terça-feira, 28 de junho de 2011

15 anos

Nesta semana, comemoramos os 15 anos de existência da TSKF e gostaria de propor uma reflexão à você: 15 anos é muito tempo ou pouco tempo?

Se pensarmos na existência de uma empresa no Brasil, é muito tempo. A maioria das empresas costuma falir em até 2 anos.

Se pensarmos na existência de uma academia de Kung Fu Tradicional, olhando para a China, é pouco tempo. A Associação Atlética Chin Woo tem 96 anos de existência.

Se pensarmos no ser humano, é pouco tempo. Como um garoto ou garota de 15 anos já pode dizer com certeza o que vai ser quando crescer?

Se pensarmos no ser humano, é muito tempo. Aos 15 anos, biologicamente falando, as meninas já são praticamente mulheres e os meninos, praticamente homens.

Refletindo sobre os exemplos acima, posso dizer à você que, na minha visão, 15 anos é pouco tempo. Não pelo fato da Chin Woo ter 96 anos, mas porque ainda estamos escrevendo a história do Kung Fu no Brasil. Cada um dos nossos alunos representa um personagem e, muitas vezes, um capítulo fundamental dessa história. Exemplos de superação, persistência, nobreza e compromisso são encontrados em qualquer uma de nossas unidades. Em paralelo, exemplos de companheirismo e compromisso com a evolução da Arte são encontrados também em diversas outras escolas de Kung Fu em que temos fortes laços de amizade.

Há muito para ser feito e muito para ser construído. A TSKF ainda é uma academia em sua adolescência que precisa e deve crescer mais, além de ter a missão de apoiar a comunidade de Kung Fu do Brasil e contribuir para o seu crescimento.

Porém, não devemos medir a idade das coisas e pessoas pelo acúmulo de anos em um calendário. Devemos medir a idade das coisas e das pessoas pela quantidade de feitos realizados ao longo do tempo. E é por isso que temos que ter orgulho de comemorar estes 15 anos de TSKF.

Vamos celebrar estes 15 anos, não apenas pelo que passou, mas vamos celebrar estes 15 anos pela certeza de que estamos construindo a estrada necessária para que nossos filhos e netos comemorem 150 anos de TSKF.

sábado, 25 de junho de 2011

É Hora do Show! (Parte 1)

E Julho finalmente chegou! (Para a alegria de alguns e desespero de outros).

O tão esperado 3 de Julho será no próximo domingo, vindo junto um evento em que muitos atletas se prepararam para competir, o Brazil International Kung Fu Championship Tournament 2011. O maior que teve até hoje!

E para abrir com chave de ouro o maior evento de kung fu realizado no Brasil, teremos um espetáculo de altíssimo nível, realizado pelo Show Team! (Diga-se de passagem, suor e sangue foram dados por todos os participantes que treinaram há meses para tal evento)

Para quem ainda não conhece, o Show Team (antigamente nomeado como Demo Team) é a equipe que sempre preparou a abertura do Brazil International Kung Fu Championship Tournament. Ela é liderada atualmente pelo William Costa Lopes, junto a Anderson Cunha e Diego Sanches. Todos os anos o evento sempre começou com emocionantes shows mostrando toda a arte e a beleza do kung fu.

E esse ano não será diferente. Foi preparado um espetáculo representando os 15 anos de TSKF em apenas 6:30 min de apresentação. Sem dúvidas será um marco que todos os alunos da TSKF não podem perder.

Para quem ainda não conhecem o Show Team, acessem:

Não percam esse espetáculo, e aproveitem para ano que vem fazerem parte desse show também!

E aguardem a segunda parte do Post, onde teremos entrevistas com os líderes do Show Team.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cocenzo´s Beat

Nas unidades Mooca e Vila Madalena existe um set de músicas que gosto de usar em aula eventualmente. Os sets não são exatamente iguais, mas tem várias músicas em comum. São músicas mais animadas e gosto de usá-las por duas razões: elas ajudam a manter o treino intenso, mas com a energia agradável e contém algumas impressões pessoais.

Uma das músicas em comum nas duas unidades é a The Scatman, feita por Scatman John. Tenho um apreço especial por ela devido a mensagem que ela passa e pelo histórico do artista.

Bem, primeiramente vamos ver a música, afinal a maioria aqui talvez não conheça a dance music dos anos 90 (que hoje costumam chamar de house):




Ok, ok, você pode ser fã do bom e velho Rock, como os alunos aqui da Vila Luiz Segala e a Paula Sporleder, mas o que tem de interessante nesta música em especial é o seu artista: Scatman John era gago. E a sua gagueira, num primeiro momento quase destruiu sua vida, mas ele soube usar sua maior falha para se tornar seu grande diferencial de sucesso.

Você se arriscaria a dizer que ele era gago, apenas assistindo o vídeo acima?

A história do Scatman John pode ser vista aqui.

A letra da música acima, que reflete um pouco da história do artista, além de ser uma mensagem bem positiva, pode ser vista aqui. (a tradução não está grande coisa, mas dá para entender)

Se um gago pode cantar e fazer sucesso, o que você e eu podemos fazer com tudo o que temos?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Quando parar

Algo que sempre converso com alguns alunos e alunas é a respeito da vida profissional que decidimos levar. Muitas vezes temos que decidir isso ainda muito novos e, com o passar dos anos, vemos que deveríamos ter tomado outro caminho.

