A respeito deste post, gostaríamos de agradecer a contribuição da Fabiana Guimarães, que nos sugeriu desenvolver este texto, nos comentários de nosso último vídeo com o Mestre Gabriel que você pode ver aqui.
Harmonia, entre várias definições, pode ser explicada como "disposição afim ou equilibrada entre as partes de um todo". Imaginemos uma pessoa que trabalha 08 horas por dia, dorme 07 horas por dia. Gasta uma hora nas grandes refeições e mais uma hora de deslocamento entre trabalho e casa. Sobram 4 horas nesta conta. Digamos que duas ela passa treinando Kung Fu na TSKF (ou fazendo outra atividade física). As duas últimas horas são livres para estudar, namorar, ver TV, acessar a internet para se divertir, ou qualquer outra coisa.
Poderíamos dizer que o dia deste exemplo está equilibrado, em harmonia. Claro que é um exemplo bem genérico e poderíamos citar mais uma infinidade deles. Mas vamos tomar este como base, sim?
Entretanto, para as pessoas que desejam se tornar, ou já são, líderes, não é assim que a "banda toca". O líder usa um balanceamento de tempo totalmente diferente de uma pessoa normal. E está feliz com isso.
Turnos de trabalho de 14 horas, ou até mais. Seis horas de sono às vezes, ou até menos. Uma hora para refeição? Se for um almoço de negócios, tudo bem. Mas se for um almoço corriqueiro, é comer e voltar, quando não almoça trabalhando.
Parece pesado? Se você acha que sim, vamos observar um pouco melhor.
Existem pessoas que desejam muito realizar algo. Desejam muito viver realizando um trabalho que signifique algo para o mundo e para si, onde o dinheiro é importante, mas não é o mais importante e muito menos a causa principal da pessoa ter escolhido realizar este algo. Este algo é tão importante e tão significativo, que ela gostaria de fazer isso para sempre.
Antes de você achar que estou criando uma situação quase irreal, peço que se lembre de todas as mulheres que sempre sonharam, e conseguiram, se tornar mães em tempo integral. Abriram mão de muita coisa para cuidar dos filhos. Veja se não encaixa direitinho com o que descrevi no parágrafo acima.
Voltando agora para o campo profissional (apesar de que ser mãe em tempo integral é uma profissão também!), vamos encontrar situações semelhantes. Muito trabalho, muita dedicação e, especialmente, a renúncia. A renúncia aos pequenos prazeres que as pessoas "normais" costumam ter: emendar feriado, um final de semana inteirinho só para...não fazer nada, férias de 30 dias, e coisas similares. O líder faz esta renúncia em nome do algo maior que decidiu realizar, seja lá o que for.
Na TSKF, é o que o Mestre Gabriel espera de seus sócios. Mas se engana muito quem pensa que isso será sua rotina por toda a vida. Tudo é uma fase, um momento a ser vivido. Um sócio não deve trabalhar 16 horas por dia na academia mas, se isso for o necessário para chegar onde se deseja, ele o fará de bom grado e sem enxergar isso como um problema, ou como "pesado". Será apenas mais uma etapa a ser vencida para se chegar no objetivo.
Cito aqui um exemplo pessoal do Mestre. O Mestre Gabriel gosta de acordar tarde. Mas ele acordou cedo o tempo necessário para chegar mais perto de onde deseja, durante anos. Hoje em dia, ele ainda acorda cedo, em duas ocasiões regulares: mensalmente, aos sábados, para pegar o avião e vir para o exame na TSKF Barro Preto. A outra situação é semanal, quando ele acorda cedo para ministrar as aulas de domingo de sócios e instrutores na TSKF Matriz.
Eu poderia apontar duas ou três pessoas que poderiam substituir o Mestre aos domingos nas aulas, liberando-o para chegar mais tarde. Mesmo assim, o Mestre está lá cedinho, fazendo uso da liderança pelo exemplo. Ele mantém sua renúncia a respeito de algo que ele deseja, para poder realizar algo maior que si mesmo.
Para concluir, vamos pensar em outro exemplo.
Imagine que uma pessoa vai subir um andar num prédio qualquer. Ela usa as escadas rolantes. Sem esforço, imóvel, em harmonia com o sistema, ela chega no andar desejado. Ela segue o fluxo do sistema normalmente usado pela maioria das pessoas.
Ao lado desta escada rolante, há uma escada física. Outra pessoa toma esta escada, em dissonância com o que seria mais fácil (tomar a escada rolante).
Qual destas pessoas evoluiu fisicamente, num simples subir de escadas?
E mais: para subir a escada fixa, a pessoa teve que erguer um pé e direcionar seu peso para frente, ficando momentaneamente desequilibrada, para logo depois posicionar seu pé no novo degrau e erguer o corpo, repetindo o processo em cada degrau.
Assim, pergunto: para subir uma escada fixa, o que é mais importante: o equilíbrio ou o desequilíbrio?
Depende. Como você quer ser lembrado, quando deixar este mundo?
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