meu interesse cresceu ainda mais depois de assistir “Matrix”.

Você depois de 1 ano de treino começou a dar aulas, o que lhe motivou a tomar essa decisão? 

O que foi decisivo para querer me tornar instrutor foi a própria experiência de treinar na TSKF. Sentir a energia dos instrutores e do ambiente, seja em qual fosse a unidade, a organização, a disciplina. O incentivo dos instrutores também foi importante.

O que você acha mais importante para uma pessoa que almeja dar aulas de Kung Fu?

Leiam os posts do blog, acompanhem os vídeos e procurem ler os livros que o mestre recomenda. Autodesenvolvimento é crucial.

O que mudou em sua Vida quando você decidiu se dedicar apenas ao Kung Fu?

Na verdade, culminou com uma série de mudanças que eu já queria fazer, então sai da empresa em que estava, mudei de casa, transformei minha rotina e isso foi muito valioso, o sentido de trabalho mudou completamente para mim.

Olhando para trás, todas as dificuldades que você passou, qual foi a lição mais valiosa que você aprendeu?

A lição mais valiosa é que tenho muito a aprender, chegar até aqui foi só uma etapa é tenho muito a trilhar.

De todas decisões que tomou até hoje, se arrepende de alguma? Faria algo diferente? 

O que eu faria diferente? Talvez tivesse começado a treinar mais cedo.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos? 

Maior e cada vez mais forte, temos muitas regiões do Brasil para expandir.

Obrigado!



quarta-feira, 30 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #7

Hoje estamos recebendo para a nossa sétima entrevista o Shifu Rafael Garcia, sócio e instrutor da TSKF.

Shifu Garcia iniciou seus treinos no Kung Fu aos 21 anos, em jan/2002. Em 2003 começou a dar aulas na TSKF Matriz, quando dividia seu tempo entre as aulas, o emprego na TAM Linhas Aéreas (atual LATAM) e sua pós-graduação na UMESP - Universidade Metodista de São Paulo, situada em São Bernardo do Campo, onde já havia se formado em Jornalismo em dec/2001. Alguns anos depois passou a dedicar-se exclusivamente ao Kung Fu e a TSKF, ajudando a abrir mais três filiais, a TSKF São Bernardo do Campo (em 2005), a TSKF Ipiranga (em 2007) e a TSKF Santo André (em 2011), além de tornar-se sócio da TSKF Itaim Bibi em 2013.

Graduou-se faixa preta em fev/2005 e desde então ajudou diversos atletas a conquistar títulos em campeonatos no Brasil e em Baltimore (USA), onde participaram, inclusive, dois de seus alunos que eram deficientes auditivos (total).

Em jun/2012 graduou-se professor de Educação Física pela UNIP – Universidade Paulista, em São Paulo

Nos anos de 2013 e 2014, esteve à frente do projeto que levaria a TSKF para os Estados Unidos, onde já tinha conseguido até montar a sede. Porém, infelizmente, fomos barrados pela burocracia da imigração norte-americana para obter um visto de trabalho no exterior. (Mas não desistiremos)

Neste período também teve a oportunidade de dar uma aula no padrão da TSKF, acompanhado da presença do Mestre Gabriel, para os alunos graduados da Zhong Yi Kung Fu Association, do Mestre Nelson Ferreira.

Em out/2014 foi graduado 4º Tuan pelo próprio Mestre Gabriel, conquistando assim o título de Shifu.

Atualmente está em Fortaleza, CE, desenvolvendo o Kung Fu na Unidade TSKF Aldeota.


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Shifu, você tem mais de 10 anos de Kung Fu, qual foi a lição mais preciosa que aprendeu?

Eu tenho certeza de que foram muitas lições, mas creio que uma das mais importantes foi a de que é preciso confiar nas pessoas para executar planos e crescer. Pude ver o Mestre Gabriel fazendo isso desde SEMPRE e tentei reproduzir em algumas oportunidades a mesma forma de agir com outros instrutores e sócios, dando oportunidades para que demonstrassem disposição, honestidade e lealdade. Naturalmente, obtive alguns resultados negativos, mas os acertos compensam e são muito satisfatórios.

Outra lição que eu não poderia deixar de mencionar é que a cada contato com algum sócio que passei a ter, aprendi algo. Foi assim dando aulas em São Bernardo, no Ipiranga e no Itaim Bibi. Aprendi com aqueles que eram sócios quando iniciamos as atividades numa unidade, como nas duas primeiras citadas, e também quando assumimos uma escola em andamento, que é o caso da última mencionada. Mas também aprendi com aqueles que vieram a dar aulas nestas três ainda depois que eu já não estava mais presente fisicamente nas mesmas. Portanto, além do Mestre Gabriel ser uma fonte inesgotável de aprendizado, eu ainda tenho a sorte de ser sócio de Wilian Vieira, Adriana Mucciolo, César Costa, Ludmila Dantas, Alessandra Silva, Nicollas Leão, Fernando Pereira e Airton Rodrigues, pois aprendo com eles até hoje, além daqueles que passaram por estas e outras unidades com os quais tive contato por terem sido instrutores e sócios comigo. Ainda assim, a maior sorte de todas é ter o Mestre Gabriel como meu sócio e mestre.

O Senhor foi aluno, se tornou instrutor e depois sócio da TSKF, mas antes de se tornar sócio deixou para trás um emprego na TAM Linhas Aéreas, o que lhe motivou a tomar essa decisão?

Eu percebi que trabalhando naquele momento não havia para mim uma perspectiva de unir uma atividade prazerosa com o trabalho cotidiano. Essa junção eu só encontrei ao trabalhar dando aulas na TSKF e, por uma combinação de fatores, eu deixei de trabalhar na TAM e pude abrir a TSKF São Bernardo do Campo em jan/2005, uma das ações mais acertadas de toda a minha vida até aqui, com frutos incríveis e surpreendentes.

Percebemos que a sua Jornada é cheia de decisões, e uma dessas decisões foi recente, que foi a ida para os EUA. Como foi essa experiência? Com todas as dificuldades nesse período, como foi passar por tudo isso?

Sinceramente, foi extremamente frustrante não ter obtido o visto de trabalho para dar continuidade neste processo. Foi muito oneroso financeira e psicologicamente. O que se pode tirar de positivo de tudo isso é que, por mais prejudicial que essa ação tenha sido em termos de patrimônio, eu aceitei a proposta feita pelo meu Mestre, mesmo que tenha sido um enorme obstáculo, e fui por ele escolhido para encarar aquele desafio, assim como o atual. Então, lição aprendida; a vida seguiu e uma nova parte da história começará a ser escrita em breve.

