quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

TSKF Entrevista #10

Hoje estamos recebendo para a nossa Última Entrevista o Instrutor Piero Tubino, Sócio e Instrutor da TSKF.

Piero Tubino começou a treinar Kung Fu aos 11 anos. Em setembro de 2012 começou a dar aulas na TSKF Matriz, enquanto ainda cursava o ensino médio na escola, onde pode observar e aprender os primeiros passos sobre como dar aulas com o próprio Mestre Gabriel.

Participou de diversas competições no Brasil em competições nacionais e internacionais. Um dos eventos que mais marcou sua trajetória foi a convenção da TSKF, onde, em sua visão, conseguiu observar a grandiosidade da TSKF, através da organização do evento, das demonstrações e dos discursos feitos pelo Mestre Gabriel, explicando que todos podemos ser melhores do que somos, mesmo partindo do zero.

Em junho de 2014 foi graduado faixa preta e, de 2012 para cá, passou por várias filiais (Moema, Campo Belo, Mogi das Cruzes) antes de se tornar sócio e líder da TSKF Consolação, em 2015.

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Piero, como surgiu o interesse pelo Kung Fu? 

Eu gostava muito de filmes de lutas, gostava de ver o desenho do Avatar e me encantava com a beleza dos movimentos. Como toda criança eu tentava imitar.

Bom, aos meus 11 anos de idade, eu morava na Rua augusta perto da Paulista.

Ia para escola de manhã e, nessa época, a TSKF Consolação estava sendo construída. Eu via todos os dias gente entrando e saindo, eu tinha visto uma placa escrita Kung Fu. Daí me surgiu o interesse em querer conhecer! 

Nessa época eu estava muito acima do peso e era uma criança que tinha muitos medos.  Isso me dava muita insegurança.  

Após a aula experimental, o professor da unidade havia explicado todos os benefícios que o Kung Fu traria para mim. Eu tinha me encantado com a aula (ao ponto de achar que eu ia dominar os quatros elementos! Hahah)! 

O que te fez trabalhar com o Kung Fu?

Eu gostava muito de fazer o Kung Fu, mas tinha uma coisa que me chamava muita atenção. Era o jeito que o meu professor me tratava, me ensinava... eu gostava era de como ele me ensinava, fantasiando umas lutas, me explicando cada golpe, brincando e me divertindo. Eu olhava isso, e o desejo de ser igual a ele começou a surgir, queria ser igualzinho a ele. Queria poder ajudar outras pessoas da mesma maneira de como ele fazia! 

Como eu tinha 13 anos ainda não podiam dar aulas e nem era faixa marrom, então eu ficava em casa imaginando, dando aula, cuidando da parte da secretaria, matriculando pessoas para treinar comigo! Tudo na imaginação...

E isso foi aumentando meu desejo de ser um Instrutor! 

Jamais posso esquecer que esse desejo de ser instrutor, foi aumentado pela Shimu Ana, esposa do Mestre Gabriel. Eu e ela conversávamos muito de como era ser instrutor. 

Lembro até hoje que ela me deixou fazer uma carteirinha, parece algo simples, mas para mim foi: “CARAMBA FIZ A CARTEIRINHA! ” Apesar de ter conseguido fazer errado!

Hoje sendo Líder da Unidade da Consolação, como você vê a evolução do Kung Fu no Brasil? 

Ainda tenho muito que aprender e ter esse olhar que o Mestre Gabriel tem! 

Mas o que posso dizer com a pouca experiência que tenho é que o Kung Fu no Brasil ainda precisa crescer mais. No sentindo de que as escolas devem se unir para se ajudar e não ter aquela coisa de dizer que meu Kung Fu é melhor que seu... 

Se unido, o Kung Fu seria imbatível, não teria para ninguém!  

Mas acredito que já evoluiu muito, com o que eu ouvia das histórias! 

Qual foi o Campeonato de Kung Fu que mais lhe marcou? Por quê?

Foi o campeonato da TSKF em 2009. Eu era faixa verde, e como eu tinha meus medos, nesse campeonato eu me tremia todo, literalmente!!! 

Mas foi um passo muito importante para minha vida! Hoje eu entendo porque o Mestre Gabriel diz: “ Quando você entra na área de competição, você entra uma pessoa e quando sai, sai outra pessoa”.

Quando sai da área, percebi que não doía e que era boa a sensação de estar no controle! Hoje tenho muita mais confiança para entrar numa área de competição! Graças a esse primeiro passo dado! 

Dentro da TSKF qual foi a sua maior conquista?

Não diria que foi uma conquista, mas foi quando meu professor ficou sozinho na academia e eu o ajudava, não só eu, como meus colegas. Éramos um time, e ficávamos para ajudar nosso professor. E um dia qualquer, no finalzinho de uma aula bem cheia, eu fui presenteado com uma medalha por mérito! Por ficar e ajudar a academia na hora mais difícil! Isso para mim é uma conquista! 