E por qual motivo não mudamos nosso rumo? Isso acontece porque nem sempre somos o capitão do nosso próprio navio, como costuma dizer o Mestre Gabriel. Dinheiro, pressão da família, status, contas para pagar e sustentar determinado estilo de vida. Tudo isso pode pesar e nos impedir de rumar para aquilo que queremos verdadeiramente fazer em nossas vidas.

Acabei falando sobre este assunto já que, neste final de semana que passou, uma nota triste chegou de forma bem escondidinha, mesmo na mídia especializada em automobilismo (como sabem, sou um grande fã de corridas de carros): Sir Stirling Moss decidiu se aposentar das corridas.

Sir Moss (não é parente da Kate) foi um dos melhores pilotos britânicos de todos os tempos, tendo participado de 66 corridas de F-1, vencido 16 delas, foi 4 vezes vice campeão, venceu provas em vários lugar, entre eles, Mônaco, Monza e no lendário Nordschleife, conhecido como "Inferno Verde". Ao sair da F-1 continuou competindo regularmente em diversas outras categorias, até focar-se exclusivamente em competições de carros antigos e históricos.

No final de semana em questão, Sir Moss participava da corrida Le Mans Legends, voltada para carros clássicos que antecede a famosa prova das 24 Horas de Le Mans e, durante a classificação, ele sentiu medo. Para um piloto, medo da velocidade significa o fim de carreira mesmo. E assim ele anunciou, ao descer do carro.

Stiriling Moss se aposenta das pistas aos 81 anos de idade.

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COMO ASSIM AOS 81????

Simples, quando você faz o que gosta, nada pode te aposentar, a não ser você mesmo.

Você faria o que faz hoje aos 81 anos de idade? Se sua resposta for sim, meus parabéns, você faz parte de um seleto grupo de pessoas que se realiza também através de sua trajetória profissional. Se sua resposta for não, sempre há tempo de se tornar o capitão de seu próprio navio. Ou o piloto de seu próprio carro, como fez Sir Stirling Moss.




A matéria completa sobre a aposentadoria dele pode ser vista aqui

terça-feira, 7 de junho de 2011

Resoluções

Fazer um regime. Trocar de emprego. Ficar mais com os filhos. Parar de fumar. Fazer uma pós. Muitas são as coisas que queremos fazer, mas nem sempre conseguimos fazê-las.

Mas desta vez não quero voltar no clássico universo das desculpas, mas o que podemos chamar de "gerador de desculpas". Afinal, quando damos uma desculpa, um processo mental prévio aconteceu antes das primeiras palavras saírem de nossa boca.

Vamos imaginar que você deseja parar de fumar. Mas não é um desejo lá tão forte e você não tomou aquela resolução definitiva de eliminar este vício da sua vida. O resultado disso é simples: nos primeiros dias sem cigarro tudo caminha bem, até porque você planejou essa parada em um final de semana, longe da rotina do trabalho que é mais fácil.

Mas ao entrar no ritmo de vida normal da semana, percebe que é muito difícil não se estressar no trabalho, em casa, faculdade e o cigarro acaba sendo uma reação imediata de fuga e um momento de calma. Eventualmente você acaba desistindo de parar de fumar. Quando isso acontece, aí sim vem a desculpa: "minha vida é muito estressante", "não tenho apoio de ninguém", etc, etc, etc.

No exemplo acima, você começou um processo sem uma firme resolução de sua vontade e, ao encontrar as primeiras dificuldades e barreiras para o que queria atingir, sua vontade diminuiu e você voltou ao velho hábito, mais fácil, mais cômodo, sem dor. Apenas seguiu a tendência natural que temos de preservar hábitos confortáveis, sem mudanças, surpresas ou desafios.

Mas quando queremos superar um desafio, temos que ter a firme resolução de fazer o que buscamos, com todo o esforço do nosso ser.

Muitos de vocês já conheceram meu pai, senhor simpático e falante que vez ou outra aparece nas academias vendendo produtos variados para as unidades. Mas quando eu era novo, ele era barrigudinho, sedentário, fumante e alcóolatra.

Com o tempo ele percebeu que isso iria matá-lo e ele não queria morrer tão cedo. Decidiu então parar de beber e fumar e começou a correr. Quando começou este esporte ele não tinha nenhum acompanhamento, exceto coisas que escutava aqui e ali, numa época de internet ainda inacessível para as massas.

Ele pegou gosto pela coisa e percebeu que poderia correr distâncias cada vez maiores. Resolveu então completar uma maratona, depois de apenas 5 meses de treino. Usando seu tênis de corrida: um velho Bamba. Para quem não conhece este é o Bamba:




Como podemos ver, totalmente inadequado para enfrentar os 42.195m de uma maratona.

Após os primeiros 100 metros, ele percebeu que havia subestimado a dureza da prova e superestimado sua capacidade como corredor. Mas uma coisa fez toda a diferença: ele já tinha decidio completar esta maratona e iria terminar a prova a qualquer custo, não importando o sangue nos pés machucados, as cãibras (não comeu banana), fadiga muscular, stress psicológico, nem nada. Ele havia dito a si mesmo que iria terminar a prova e era o que ele ia fazer.

E assim foi, com o tempo de 4 horas e 57 minutos.

Faça sua Resolução. Mas faça sendo sincero e verdadeiro com você mesmo. Não queria uma coisa apenas até o momento da(s) primeira(s) dificuldade(s).