E hoje, estando em Fortaleza, tendo a missão de fazer o mesmo trabalho que está sendo feito em Minas Gerais, como está sendo a experiência?


A experiência tem sido boa no que se diz respeito à adaptação aos costumes da região, já que quanto ao clima eu não tenho qualquer problema por ter grande afinidade com altas temperaturas; eu adoro calor. O maior desafio está na questão do mercado imobiliário, pois os pontos comerciais na cidade de Fortaleza são muito diferentes daqueles com os quais tenho experiência no Estado de São Paulo. Mas creio que logo vamos vencer esta etapa também. Sinceramente, eu não vejo a hora de voltar a dar aulas, sinto falta de ter alunos por perto!

Um ponto importante nessa história é que você não está sozinho, tem uma companheira que foi junto para os EUA e agora Fortaleza, como que ela vê tudo isso?

Ela, minha esposa Camila, encara tudo isso como um grande desafio a que se propôs seguir por efetivamente acreditar:
a) nas minhas convicções sobre a TSKF e sobre o Mestre Gabriel;
b) nas realizações que alcancei como professor da rede TSKF e empresário deste ramo e;
c) nas possibilidades que temos no futuro com a expansão que desejamos para toda a TSKF.
Já de minha parte posso dizer que meu casamento é, assim como mencionei a TSKF SBC anteriormente, uma das minhas ações mais acertadas da vida até o momento, já que minha esposa é muito paciente e compreensiva, além me apoiar em todas as decisões tomadas.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?


Acredito que a TSKF será diferente em 10 anos, assim como já é diferente da TSKF de uma década atrás. Hoje a organização é mais integrada e profissional. Conquistamos para o nosso time nessa última década mais cabeças pensantes sinceramente interessadas no desenvolvimento da rede como um todo. Passamos por um período de crescimento muito rápido nos primeiros cinco destes dez últimos anos que talvez não tenha sido tão ordenado quanto o necessário. Mas recentemente temos investido mais energia em ajustes e organização, trabalho este que resultará em frutos mais sólidos em médio prazo e crescimento ordenado em longo prazo.

Eu arriscaria dizer que em dez anos a TSKF crescerá 30%, tanto em termos de alunos matriculados nas unidades atualmente existentes quanto na abertura de novas escolas da nossa rede. Com isso, aqueles que permanecerem conosco desenvolvendo o trabalho idealizado pelo nosso Mestre Gabriel serão os participantes e beneficiários da colheita dos frutos. Para isso, é preciso compartilhar da visão que a TSKF proporciona aos seus atuais e futuros instrutores, sócios e até mesmo alunos. Acho que a participação dos meus colegas e Shifus Luiz Fabiano, Antonio Carlos, Anderson, Osvaldo e Danillo são essenciais nesse processo evolutivo, assim como todos os demais que já estão sendo graduados e concretizando projetos em várias frentes (blog, vlog, vídeos, eventos) e que assim contribuem para o crescimento da rede toda. Importante mencionar que a principal engrenagem de toda esta dinâmica é o nosso Mestre Gabriel, sempre participando ativamente das realizações da TSKF, além de nos liderar e inspirar constantemente, seus honrados e afortunados seguidores.

Obrigado! 

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #6

Hoje estamos recebendo para a nossa sexta entrevista o Sócio e Instrutor Bruno Hanada.

Bruno iniciou seus treinos no Kung Fu aos 19, Técnico em Massoterapia, especializado em Shiatsu e Drenagem Linfática, começou a dar aulas na TSKF em 2007.

Em 2009 se graduou faixa preta e, neste mesmo ano, ajudou a abrir sua primeira filial, a TSKF Mooca.

Participou de diversos campeonatos ao longo desses anos e hoje é sócio líder da TSKF Mooca.

Participou da peça teatral “4 Estradas Para a Vitória” apresentada em 2014 pela TSKF no Hotel Maksoud Plaza para 400 pessoas, com excelente atuação, dando vida a um dos personagens principais da peça.

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Bruno, você é uma pessoa bem carismática e sempre alegre, você sempre foi assim?

Peço desculpas pela resposta esquisita: sim e não. O porquê disso é que, na verdade, eu sempre fui alegre e carismático, mas nunca consegui demonstrar isso por falta de auto estima. Entretanto o treinamento do Kung Fu me proporcionou auto estima suficiente para demonstrar quem realmente sou.

Hoje você é um Faixa Preta 2 Tuan, você esperava chegar nesse nível quando começou a treinar?

Sim. Desde a minha primeira aula, o alvo sempre foi o sétimo tuan. O Mestre falou uma vez numa aula, quando eu era faixa branca: “Mire na lua, pois se errar, ainda vai estar entre as estrelas”.

De todas as dificuldades que você já passou, qual foi a que mais lhe marcou?

O Mestre Gabriel já nos contou várias histórias de superação na vida dele, em livros, cursos e palestras. Eu fico sempre com elas na cabeça (acredito que todos os outros instrutores também) então, a vida resolveu me testar com uma intoxicação alimentar num dia da semana normal. E naquele dia só havia eu de instrutor, indo ao banheiro de 5 em 5 minutos, tomando litros de água de coco. Mal conseguia ficar em pé, mas imaginava o Mestre me dizendo: “não vai desistir por causa de uma intoxicaçãozinha alimentar de nada, pois eu já passei por coisa pior na vida”. Dei todas as aulas, depois fui para o hospital, e hoje estou vivo digitando isso.

Em sua Jornada como aluno, em algum momento você se viu desmotivado? O que você usou ou usa para sempre se motivar?

Sim, eu era faixa vermelha. Certo dia, distendi a coxa (na verdade, foi estiramento no bíceps femoral, aconteceu 3 vezes na minha vida rs), fui para o hospital e o médico me falou para ficar 3 meses sem o Kung Fu. Contei para o Mestre, que me chamou de frouxo e falou que já distendeu e nunca o impediu de treinar o Kung Fu. Isso me desmotivou, mas despertou algo novo em mim: fiquei com uma vontade absurda de provar para o Mestre que eu não era frouxo. Então fui fazer aula no dia seguinte, passei arnica na coxa, e na hora dos chutes, era uma lágrima por cada chute (no sentido figurado, pois doeu demais rs). Conclusão: recuperei minha perna em 1 mês. Enfim, o que me motivou foi minha superação, aliás, o que me motiva é SUPERAÇÃO, tanto minha quanto de meus alunos, sempre que eles se superam volto para casa realizado com sensação de missão cumprida.

Qual a Unidade que você começou a dar aulas e como foi a sua formação de instrutor da TSKF?

