Acho que você já deve ter escutado ou lido a frase “o trabalho dignifica
o homem”. Essa frase é psicologicamente correta porque o trabalho é sim uma
condição primordial para a realização humana.
Trabalhar é uma condição essencial não somente para o ser humano
conseguir a sua condição financeira para sobreviver mas também para a sua
realização pessoal, para sentir-se útil e encontrar sentido na vida.
A profissão de uma pessoa constitui a sua identidade. Isto significa que cada um se torna o que é por meio de
sua profissão. É através do trabalho que as pessoas deixam um registro ou uma
marca no mundo. Não é à toa que quando não conhecemos uma pessoa e perguntamos
para alguém quem ela é, sempre nos respondem coisas do tipo, é o mestre fulano de tal da escola tal, ou então, é o médico fulano de tal, ou ainda, é o
vendedor, médico, encanador, dentista etc.
Tão
importante quanto ter uma profissão é gostar do que se faz. Isso é tão
importante que é praticamente impossível termos empenho e um bom rendimento
numa profissão que não gostarmos. Trabalhar sem sentir prazer é sinônimo de
sofrimento e consequentemente de adoecimento. Isso significa que a frase “o trabalho dignifica o homem” não é
verdadeira se o homem não gostar daquilo que faz.
Gostar
do que se faz é tão importante que podemos dobrar o salário de alguém, que se
ela não estiver gostando do que faz, continuará desmotivada, desempenhada e
rendendo pouco.
A
profissão é tão importante na vida do ser humano que uma pessoa sem trabalho é
impedida de se realizar como homem e cidadão, o que afeta diretamente sua
dignidade.
Se
a profissão é tão importante na vida das pessoas, porque então a maioria das
pessoas vivem tão infelizes no trabalho a ponto de se preocuparem mais com seus
finais de semana do que com o que estão fazendo? O interessante é que a mesma
pessoa que vive preocupada com seus finais de semana é a mesma que quando perde
o emprego fica doente e entra em depressão, o que confirma mais uma vez o
quanto o trabalho é importante para o ser humano, até mesmo quando ele não gosta
do que faz.
A
resposta para a pergunta acima certamente não é tão simples, mas, podemos dizer
sem sombra de dúvidas que uma das principais razões para uma pessoa estar
trabalhando numa profissão que não gosta, reside no fato de que quando ela
escolheu sua profissão foi por influência de alguém ou por dinheiro, e não por
afinidade. A maioria das pessoas não
conhecem a si próprias e, sem isso, é praticamente impossível escolher uma
profissão por afinidade.
A
maioria das pessoas morrem sem saber que poderiam ter sido grandes músicos,
cantores, médicos, engenheiros, arquitetos etc. ou seja, morem sem saber que tinham
talento para certas coisas, ou seja, morrem sem saber exatamente quem são e
quais suas habilidades.
As
instituições de ensino se preocupam em ensinar matemática, geografia, história,
estatística, medicina, comunicações, marketing, informática, direito etc. e,
esquecem do principal, que é ensinar a pessoa a conhecer-se a si própria para
poder escolher sua profissão de acordo com sua essência. Deveria ser parte do
ensino fundamental ensinar os jovens a se conhecerem para, com isso, poderem
escolher profissões que os fizessem felizes e consequentemente onde produzissem
mais.
Eu
costumo dizer o seguinte: Respeitando ética, justiça e moral, faça o que for
necessário até você conseguir o que você quer. Isso significa o seguinte, que
você pode fazer por algum tempo o que não gosta desde que seja para conseguir o
que deseja.
Você
certamente já deve ter conhecido alguém que foi infeliz trabalhando no que não
gostava por um período, mas, que planejou, e mais tarde, mudou de profissão e
foi fazer o que gostava e se tornou feliz.
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