Mas tenho outra coisa que me deixa orgulhoso: eu era faixa vermelha e estava treinando para o exame. Nessa época já sabia que queria ser instrutor (só faltava a faixa marrom) e eu treinava muito todos os dias, fazia aula e depois da aula ficava mais umas horas repetindo e repetindo! 

Após o exame, o próprio Mestre Gabriel me chamou na sala dele, para dizer que teria minha chance de ser instrutor! E isso para mim foi umas mais puras felicidades que já havia sentido! E, é claro, a minha nota de exame tinha sido 8,40! Rs! 

Toda grande pessoa tem grandes Mestres, quais sãos os seus Mestres, que você se inspirar para ser essa pessoa que é hoje?

Sem dúvida nenhuma é o Mestre Gabriel e o Shifu Danillo! 

Eu me inspiro no Shifu Danillo. O Mestre Gabriel falava que o Shifu Danillo era o George Clooney do Kung Fu. Por que ele tem uma maneira fantástica de explicar ou de conversar com uma pessoa. E isso me inspira, porque quero ser um grande comunicador igual a ele. Um verdadeiro Gentleman! 

Como você vê a TSKF daqui 10 anos?

Eu vejo uma academia muito maior do que já é! 

Eu vejo a academia TSKF como a melhor e a maior academia de todos os tempos! 

Obrigado! 



quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

TSKF Entrevista #9

Hoje estamos recebendo para a nossa nona Entrevista o Shifu Antonio Carlos, Sócio da TSKF.

Shifu Antonio iniciou seus treinos no Kung Fu aos 24 anos. É técnico em eletrônica, ex praticante de Capoeira e em 2004 começou a dar aulas na TSKF Matriz, onde atua até hoje com as turmas da manhã de Tai Chi e Kung Fu.

Graduou-se faixa preta no final de 2006 e, em 2007, ajudou a abrir a TSKF Casa Verde, onde atua como sócio líder até hoje.

Já participou de diversos campeonatos em São Paulo e no Paraná, conquistando várias medalhas. E já ajudou diversos alunos a alcançarem suas próprias conquistas em campeonatos, inclusive no exterior.

Um exemplo de disciplina e boa vontade. Sempre disposto a ajudar a todos.

Está à frente do time de Dança do Leão TSKF, juntamente com o Shifu Anderson para ensinar essa arte tão maravilhosa que existe dentro do universo da arte marcial.

Em 2014 foi graduado 4º Tuan pelo próprio Mestre Gabriel, conquistando assim o título de Shifu.

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Shifu Antonio, você é muito conhecido por ser uma pessoa bem forte e com bastante energia, o que isso significa para você? 

Se conseguir isso estou cumprindo um objetivo, se você quer que as pessoas sejam fortes, seja forte você, se você quer que as pessoas tenham energia, tenha energia você, como diz o Mestre Gabriel, “a palavra convence, o exemplo arrasta”.
Somos seres compostos de movimentos feitos para o movimento, nos movimentamos por dentro e por fora o tempo todo, é uma lei do universo, o universo é movimento, força gera força, energia gera energia.
Eu brinco com minha esposa, ela um dia vai escrever um livro, “minha vida com um colérico”, sou assim desde manhã até dormir, se eu paro eu durmo.

De onde vem toda essa energia? Você sempre foi assim? 

Sempre tive uma propensão a ser assim, mas graças ao Kung Fu e ao Tchi kung consegui desenvolver bastante este lado, na verdade, busco o equilíbrio através do Tchi Kung e do Tai Chi Chuan.
Por ser muito agitado, ás vezes não conseguia descansar e repor as energias, o Kung Fu e o tai chi me ensinaram isto, conhecemos pessoas com grande energia que parecem moles e cansadas, justamente por não conseguirem controlar e direcionar esta energia ela se torna estagnada e pesada, passando a não ser um estímulo mas sim uma âncora para o indivíduo.
Como professores, devemos isso aos alunos, eles vem buscar energia e entusiasmo em você, força e vitalidade, nosso mestre nos ensina a ser assim.

Voltando um pouco no tempo, como você conheceu a TSKF? 

Na época estava parado (não tanto assim) e me interessei em praticar Tai Chi Chuan, após assistir uma apresentação, pesquisei uma escola na época, era longe, mas eu já tinha decidido treinar o Tai Chi Chuan, a distância não me impediria, então, indo para o ponto de ônibus conhecer a outra escola, passei em frente a TSKF na Rua Cardeal Arcoverde, unidade que hoje se localiza na Vila Madalena, ao subir e trocar três palavras com a Shimu Ana Harmi, fiz minha escolha. A TSKF apareceu em meu caminho, acredito que não por acaso, lembro de dizer a Shimu que praticar Kung Fu era um sonho, hoje vivo este sonho.

Qual dica você daria para as pessoas que reclamam que não tem energia para algo?

Eu diria “A energia está em você, ao seu redor o tempo todo, no que você come, nas pessoas, no solo e no ar, você só precisa utilizá-la, tem a ver com o seu CHI, sua energia vital, ela deve vibrar o tempo todo, faz parte de estar vivo”.