Comecei a dar aula na Matriz com o Mestre Gabriel. Minha formação foi dura, o Mestre nunca deu moleza nem para mim e nem para meus colegas, hoje Shifu Anderson e Shifu Osvaldo. E foi isso que me fez superar tanta coisa na vida, então só tenho o que agradecer ao Mestre Gabriel.

O que você acha mais importante para uma pessoa que almeja dar aulas de Kung Fu?

Não basta saber Kung Fu. Não basta ser bom de Kung Fu. Você tem que ser bom em Ser Humano. Leia todos os livros que o Mestre propôs no curso, e busque mais leituras sobre o ser humano. Você nunca sabe o suficiente, tudo o que sabe é sempre pouco.

Como você se sentiu quando abriu a Unidade Mooca e o que ela significa para você?

Dia 20 de Junho de 2009 (Inauguração da TSKF Mooca) foi o segundo dia mais emocionante da minha vida (o primeiro foi o dia do teatro em que participei “4 Estradas para a Vitória”). Meu falecido pai, Koitiro Hanada, me contava algumas histórias de seu avô que foi samurai até os 8 anos de idade (não lembro se foi bisavô). Me lembro dele ter contado que o verdadeiro samurai nunca guarda sua katana de volta pra bainha sem ela estar suja de sangue, ou seja, ou ele ganha, ou morre. No dia em que inauguramos a unidade Mooca, me senti como um samurai tirando sua espada para a guerra, mas guerra no sentido de missão de vida, não que seja para matar alguém rs. A TSKF Mooca significa minha missão.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

A TSKF já dominou São Paulo e Belo Horizonte, em breve Fortaleza. Eu vejo a TSKF dominando o Brasil em 10 anos. Eu acredito!!

Obrigado!
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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #5

Hoje estamos recebendo para a nossa Quinta entrevista o Shifu Osvaldo Aldighieri, sócio e instrutor da TSKF.

Shifu Osvaldo começou a praticar Kung Fu aos 13 anos.

No início de 2007, Mestre Gabriel lhe ofereceu a oportunidade de começar a dar aulas na TSKF. Na época estava cursando o ensino médio e aceitou a oportunidade.

Participou de diversas competições em São Paulo, Curitiba e fora do pais, nos Estados Unidos
e Alemanha. Conquistou muitas vitórias em sua trajetória e já ajudou muitos a conquistarem as suas também.

Para o Shifu Osvaldo, todos eventos que participa são únicos, com histórias diferentes, por isso todos marcam de alguma forma e ficam em nossas memórias.

Entre os que já participou, ficou marcada sua ida a Baltimore nos Estados Unidos no ano de 2008, pois foi a primeira vez que participou de um Campeonato de Kung Fu fora do Brasil.

Se graduou faixa preta no início de 2008.

Iniciou dando aulas na TSKF Matriz e em seguida foi para a TSKF Vila Madalena, onde está até hoje.
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Shifu, muito obrigado por estar aqui conosco compartilhando a sua história.

Qual foi o motivo que lhe fez treinar o Kung Fu?

Quando pequeno, participava das atividades de artes marciais que a escola oferecia. Porém, depois de um tempo, não tínhamos mais essas atividades. Foi então que busquei outra arte marcial para aprender, pois sempre gostei de atividade física e dos filmes de artes marciais.

Qual era o seu desejo dentro do Kung Fu nessa Época?

Nessa época era como tinha 13 anos, era ser bom como os graduados que fizeram as demonstrações no dia que fui visitar a academia pela primeira vez.

Você sempre teve o apoio dos seus pais?

Tive a sorte de sempre ter o apoio dos meus pais para cada passo dentro da minha história no Kung Fu TSKF.

Na época em que era aluno, quais as pessoas que você tinha como referência?

A Referência que tenho até hoje é o nosso Mestre Gabriel, em seguida me espelhava em meus primeiros professores, juntamente com aqueles alunos graduados que faziam aulas no mesmo período.

E hoje, quais são?

Hoje, o Mestre é nossa maior referência para muitas coisas e meus irmãos de treino, os Shifus, onde cada um tem algo que me inspira.

Como você dividia o seu tempo quando começou a dar aulas?

Como apenas estudava na época, saia dos estudos, almoçava e já ia direto para a academia para realizar os afazeres diários.

O que você diria para um jovem de 17 anos que tem interesse em dar aulas de Kung Fu mas tem dúvida de seguir essa carreira?

Diria que se é isso mesmo que quer, se isso o deixa feliz, siga em frente, mas tenha garra e persistência que com certeza não irá se arrepender de nada quando for mais velho.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

Vejo uma TSKF maior e melhor, com mais alunos, professores, eventos excepcionais e muitas histórias de sucesso para contar.

Obrigado! 
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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #4

Hoje estamos recebendo para a nossa Quarta entrevista o Sócio e Instrutor Rodrigo Oliveira.

Rodrigo começou a treinar Kung Fu aos 23 anos. Em Abril de 2014, começou a dar aulas na TSKF. Surpreendendo a todos, quando decidiu assumir a TSKF Guarulhos que estava a ponto de fechar.

Começou a dar aulas na faixa marrom, já como sócio da TSKF e de lá para cá vem desenvolvendo um trabalho excelente ajudando a academia de Guarulhos a crescer novamente, desenvolver e ajudar os alunos.

Já participou de diversas competições e teve muitas conquistas. Entre elas, ficou marcada em sua memória a primeira competição que participou, no Campeonato Paulista de 2013, numa época que só dispunha dos sábados para treinar seu Kung Fu e ainda assim, com determinação, conquistou a segunda colocação na competição garantindo vaga para o Campeonato Brasileiro do mesmo ano.

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Rodrigo, o que lhe fez procurar o Kung Fu?

Sempre gostei de filmes de luta, e sempre quis mexer com aquelas armas, dar aqueles chutes. Quando estava de férias passei em frente à TSKF Guarulhos e agendei uma aula introdutória. Vi que era bem diferente das academias que já tinha visitado e percebi que era o que eu estava procurando.  

O que a prática do Kung Fu melhorou em sua Vida?


Além dos benefícios de se fazer alguma atividade física, tais como reflexo, força, agilidade, disposição. O Kung Fu ajudou muito com minha ansiedade e me ensinou que Kung Fu não é só soco e chute, como eu via nos filmes, e que eu poderia aprender muito mais ouvindo uma história ou conselho de alguém que já trilhou o mesmo caminho que eu estou começando.

Você poderia nos contar um pouco mais da sua conquista no Campeonato Paulista de 2013?

