Quando me dou conta de onde eu vim e de onde estou agora sinto a necessidade de contar um pouco de minhas memórias pra que as pessoas saibam que elas também podem e também pra que elas não possam inventar desculpas e dizer o porquê pra elas não seria possível alcançar o sucesso.
Eu acredito que a desculpa é um dos maiores empecilhos que impede a maioria das pessoas de alcançarem o sucesso. Sempre que converso com meus discípulos costumo dizer que as desculpas mesmo quando verdadeiras não levam a nada e que quando alguém dá uma desculpa pra deixar de fazer alguma coisa, em algum outro lugar do mundo alguém na mesma situação ou pior fez. Isso é um tanto duro de se dizer aos discípulos, mas, uma coisa é certa, funciona, pois, sempre que eles pensam em se dirigir a mim com uma desculpa pensam mil vezes antes de fazê-lo, já que tem certeza de que não a aceitarei. Diante disso, sempre ocorre pelo menos duas coisas, ou a pessoa inventa outra desculpa e desiste de trabalhar comigo ou encontra uma solução para o problema antes de me procurar.
As desculpas mais comuns que ouço são; eu não tenho tempo, eu não tenho dinheiro, não sou mais jovem, agora eu tenho uma família pra cuidar, ninguém me da oportunidade, ninguém me reconhece o problema é que o governo...
Rapadura farinha e água
Eu nasci no sertão da Bahia, não sei exatamente onde, mas, certas coisas a gente nunca esquece e eu me lembro muito bem que quando eu tinha fome minha mãe pegava um tijolo de rapadura, rapava com uma faca, misturava com farinha de mandioca e água e me dava pra comer. Ela chamava essa mistura de Jacuba e eu adorava. Acho que é por isso que adoro doce e até hoje gosto muito de rapadura. O que pra alguns causam revolta pra outros se tornam benção.
Pirão de farinha e carne seca
Ainda pequenino me lembro que minha mãe fazia pirão de farinha de mandioca, amassava com as mãos fazendo um bolinho, furava com o dedo e enfiava um fiapo de jabá ou carne de sol dentro e me dava pra comer. Que alegria, nada como uma comidinha amassada pelas mãos da mãezinha pra matar a fome. Que delícia que era comer aquele pirão de farinha com jabá que minha mãe fazia. O que é desculpa pra alguns pra outros é razão.
Casa de pau a pique chão de terra
Muitos de vocês talvez não saibam o que é uma casa de pau a pique, portanto, vou explicar. Casa de pau a pique é uma casa montada com varas de madeira entrelaçadas e coladas entre si com barro e chão de terra. Foi numa casa assim que nasci e a parteira cortou o meu umbigo com uma faca e jogou no curral das cabras porque era o costume e diziam que dava sorte. Era muito comum encontrarmos algumas cobras dentro de casa, principalmente debaixo da cama. Não importa de onde viemos, mas, pra onde iremos.
Sem luz sem água e sem banheiro
Minha casa não tinha luz elétrica, não tinha água encanada e nem banheiro. Nossa luz vinha de candeeiro a querosene, nossa água minha mãe trazia da lagoa equilibrando um pote na cabeça sobre uma rodilha de pano, até hoje não sei como é que ela fazia aquilo, nosso banheiro era no mato atrás da casa. Tomávamos banho de bacia e esfregávamos os pés com um pedaço de pedra pra tirar a sujeira. Na época da seca a única coisa que lavávamos era os pés. Meu pai me contou várias vezes que ficou nove meses sem tomar banho por causa da seca. Eu tomei banho de chuveiro somente aos dezessete depois de muito tem que já morava em São Paulo. Alguns se enfraquecem por causa do seu passado e outros e outros se fortalecem.
Eu acredito que a desculpa é um dos maiores empecilhos que impede a maioria das pessoas de alcançarem o sucesso. Sempre que converso com meus discípulos costumo dizer que as desculpas mesmo quando verdadeiras não levam a nada e que quando alguém dá uma desculpa pra deixar de fazer alguma coisa, em algum outro lugar do mundo alguém na mesma situação ou pior fez. Isso é um tanto duro de se dizer aos discípulos, mas, uma coisa é certa, funciona, pois, sempre que eles pensam em se dirigir a mim com uma desculpa pensam mil vezes antes de fazê-lo, já que tem certeza de que não a aceitarei. Diante disso, sempre ocorre pelo menos duas coisas, ou a pessoa inventa outra desculpa e desiste de trabalhar comigo ou encontra uma solução para o problema antes de me procurar.
As desculpas mais comuns que ouço são; eu não tenho tempo, eu não tenho dinheiro, não sou mais jovem, agora eu tenho uma família pra cuidar, ninguém me da oportunidade, ninguém me reconhece o problema é que o governo...
Rapadura farinha e água
Eu nasci no sertão da Bahia, não sei exatamente onde, mas, certas coisas a gente nunca esquece e eu me lembro muito bem que quando eu tinha fome minha mãe pegava um tijolo de rapadura, rapava com uma faca, misturava com farinha de mandioca e água e me dava pra comer. Ela chamava essa mistura de Jacuba e eu adorava. Acho que é por isso que adoro doce e até hoje gosto muito de rapadura. O que pra alguns causam revolta pra outros se tornam benção.
Pirão de farinha e carne seca
Ainda pequenino me lembro que minha mãe fazia pirão de farinha de mandioca, amassava com as mãos fazendo um bolinho, furava com o dedo e enfiava um fiapo de jabá ou carne de sol dentro e me dava pra comer. Que alegria, nada como uma comidinha amassada pelas mãos da mãezinha pra matar a fome. Que delícia que era comer aquele pirão de farinha com jabá que minha mãe fazia. O que é desculpa pra alguns pra outros é razão.
Casa de pau a pique chão de terra
Muitos de vocês talvez não saibam o que é uma casa de pau a pique, portanto, vou explicar. Casa de pau a pique é uma casa montada com varas de madeira entrelaçadas e coladas entre si com barro e chão de terra. Foi numa casa assim que nasci e a parteira cortou o meu umbigo com uma faca e jogou no curral das cabras porque era o costume e diziam que dava sorte. Era muito comum encontrarmos algumas cobras dentro de casa, principalmente debaixo da cama. Não importa de onde viemos, mas, pra onde iremos.
Sem luz sem água e sem banheiro
Minha casa não tinha luz elétrica, não tinha água encanada e nem banheiro. Nossa luz vinha de candeeiro a querosene, nossa água minha mãe trazia da lagoa equilibrando um pote na cabeça sobre uma rodilha de pano, até hoje não sei como é que ela fazia aquilo, nosso banheiro era no mato atrás da casa. Tomávamos banho de bacia e esfregávamos os pés com um pedaço de pedra pra tirar a sujeira. Na época da seca a única coisa que lavávamos era os pés. Meu pai me contou várias vezes que ficou nove meses sem tomar banho por causa da seca. Eu tomei banho de chuveiro somente aos dezessete depois de muito tem que já morava em São Paulo. Alguns se enfraquecem por causa do seu passado e outros e outros se fortalecem.
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