Como surgiu o interesse de dar aulas na TSKF? 

Foi um processo natural, o Kung Fu era e é algo tão maravilhoso para mim que eu pensei que ajudar as pessoas a conhecerem e praticarem algo tão benéfico. Era uma dádiva em meu caminho, eu estava sempre na academia, participava de tudo que acontecia, eventos, campeonatos, demonstrações, o Shifu Anderson e eu éramos os “chatos do exame” estávamos lá sempre. Neste fim de semana o Mestre disse no exame, que você não deve olhar pra sua mochila e pensar “Eu vou no kung fu hoje?”, me identifiquei muito, pois treinar Kung Fu deve ser uma coisa natural como respirar, comer e treinar. Faz parte do seu dia a dia, você deve treinar Kung Fu até se tornar o Kung Fu.
A TSKF com sua estrutura altamente planejada te direciona e te dá este caminho, é só querer.

Você poderia citar 3 motivos que te fazem continuar trabalhando com o Kung Fu? 

1- Ajudar as pessoas, vê-las se tornarem melhores e mais desenvolvidas dentro de seus limites, não quero que as pessoas sejam iguais a mim, mas melhores dentro de seus biótipos, o Kung Fu deve ser para você o que você quiser que ele seja.
2- Poder treinar Kung Fu o tempo todo, existe trabalho melhor que este?
3- Ajudar a pessoa que acreditou em mim, ser grato a ela permanecendo no caminho, tenho meu sonho com o Kung Fu, baseado no sonho de meu mestre, acredito muito no “caminho do discípulo” que é ajudar sempre seu mestre e seu irmãos.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos? 

Vivemos um momento delicado em nosso país, mas nossa escola se mantém firme e forte, aprendemos a trabalhar melhor, aprendemos a nos desenvolver melhor a cada dia para nós mesmos e nossos alunos, aprendemos a escolher melhor as pessoas que terão a honra de trilhar nosso caminho, e isto sem dúvida refletirá daqui a dez anos, e seremos a maior, melhor e mais bem sucedida escola de Kung Fu do mundo.

Obrigado!



quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

TSKF Entrevista #8

Hoje estamos recebendo para a nossa oitava Entrevista o Sócio e Instrutor Walter Alípio.

Iniciou seus treinos em 2011, aos 24 anos.

Em agosto de 2012 começou a dar aulas e antes disso trabalhava com suporte técnico de computadores.

Participou de diversos campeonatos, inclusive em outro estado, Curitiba / PR em 2012, seu primeiro campeonato e lá, em suas palavras: “tive a oportunidade de conhecer melhor muitos dos meus colegas de treino, alguns dos quais treinam até hoje”.

Este evento se tornou marcante, pois apesar de não trazer nenhuma medalha, foi lá que pela primeira vez sentiu “aquele frio na barriga” que aparece antes da competição e se dissipa quando entramos na área, para o Walter, uma sensação viciante e sem igual.

Participou de diversos eventos da TSKF desde que começou a treinar e dar aulas, como por exemplo, o grupo de apresentações TSKF Show Team e a peça “4 caminhos para a vitória”, quando a TSKF teve honra de levar ao teatro Brigadeiro seu maior público desde sua fundação.

Graduou-se faixa preta em 2014.

É sócio e instrutor na TSKF Consolação e TSKF Tucuruvi, esta última onde leciona desde setembro de 2014 até hoje (2016).

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Walter, como você conheceu o Kung Fu? 

Assistia filmes do Jack Chan, posteriormente do Jet Lee. E meu interesse cresceu ainda mais depois de assistir “Matrix”.

Você depois de 1 ano de treino começou a dar aulas, o que lhe motivou a tomar essa decisão? 

O que foi decisivo para querer me tornar instrutor foi a própria experiência de treinar na TSKF. Sentir a energia dos instrutores e do ambiente, seja em qual fosse a unidade, a organização, a disciplina. O incentivo dos instrutores também foi importante.

O que você acha mais importante para uma pessoa que almeja dar aulas de Kung Fu?

Leiam os posts do blog, acompanhem os vídeos e procurem ler os livros que o mestre recomenda. Autodesenvolvimento é crucial.

O que mudou em sua Vida quando você decidiu se dedicar apenas ao Kung Fu?

Na verdade, culminou com uma série de mudanças que eu já queria fazer, então sai da empresa em que estava, mudei de casa, transformei minha rotina e isso foi muito valioso, o sentido de trabalho mudou completamente para mim.

Olhando para trás, todas as dificuldades que você passou, qual foi a lição mais valiosa que você aprendeu?

A lição mais valiosa é que tenho muito a aprender, chegar até aqui foi só uma etapa é tenho muito a trilhar.

De todas decisões que tomou até hoje, se arrepende de alguma? Faria algo diferente? 

O que eu faria diferente? Talvez tivesse começado a treinar mais cedo.

Como você vê a TSKF daqui 10 anos? 

Maior e cada vez mais forte, temos muitas regiões do Brasil para expandir.

Obrigado!