Foi uma prata com gosto de ouro. Trabalhava das 22:00 às 6:00 da manhã, e pela distância, eu não conseguia chegar nas aulas da manhã, então só me sobrava o sábado para treinar. O Campeonato Paulista foi meu primeiro campeonato, não estava no ápice da minha forma física, estava nervoso, não sabia nem como entrar numa área de competição. Quando acabei minha forma, e me chamaram pra receber a medalha quase não acreditei, alguns instrutores da TSKF vieram me dar parabéns e me elogiaram, foi nesse dia que amadureci a ideia de tentar entrar na TSKF. 

Com o quê você trabalhava antes da TSKF?

Eu cuidava da logística de uma metalúrgica em SP e de suas outras 3 unidades em Goiás, Rio Grande do Sul e Recife.

Qual foi o principal motivo que lhe fez ter vontade de dar aulas de Kung Fu?

Dividir experiências, ensinar e aprender todos dias, seja com criança, adulto ou idoso em um ambiente harmonioso.

O que mudou em sua Vida quando você decidiu se dedicar apenas ao Kung Fu?

Muita coisa, minha responsabilidade aumentou, e muito, tenho que mostrar que técnica e conduta tem que caminhar lado a lado, passei de aluno para um líder. O que é totalmente diferente de qualquer empresa, onde o que você faz ou o que você é do portão pra fora, tanto faz.

Qual foi a reação de sua família após tomar essa decisão? Olhando para trás, todas as dificuldades que você passou, qual foi a lição mais valiosa que você aprendeu?

Minha família não aceitou e não aceita até hoje, para falar a verdade. Eu tinha de tudo onde trabalhava, plano de saúde, 13°, 14º, um salário bom. Quando dei a notícia que tinha saído do emprego para ser professor de Kung Fu, quiseram marcar até psicólogo pra mim rs.
A lição mais valiosa, com certeza, é que para correr atrás do seu sonho, é você quem deve escrever a sua história, não deixe seu futuro nas mãos de ninguém.

Tudo isso que você passou e vem passando, tem valido a pena?

Está valendo muito a pena, todo dia a gente aprende alguma coisa, aprende com os erros, aprende com o Mestre, aprende com os alunos. Estou onde gostaria de estar.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

Imagino a TSKF com unidades pelo Brasil inteiro, já somos a Maior, Melhor e Mais bem sucedida Academia de Kung Fu de todos os tempos, mas daqui 10 anos isso vai ter um padrão Nacional.

Obrigado!

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

TSKF Entrevista #3

Hoje estamos recebendo para a nossa Terceira entrevista o Shifu Anderson Cunha, sócio e instrutor da TSKF.

O Shifu Anderson começou a treinar Kung Fu aos 13 anos de idade. Pouco antes de completar 15 anos, em 2005, começou a dar aulas na TSKF Matriz.

Um dos melhores atletas da TSKF, já disputou diversos campeonatos fora do estado e do país. 

Conquistou diversas premiações em competições no Brasil e no exterior e, como um marco em sua história, conquistou em 2006, junto com o time de competições da TSKF em Baltimore (USA), o título de 3º melhor time do U.S. International Kuo Shu Championship Tournament.

Em 2007 se graduou faixa preta e em 2009, ajudou a abrir sua primeira filial, a TSKF Mooca.

Autor do e-book “Formando Campeões: Os 10 Passos da Vitória”, lançado em 2014 e que pode ser baixado gratuitamente no site da TSKF. Ainda em 2014 foi graduado 4º Tuan pelo próprio Mestre Gabriel, conquistando assim o título de Shifu.

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Shifu, a partir de qual momento você identificou a vontade de participar de Campeonatos?

Quando passei para a faixa azul em março de 2004, comecei a treinar com mais vigor simplesmente pelo fato de saber que logo eu aprenderia o taolu de bastão, que é uma das formas que eu mais gosto de fazer até hoje. Nesse mesmo período comecei a participar das aulas de campeonato, onde os alunos apresentam suas técnicas e os professores davam dicas de como melhorar e fazer uma boa competição. Perdi a vergonha de me apresentar e comecei a ter gosto pela apresentação e competição.

Na sua época de aluno, você tinha alguém como referência, que você almejava ser igual?

Como referência eu tinha os alunos mais graduados da unidade da qual eu treinava (Pinheiros, hoje Vila Madalena), na época só tinha um final de semana de exame e sempre no exame de domingo às 11 horas, o Mestre Gabriel comandava demonstrações dos alunos graduados da Matriz, foi quando eu vi os recém campeões em Baltimore Diego e Maeda. Foi sensacional vê-los fazem as formas, momento da qual eu nunca esqueço.

Você sempre recebeu o apoio de seus pais para treinar o Kung Fu?

Eles sempre me apoiaram, meu pai era o que mais me cobrava, quando eu faltava em algum treino ele sempre me dava bronca. Quando comecei a competir meus pais me acompanhavam também.

Você era aluno e atleta, o que aconteceu para você se tornar instrutor?

Eu simplesmente me apaixonei pelo Kung Fu, quando os meus professores me pediam ajuda como, por exemplo, fazer aplicação com um aluno mais novo, eu imaginava o quanto seria legal poder realmente ser um professor de Kung Fu, a partir disso, essa vontade foi cada vez aumentando, até que o Mestre me chamou para dar aulas na matriz.

Nessa fase de instrutor, você sentiu alguma diferença na sua técnica?

Eu sempre fui exigente comigo mesmo e você passar um conhecimento para alguém é uma grande responsabilidade. Quando eu me tornei instrutor eu treinava as técnicas não só por mim, mas também pensando em como ensinar, vendo detalhe por detalhe, tentando entender para que serve determinado movimento, para que o aluno pudesse aprender da melhor maneira possível, naturalmente isso transpareceu nas minhas técnicas de competição.

O que lhe motivava a dar aulas de Kung Fu antigamente? E o que lhe motiva a dar aulas de Kung Fu hoje?

O que me motivou e me motiva até hoje é o amor que sinto pelo Kung Fu.

Você se tornou Shifu muito jovem, o que isso lhe representa?

Fui uma grande surpresa, não imaginava que pudesse acontecer “tão rápido”. Quando fui graduado 4º tuan, inúmeras perguntas e medos passaram em minha cabeça, a principal delas era: E agora? O que eu faço?  É uma tremenda responsabilidade, afinal de contas, eu assim como os outros Shifus, representamos o Kung Fu de nossa escola, representamos o nosso Mestre Gabriel, levamos conosco a missão de não deixar o estilo e espírito da TSKF morrer e conseguir passar tudo isso para as próximas gerações. Realmente o Kung Fu não é apenas chute e soco, Kung Fu é desenvolvimento humano, pois aquele que pretende ser um Shifu e consequentemente Mestre, deve buscar a constante evolução pessoal. Às vezes buscar essa evolução, requer esforço, “batidas de cabeça”, muita reflexão, procurar enxergar e aprender com os próprios erros e assim, poder passar toda essa experiência para os alunos.

O que você diria para alguém que tem como objetivo se tornar um grande atleta de Kung Fu?

Primeiro a pessoa deve escutar as orientações do Professor/Shifu/Mestre.
Ter humildade em reconhecer seus defeitos técnicos e procurar evoluir. E também aprender com os que estão acima de você em questão técnica.
Ser paciente com o tempo de seu Professor/Shifu/Mestre e com o próprio tempo de sua evolução
Ser perseverante nas dificuldades, nunca se dar por satisfeito, até porque, o você é hoje, pode não valer nada amanhã.

Sendo Professor e Atleta de Kung Fu, qual é o seu maior sonho dentro desta Arte?


Eu tenho três sonhos a conquistar, o primeiro é ser eleito o melhor atleta do campeonato de Baltimore nos EUA, o segundo é ser campeão mundial e o terceiro é poder fazer uma demonstração solo na China para um ginásio lotado.

Tendo participado de tantos Campeonatos fora do Brasil, o que falta para o Brasil se tornar uma referência em Campeonatos de Kung Fu?

Em questão técnica, ao meu ver nós brasileiros já estamos no topo do Kung Fu tradicional.
A nossa escola sempre representa muito bem nos campeonatos pelo mundo a fora, e também vejo outras escolas muito boas também fazer um excelente trabalho e conquistando diversos títulos.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

Eu vejo a TSKF como a maior, melhor e mais bem sucedida academia de Kung Fu tradicional de todos os tempos.

Obrigado!


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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

TSKF Entrevista #2

Hoje estamos recebendo para a nossa Segunda entrevista o Sócio e Instrutor César Augusto.

César Augusto Iniciou seus treinos em 2009.

Começou a dar aulas na TSKF em Agosto de 2011. Antes da TSKF trabalhava como Administrador de Redes de Computadores. Deixou a profissão dois meses depois de começar a dar aulas para se dedicar exclusivamente ao Kung Fu e à TSKF.

Já participou de vários campeonatos e obteve conquistas, mas o que mais marcou em sua trajetória no Kung Fu foi durante o treinamento da faixa roxa, quando de fato se apaixonou pelo Kung Fu (mais do que antes) e ali tomou a decisão definitiva de seguir no Kung Fu como instrutor e sócio da TSKF.

Graduou-se faixa preta em Setembro de 2013 e hoje atua como sócio líder na TSKF Campo Belo.

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César, como era o ¨César¨ antes do Kung Fu?

Era uma pessoa bastante diferente do que é hoje, com certeza.
Tanto nos meus hábitos diários, quanto na minha visão de profissão e de como integrar e lidar com a empresa.
Pessoalmente falando, minha primeira grande conquista no Kung Fu foi perder o hábito do cigarro de fumar. Eu fumava havia 10 anos (e fumava muito) e quando comecei a treinar estava mais uma vez (pois já tinham sido várias tentativas) querendo parar de fumar. Estava bem determinado, mas certamente o Kung Fu e a paixão que ele despertou foram peças fundamentais pra alcançar meu objetivo.
Essa foi apenas a primeira conquista.

O que mais lhe encantou em suas primeiras aulas na TSKF?

Eu sempre gostei muito de artes marciais, principalmente Karate e Kung Fu.
Não apenas pela beleza da arte, mas sempre fui muito fascinado pela cultura oriental. A disciplina e o trabalho do caráter baseado em atitudes de honestidade, lealdade e benevolência sempre foram coisas as quais eu admirava, pois acredito muito que o ser humano pode mudar o mundo se tiver benevolência em sua mente, honestidade no coração e lealdade nas atitudes.
E era tudo muito empolgante e mágico pra mim no começo. Ainda é, mas os primeiros meses de treino eram surreais. Toda aquela energia e as superações acontecendo me cativaram profundamente.

Com o que você trabalhava na época em que era somente aluno?

Era administrador de redes de computadores.

Você gostava do que fazia?

Eu gosto até hoje pra dizer a verdade. Sou fã da tecnologia e ainda pratico a “arte nerd” em diversas oportunidades, mas para ajudar quando posso, não mais como profissão, pois não me sentia pleno.
Com o Kung Fu e com a vida profissional que tenho hoje me sinto completo. Amo o que faço.

Como surgiu a ideia de dar aulas na TSKF?

Veio rápido, quando eu era faixa amarela já perguntava algumas coisas pros meus instrutores, para entender como era a vida de um instrutor.
Há anos, aos meus 12, eu havia treinado Tae Kwon Do e naquela época eu já achava incrível toda aquela sensação que a arte marcial trazia e já havia imaginado como seria dar aulas, mas era de fato uma coisa muito distante na minha cabeça.

A transição entre as duas profissões foi lenta, gradual e segura ou foi feita na "maneira Cortez"?

Foi até rápida eu acho.
Eu já comentava muito sobre o Kung Fu e sobre o sonho de me tornar instrutor e sócio da TSKF para os meus colegas de profissão mais próximos.
Eu comecei a dar aulas na TSKF em Agosto de 2011 e em Novembro do mesmo ano eu sai do emprego antigo para me dedicar exclusivamente à TSKF.
Na época eu trabalhava terceirizado e quando disse que iria sair chegaram a me propor trabalhar diretamente pra eles e até a praticamente dobrar meu salário, fora os “benefícios”.
Mas sabia que ficaria infeliz se aceitasse isso ao invés de seguir meu coração e entrar de vez para a vida no Kung Fu.

Essa mudança de aluno para Instrutor, mudou a sua visão de como você via o Kung Fu?

Mudou sim, em alguns aspectos.
Mudou no sentido de ampliar as possibilidades. Hoje vejo e vivencio o Kung Fu de uma maneira muito mais ampla que antes.

Hoje, sendo Sócio e Líder da Unidade Campo Belo, qual é a sua Visão sobre o Kung Fu?

Kung Fu pra mim é uma ferramenta excelente para quem busca qualidade de vida. Tanto no que diz respeito ao cuidado e manutenção da saúde física e mental, como ao desenvolvimento de bons hábitos, auxiliando no entendimento de como seu corpo e mente funcionam como, também, no desenvolvimento de tudo aquilo que o praticante julgar necessário a ser desenvolvido.
Kung Fu é um excelente “background” para profissionais que buscam crescer em suas carreiras, para jovens que estão buscando um crescimento sólido e virtuoso ou para qualquer um que esteja buscando sua evolução pessoal.
 Como diz Jackie Chan no filme “Karate Kid”: “Tudo é Kung Fu.”
Kung Fu se dá a partir do treinamento contínuo de diversas técnicas (corporais ou mentais), criando assim um hábito.
Se as pessoas são formadas por pequenos hábitos que foram, inconscientemente (ou não), adquiridos durante a vida através do “treino” de tudo aquilo que sabem fazer hoje, por que não usar o Kung Fu como ferramenta para se reeducar ou para adquirir novos bons hábitos?

Qual a mensagem que você deixa para quem tem dúvidas sobre a sua carreira?

Digo que estou muito feliz com minha carreira. Amo o que faço hoje e sou grato por tudo que passei até aqui, coisas que me fizeram crescer e ser melhor hoje do que era ontem.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

A TSKF vem se profissionalizando e se aprimorando muito a cada ano. Acredito que estaremos prontos para uma demanda cada vez maior e com uma estrutura muito mais sólida para levar para os alunos uma excelente ferramenta de desenvolvimento pessoal que é o Kung Fu com cada vez mais qualidade.

Obrigado!

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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

TSKF Entrevista #1

TSKF Entrevista é uma série de 10 entrevistas que faremos aqui no Blog. Toda semana teremos um convidado contando um pouco de sua história antes de iniciar o Kung Fu.

Em nossa primeira entrevista conversaremos com o Shifu Danillo Cocenzo.

Shifu Danillo, Iniciou seus treinos aos 22 anos, indo contra o pensamento de muita gente, que pensa que é preciso começar a treinar Kung Fu desde criança. Começou a dar aulas em 2006, como aprendiz de instrutor, para posteriormente, em 2009, dedicar-se integralmente à esta atividade.

Antes da TSKF atuava na área de Atendimento ao Cliente, como Coordenador de Projetos. Já participou de diversos campeonatos como competidor é árbitro no Brasil e no exterior. Passou por experiências fascinantes em sua trajetória nos campeonatos, mas gosta sempre de lembrar que: “O evento que mais vai me marcar será o próximo, porque quando eu chegar nele, devo estar em um nível melhor fisicamente e psicologicamente. O eterno compromisso de evolução constante é fundamental em nossa área”.

Graduou-se faixa preta em 2009, época em que atuava como instrutor na TSKF Mooca. Ajudou a abrir e gerir as unidades TSKF Consolação (em 2008), Mooca (em 2009), Barro Preto (em 2012) e, recentemente, a TSKF Padre Eustáquio (aberta em 2015).

É árbitro internacional de Kuoshu (Lei Tai), certificado pela TWKSF (The World Kuo Shu Federation); palestrante e autor do livro Di Zi Gui – O Livro Negro das Artes Marciais e coautor do livro Wu De – A Ética do Kung Fu nos Dias Atuais. Em 2014 foi graduado 4º Tuan pelo próprio Mestre Gabriel, conquistando assim o título de Shifu.

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O que o Kung Fu significa para você?

O Kung Fu é uma ferramenta. Nada mais. Ele pode ser usado para melhorar a Saúde, pode ser usado como meio de vida, pode ser usado para causar dor em alguém ou trazer alegrias. O mais importante do Kung Fu é o que o Mestre Gabriel ensina: ele será para você aquilo que você quer que ele seja.

Shifu, o que lhe motivou a trabalhar com o Kung Fu?

A possibilidade de ajudar pessoas a criarem versões melhores de si mesmas. E isso também me inclui. Por mais que eu ensine a mesma postura centenas de vezes para as pessoas, cada vez é uma oportunidade que tenho de ensinar melhor e me tornar alguém melhor no processo. Já o aluno pode ter um novo “eu”, mais saudável, mais consciente de si mesmo e com a mente mais afiada pelo Kung Fu.

Você começou a dar aulas em São Paulo, passou pelas Unidades da Consolação, Mooca e Vila Madalena. Em 2012 você se mudou para Belo Horizonte e montou a Unidade Barro Preto. O lhe motivou a ir para um outro Estado, iniciar uma Unidade TSKF do zero e sem nenhuma referência?

Unicamente a minha fé na fé que o Mestre Gabriel tinha em mim. Ele acreditava que eu poderia empreender com sucesso em BH. E, há muitos anos, eu aceitei o Mestre Gabriel como meu Mestre. Como eu tenho fé no meu Mestre, eu passei a acreditar que seria bem sucedido aqui.

Quando você tomou a decisão de ir para Belo Horizonte, como você preparou as suas Unidades?
Eu já havia deixado as unidades Consolação e Mooca nas mãos dos meus sócios. Alguns deles seguem conosco até hoje, enquanto outros se tornaram o que eu chamo de “folhas ao vento”, pessoas que vem e vão sem conseguir criar raízes e estruturas fortes no Kung Fu. Felizmente, existem profissionais dispostos a trabalhar a mais para suprir quem trabalha a menos e nos adaptamos bem à essa mudança.

Algo parecido aconteceu na Vila Madalena, onde eu confiei em pessoas que me decepcionaram também. Isso foi ruim por um lado e bom por outro. Ruim porque a unidade sofreu com a saída de instrutores, mas bom porque nos tornamos mais criteriosos com as pessoas que começam a dar aulas na TSKF e eu pude aprender um pouco da melhor técnica de Kung Fu que vejo no Mestre Gabriel: a capacidade de ler pessoas e saber quem elas são por baixo do véu que apresentam para a sociedade. Claro, ainda estou aprendendo e treinando isso, mas sem dúvida as adversidades oferecem uma grande oportunidade de melhoria.

E a sua família, como ela reagiu? Sabemos que a sua esposa lhe acompanhou nessa jornada, como foi a aceitação dela?

Meus pais e irmão estranharam, mas me apoiaram. Na verdade, a minha família mesmo é minha esposa e ela foi louca o bastante para não apenas aprovar, mas me ajudar neste processo e cuidar de coisas na academia onde a minha visão não é tão apurada quanto a dela.

E sobre os primeiros dias de aulas em Belo Horizonte, o que você pensou?

Na TSKF temos um processo claro e simples para captar e manter os alunos. A única coisa que eu pensava era em reproduzir com a máxima perfeição tudo o que o Mestre Gabriel me ensinou e eu pratiquei em minhas unidades anteriores. Gostaria até de poder dramatizar isso um pouco, mas na verdade o “timing” da academia foi tão bom, muito por conta do método TSKF, que chegamos à marca de 100 alunos em pouco mais de 6 meses. Tenho consciência que muitos mestres de Kung Fu de MG nunca tiveram 100 alunos, então foi bastante gratificante.

Todas as boas histórias tem as suas dificuldades, você poderia nos contar uma dificuldade que teve em Belo Horizonte, na época em que dava as aulas sozinho na Unidade B. Preto?

Eu acho que o maior desafio era puxar todas as aulas. Nos dias mais fáceis, 3 aulas. Nos dias normais, 6 aulas. Nos dias cheios, 9 aulas. Era bastante cansativo, mas eu acho que valeu muito o esforço, uma vez que esse é o meu trabalho e sei que sempre existirão épocas mais fáceis e épocas mais desafiadoras. Mas são apenas fases que vem e vão e elas servem para aprimorar sua Força de Vontade e seu Kung Fu.

Como você vê o Kung Fu hoje em Minas Gerais?

O Kung Fu de MG é muito bom e contamos com uma grande diversidade de escolas e estilos. E acho que, cada vez mais, cada escola e academia será uma parte do mercado, não necessariamente concorrentes no sentido de inimigos, mas no sentido de “players” de um mesmo mercado.

Agora pensando a longo prazo, como você vê a TSKF daqui a 10 anos em Minas Gerais?


Teremos mais unidades em BH e sem dúvida, teremos presença em mais duas ou três cidades aqui no Estado. Temos pessoas de valor para isso e estamos cuidando para que sejam ainda melhores e mais bem preparados para o desafio.

Obrigado!

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sábado, 8 de outubro de 2016

O KUNG FU TSKF

A TSKF nasceu diferente, desde o princípio ela já foi concebida para ser diferente das demais escolas. Minha intenção sempre foi usar o Kung Fu como uma ferramenta de desenvolvimento humano, tanto para mente quanto para o corpo.

Eu não entrei no Kung Fu para aprender a lutar, muito pelo contrário, sempre acreditei que havia algo mais sublime do que isso dentro dele e, realmente havia. Percebi rapidamente que a “filosofia” do Kung Fu poderia ser usada em qualquer área da minha vida.

Depois de treinar Kung Fu por dose anos, percebi que a maioria das pessoas que treinavam comigo, mesmo aqueles que diziam querer lutar, na verdade não queriam, estavam ali por alguma outra razão que não a luta. Percebi que muita gente desistia de treinar quando viam que tinham que lutar. Na verdade, percebi que várias pessoas desistiram de treinar depois que lutaram comigo. Eu era sangue ruim. Rs.

Diante de tudo isso, pensei comigo mesmo “deve ter muita gente que gostaria de usufruir dos benefícios do Kung Fu, sem ter que lutar”. Foi pensando nisso que fundei a TSKF, portanto, nascemos para atender um seguimento específico de pessoas. Não somos melhores nem piores do que ninguém, apenas diferentes.

Se vocês repararem, toda a estratégia de marketing da TSKF sempre foi concebida para encontrar aquelas pessoas que estão procurando o que temos para oferecer, que é o desenvolvimento mental através do treinamento do corpo através da prática do Kung Fu. Por isso que temos uma quantidade gigantesca de conteúdo referente ao desenvolvimento humano, tanto em texto, quanto em vídeo, espalhada pela internet. 

Embora a TSKF seja uma escola comercial, ela tem uma cultura tremendamente tradicionalista, que segue princípios extremamente rígidos de disciplina e de conduta e, por essa razão, é muito comum muitos de nossos alunos desistirem para treinar em escolas que não exigem tanto compromisso. Alguns de nossos alunos até mesmo desistem para treinar em praças ou lá no seu condomínio, onde não lhes cobrarão nem compromisso, nem disciplina nem muito menos conduta marcial. Não tem nada de errado com isso, tudo sempre irá depender do que essas pessoas estão buscando. Mas, uma coisa é certa, essas pessoas nunca aprenderão profundamente nenhum estilo, afinal de contas, seu professor só está fazendo mais um biquinho para ganhar alguns trocados a mais até que consiga alguma coisa mais fixa, como, por exemplo, um emprego, ou, que o seu negócio preferido se torne bem sucedido.

Nossa escola é tão tradicionalista que quando alguém nos procura perguntando se poderiam treinar somente uma vez por semana, preferimos dizer que seria melhor ela nem começar, porque sabemos que isso não a levaria a lugar nenhum e seria perda de tempo tanto dela quanto nosso.


Nosso Kung Fu é realmente para o desenvolvimento humano. Nesse sentido já fizemos muitas coisas nesses últimos anos, como, por exemplo: Organizamos dez campeonatos, viajamos para os Estados Unidos treze vezes, Alemanha quatro vezes, Cingapura e Argentina uma vez. Também organizamos duas convenções e duas peças teatrais e lançamos cinco livros. Agora no próximo dia 29 de Outubro faremos uma enorme apresentação para setecentas pessoas no Teatro Brigadeiro comemorando nosso vigésimo aniversário e a graduação de nosso primeiro aluno como mestre. Somos a TSKF.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Ouvir o Silêncio


 "Existem lições que não podem ser ensinadas, mas devem ser aprendidas". 
(Anônimo)

“Esvazie sua xícará” – (Parábola Japonesa)

Um dia um acadêmico procurou um mestre budista com o intuito de aprender os segredos de sua doutrina. O mestre ficou feliz em recebê-lo, no entanto, a cada vez que tentava lhe ensinar algo, o acadêmico lhe questionava com outras teorias a respeito do mesmo assunto. Depois de tentar ser ouvido algumas vezes, sem sucesso, o Mestre decidiu mudar sua abordagem e convidou-o para tomar chá.

Muito polidamente, o mestre serviu o acadêmico enchendo a sua xícara até que a mesma transbordou sem parar. O acadêmico irritado, perguntou ao mestre: - Por acaso, não percebeu que a xícara está completamente cheia e que já não cabe mais nenhuma gota?

O mestre então parou de derramar o chá sobre a xícara e disse calmamente: - Assim como esta xícara, o senhor está cheio de opiniões e conceitos pré-estabelecidos. Desta forma, como poderia entrar um novo ensinamento? Como poderei dar-lhe novas ideias e perspectivas, se você não tem espaço pra elas?

Em seguida, o mestre fez uma pausa por um breve momento e disse-lhe com olhar compreensivo, porém firme: - Se você realmente busca ter conhecimento constante, então tem que esvaziar sempre a sua xícara. O acadêmico olhou o mestre perplexo e só então percebeu a veracidade que havia naquelas sábias palavras.


Optei por iniciar esse texto por essa parábola para, antes de exaltar os predicados do silêncio, resgatar o significado do ouvir. Como diz Rubens Alves no seu texto Escutatória: - “Escutar é complicado e sutil”; e segue parafraseando o Alberto Caeiro: - "Não é o bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma”. Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente pensa a respeito. Como se aquilo que o outro diz não fosse digno consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer.

“Se tuas palavras não forem mais belas que teu silêncio, cala-se” – (Sabedoria Sufi)

Inevitavelmente cometemos erros e erros de diversas naturezas. Ora por falar sem pensar; ora por se omitir de falar. E devemos estar constantemente vigilantes ao nosso comportamento para não tornarmos esses deslizes hábitos petrificados. No geral, somos alertados de nossos erros, para que possamos corrigi-los. Mas e se esse alerta não vem? Ou melhor, se ele não vem da maneira como esperamos? Convencionalmente como uma bronca ou orientação verbal?

Particularmente, acho que essas advertências são as piores.

O Shifu Danillo utiliza no Di Zi Gui a metáfora do ferreiro para se referir ao trabalho do Shifu na formação de seus alunos. O próprio Mestre Gabriel repetidas vezes diz forjar seus alunos a “fogo brando”. Se pudéssemos observar com cuidado um ferreiro em seu labor, perceberíamos que um dos processos do feitio da espada é escalda-la, ou seja, tirá-la do calor e submetê-la ao frio. O silêncio, o vazio e o frio parecem correlatos dos sentimentos que tentamos descrever quando existe a ausência de palavras.

A ansiedade de manter-se constantemente ocupado ou com os ouvidos ocupados é uma fuga de si mesmo. Proporcionar-se momentos de silêncio, aprendendo a ouvi-lo e entendendo o que ele esconde, dentro de si, é de fundamental importância, para o equilíbrio emocional e bom desenvolvimento das capacidades humanas.

Diversas vezes ouvi o Mestre Gabriel dizer que muito já foi dito e que agora, não cabia mais repetir certos ensinamentos. E, até com mais rigor, utilizar a parábola “não jogar pérolas aos porcos”, não no sentido de nos subestimar, mas para mostrar que, naquele momento, não estávamos ainda prontos para ouvir o que ele tinha a dizer; ou que não perderia mais tempo repassando sua sabedoria e fundamentos de utilidade plena àqueles que não querem ouvir, ou que mesmo ouvindo, não farão uso destes ensinamentos.

Nosso Mestre, Gabriel Amorim, construiu uma história de forma transparente e digna, para que todos aqueles que o escolheram como Mestre pudessem seguir os seus passos rumo a excelência e ao sucesso, não só no Kung Fu. O Kung Fu, na verdade, é a ferramenta que ele escolheu para auxiliá-lo no seu processo evolutivo, e que divide com tanto prazer conosco, afim de que possamos encontrar equilíbrio em todos os sentidos (lema que nossa escola ostenta com orgulho). O que quero enfatizar com isso é que o “seu exemplo” é o maior ensinamento que ele poderia nos dar. Basta ter olhos para ver a sua obra e nela se inspirar.

Podemos concluir até aqui que as palavras falam, mas o silêncio também. Existem silêncios muito expressivos. Falam alto, gritam forte nos ouvidos.  Bons entendedores são capazes de compreendê-los, em seus plenos significados. Logo, dar provas de acolher alguém em seu silêncio é de um valor inestimável, denota empatia e humildade de quem se presta a apreender com todas as experiências que a vida lhe proporciona.

Ludmila Dantas 
TSKF Itaim


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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Faixa X Tempo de Treino

Quando iniciamos uma jornada nas artes marciais como: Judô / Karate / Kung-Fu e etc. Pensamos que será como um curso com inicio/meio e fim, daqui a 5 anos serei um Shifu (professor de alta qualidade) e mais uns 2 anos terminarei sendo MESTRE! 

Bom, sinto lhe informar que não é assim que funciona com as artes marciais. 

Existe um caminho a ser seguido onde o artista marcial será testado em vários aspectos desde sua lealdade, confiança, o tempo e muitas outras coisas. Quando falamos de Kung Fu estamos falando de algo que irá demorar uns 20, 30 anos pra mais, na verdade, é algo que nunca termina! 

Pelo titulo do texto, o que eu quero tentar explicar é que nem sempre ter uma graduação alta com o pouco tempo de treino, o deixa ser altamente qualificado. O que eu quero dizer com isso!? 

Cada faixa tem seu tempo de amadurecimento, a faixa branca (iniciante) tem seus meses, a roxa (intermediário) tem seus anos e a preta (avançado) suas décadas! RS! 

Vamos ver um exemplo de quando o praticante vai rápido demais em sua graduação:

Se um praticante com pouco tempo de treino for uma faixa preta, ele certamente terá uma dificuldade no aprendizado, em campeonatos ou demonstrações, sem o tempo de treino necessário terá aqueles brancos na técnica, sentirá uns nervosismos de dar uma tremedeira. Mas isso não significa que deve esperar ter o tempo de treino para começar a tentar, começando desde cedo você já irá passar por tudo isso sem se preocupar com sua faixa, imagina um faixa preta esquecendo a técnica no meio de uma competição, ficaria feio para ele não é verdade?! Mas se fosse um faixa menos graduado, vamos dizer que não teria tanto problema, pois você só esta começando! Quando você tiver o tempo de treino coerente com a faixa, não precisará se preocupar com nada desses exemplos que dei, pois já passou antes.  

Tendo menos tempo do que necessário para faixa terá essa dificuldade tanto tecnicamente como na conduta marcial, esse aluno pode ate aprender a técnica, mas não fará com fluidez/flexibilidade ou com a força necessária...!  Não será igual a outro faixa preta só que com x tempo a mais de treino. 

Agora o aluno que tem seu tempo de treino coerente com a faixa, certamente terá mais sucesso em suas realizações como demonstrações, campeonatos, na hora de sua aprendizagem terá mais facilidade em executar a técnica mais rápida e sem tanta repetição, são aqueles alunos que quando se ensina uma vez já esta fazendo melhor que o professor! Por isso quando o Shifu diz tudo tem seu tempo, não é à toa, cada faixa tem seu tempo de amadurecimento, claro que nem todos são iguais, uns são mais rápidos e outros acabam ficando mais tempo. Eu Piero, já ouvi uma historia do Mestre Gabriel que um aluno dele chegou à faixa preto bem rápido, mas ele era muito bom mesmo, era fora do normal! 

Para terminar quero que entendam o seguinte! 

 Se você estiver tento dificuldade em executar uma técnica ou na hora de aprender sente uma dificuldade e precisa repetir varias vezes, falhou em campeonato ou numa demonstração, tenha PACIÊNCIA, dê o tempo necessário para o amadurecimento e o resultado virá!   

 Como o Mestre Gabriel diz: 
Temos que ver demonstrações de campeões, para saber em que podemos melhorar! Mas lembre-se de que os campeões têm 10, 15, 20 anos de treino, quando você tiver perto disso você fará próximo, igual ou até melhor! 


Piero Tubino
TSKF Consolação

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